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Historia Cinema Brasileiro

Por:   •  25/4/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.779 Palavras (8 Páginas)  •  683 Visualizações

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Nas telas dos cinemas e nas ondas do rádio

As inovações culturais ocorreram também nas produções cinematográficas, com o cinema novo. Indo contra o estilo das populares chanchadas e sua comédia caricata, o movimento denunciava a miséria, explorava os mecanismos históricos que haviam forjado as relações sociais no país, havia também uma linguagem renovada, e alguns impasses pelos quais o Brasil passava.

  Já a musica popular brasileira por sua vez fazia dois tipos de canções uma era a chamada “Canção de protesto” que reivindicava a valorização dos elementos populares da cultura brasileira e denunciava o autoritarismo do governo e do outro lado havia o Tropicalismo que criticava os costumes e a moral da sociedade burguesa e defendia uma ampla revisão dos hábitos e das formas de convivência dos brasileiros

A televisão e os festivais de canção

A partir dos anos 1950 e com a expansão do consumo na classe média, as televisões passaram a fazer parte da sala de muitas famílias brasileiras.

Na segunda metade dos anos 1960 a TV foi um dos principais meio de divulgar a musica popular brasileira. Os festivais de canção, realizados a partir de 1965 e ao vivo para varias pessoas, isso fez com que vários artistas ficassem conhecidos como Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso e outros.

Esses mesmo festivais também facilitaram a divulgação de protestos contra o regime militar. Por exemplo quando em 1968 no Festival Internacional da Canção o cantor Geraldo Vandré concorreu com a música “Pra não dizer que não falei das flores”. A canção trazia uma letra vigorosa que conclamava as pessoas a “não esperar” e a agir contra o autoritarismo.

O Brasil não foi pioneiro

Antes de ocorrer o golpe militar de 1964 no Brasil, a América Latina já conhecia governos ditatórias. Vários deles no entanto, não se vinculavam nem se representavam as instituições

Em países da América do Sul, da América Central e do Caribe, por exemplo, ocorreram diversos golpes liderados por membros das guardas nacionais, e não da Aeronáutica da Marinha ou do Exército. As guardas se vinculavam diretamente a uma família ou a um líder e sua atuação visava á sua sustentação no poder

O cone sul da América também sofreu uma ditadura de caráter personalista, o longo governo de Alfredo Stroessner, que controlou o Paraguai de 1954 a 1989. Mesmo Stroessner sendo militar na sua carreira quase todo o plano de seu governo era civil e as Forças Armadas tinham influência restrita nas decisões nacionais.

A ditadura militar na Argentina

A história argentina do século XX é repleta de golpes militares. O primeiro deles ocorreu em 1930 e, até 1983, todos os presidentes argentinos foram militares ou civis apoiados pelas Forças Armadas

No início da década de 1970, vendo que os projetos autoritários eram incapazes de reorganizar a sociedade, que atravessava profunda crise política e econômica, estimulou o general e até então presidente Alejandro Lanusse começar um processo de abertura política, com a convocação de eleições presidências diretas para 1973.

Com isso o peronista Héctor Cámpora foi eleito presidente. Cámpora promoveu o retorno de Juan Domingo Perón para a Argentina e, poucos meses depois, Cámpora renuncia seu cargo com presidente, forçando assim novas eleições. Em setembro de 1973, Perón vence com facilidade.

Mas em como estava doente Perón veio a falecer em julho de 1974. Assim, sua esposa e vice-presidente Maria Estela Martinez, mais conhecida como Isabelita, assumiu o poder. Mesmo assim ele não tinha o apoio da maioria dos argentinos e enfrentava resistências até dentro do movimentos peronista.

 O cenário Argentino continuava tenso e a economia nacional estava em declínio. Isolada politicamente, Isabelita foi derrubada por um novo golpe militar em março de 1976

O “processo de reorganização nacional”

Com o golpe, uma junta militar composta de três membros assumiu o poder da Argentina, sem criar no entanto, nenhum projeto nacional capaz de reestruturar a economia ou restabelecer a tranquilidade política.

No entanto o plano econômico, as novas medidas beneficiaram os setores agroexportadores e estimulou o mercado de capitais, mas fez com que houvesse grande aumento na especulação financeira e diminuição acentuada dos investimentos no setor fabril , gerando forte desindustrialização. Com isso a economia se retraía, e as taxas de desemprego atingiam os maiores patamares da historia argentina.

A repressão bate á porta

No início do regime, o principais alvos do governo eram os grupos de esquerda. Rapidamente, porém, trabalhadores, estudantes, profissionais liberais empresários e religiosos também sofreram perseguições. As prisões arbitrárias, as torturas, “vuelos de la muerte” e os assassinatos se tornaram rotina, e vários centros de tortura e campos de concentração clandestinos foram instalados no país.

  Um dos momentos mais simbólicos da brutalidade da ditadura argentina foi a chamada Noite do Lápis, nos dias 8 e 21 de setembro de 1976, durante o governo de Jorge Rafael Videla. Nesses dias dez adolescentes foram sequestrados das casas em que viviam e foram levados para centros de detenção sob a acusação de “subversão escolar”. Eles eram estudantes secundaristas e haviam participado de atos de reivindicação pelo passe escolar. Nos dias seguintes, os jovens foram torturados e seis deles desapareceram. Pablo Alejandro Diaz, um dos sobreviventes, passou quase quatro anos preso e, após a redemocratização argentina, denunciou o crime

As mães e as avós na resistência

Apesar da repressão, muitos grupos de resistência contra a ditadura argentina criou-se nesse período, a associação Madres de Plaza de Mayo (Mães da Praça de Maio), fundada em 1977. O movimento tinha como objetivo  reunir mães de desaparecidos político que se manifestavam na Praça de Maio, em frente á Casa Rosada (palácio governamental), em Buenos Aires, com a missão de obter informações sobre o paradeiro das vitimas da repressão política.

Atualmente, além do movimento das Mães de Maio há também o das Avós da Praça de Maio que buscam informações sobre o desaparecimento de crianças durante a ditadura.

A agonia da ditadura

Em abril de 1982, a Argentina, sob o governo de Leopoldo Galtien, entrou em conflito com a Grã-Bretanha que ficou conhecido como Guerra das Malvinas. Durantes esse conflito, o regime criou, por meio de intensa propaganda nacionalista, um clima de unidade interna, conseguindo, assim, obter relativa trégua nas críticas que recebia.

    Mesmo com isso a Argentina perdeu a guerra, e os militares passaram a ser questionados pela incapacidade de defender o país, e o governo Galtieri começou a ser muito contestado. O governo argentino ainda passava por uma das piores crises de sua história, com amplo endividamento externo, taxas de inflação e desemprego altas e capacidade produtiva reduzida.

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