Função Social da escola

RESENHA: Sobre a função social da escola – Roseli Salete Caldart

A função social da escola está ligada a ideia educação, escola e sociedade.

A necessidade social da educação

A autora trabalha o subtema acima sob o prisma do afastamento do homem natural e aproximação do homem histórico. Na defesa marxista de sua ideologia é apresentada a ideia de que a partir do pré-capitalismo já se verifica que quanto mais se desenvolve novas formas de produção mais o homem se afasta do “homem natural”. Ou seja, para o materialismo histórico o desenvolvimento de novas formas de produção leva ao domínio da natureza ou ao menos o afastamento dela, e a educação como a ciências são os componentes necessários para fazer esse homem se afastar do “homem natural”.

Percebe-se ainda a preocupação com o rumo que está encaminhando a educação e que a ninguém agrada. Como alternativa se tem projetos para educação sob uma perspectiva liberal e outra socialista, em uma explicação direta e objetiva, a liberal propõe desenvolver a educação com objetivo de criar uma condição para que o mundo liberal se perpetue já a perspectiva socialista no que concerne a ideia apresentada pela autora teria um caráter libertador em que um dos maiores objetivos seria ampliar e libertar as mentes dos estudantes das amarras e interesses de um grupo ou sistema, no entanto ambos esbarram na geografia ruim, logística deficitária, falta de estrutura e incentivo para a educação.

A função social da nova escola: perspectiva popular

Movimento social popular concreto que nos rodeia e que além de exigir uma nova escola ensaia formas de construí-la. Com relação a essa perspectiva, o professor deveria se valer da realidade vivida pelo aluno para aproxima-lo do conteúdo que até então é abstrato para ele.

Trajetória do pensamento pedagógico progressista brasileiro – não há uma uniformidade de pensamento, a tendência progressista surge com a crítica a “escola capitalista” feita principalmente por Bourdieu e Passeron, que denunciaram o caráter ideológico das escolas como reprodutor das relações de dominação e exploração capitalista.

Clássicos no pensamento socialista – Perry Anderson e sua frase “para que se possa ser ‘contemporâneo de nosso presente mais presente’ é preciso ser antes ‘contemporâneo de nosso passado’”. Aponta como caminho a ideia de estar atento aos acontecimentos transformadores que acontecem ao nosso redor e que o passado ainda nos ensina muito com lições que ainda não se findaram.

Sobre a relação escola e produção

Por meio de Marx percebemos que a relação escola e produção se forma na relação horas de trabalho e horas de estudo (prática e teoria) se afastando do chamado capitalismo selvagem. O objetivo desta relação é a de o trabalho se tornar objeto de estudo na escola, se fala de uma “multiprofissionalização” do trabalhador, para que ele possa se ajustar às oscilações muitas vezes em tempos de crise.

Para Marx essa relação se resume no conjunto educação intelectual, educação física (ginástica e exercícios militares) e adestramento tecnológico – transmite os fundamentos científicos gerais de todos os processos de produção. Ou seja, Marx fala de formação tecnológica com a formação intelectual.

Sobre a relação entre escola e cidadania

Cidadania nesta obra se define como o sujeito politico com deveres e direitos com consciência a junção teoria e pratica saber onde e quando intervier no sistema e a consciência de ser um sujeito produtor.

Ao citar Gramsci e o critério italiano de cidadania podemos nos ver na descrição de o cidadão ser apenas um indivíduo que paga seus impostos sem reclamar. Para Gramsci a função da escola é formar indivíduos com vontade política, ou seja, que tenham noção de seu poder.

Em consonância com as informações apresentadas deve-se ter em mente que o professor deve conduzir o processo educativo marcando as competências se caracterizando numa pedagogia democrática.

Sobre a relação entre escola e “alegria cultural”