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Historia da agricultura brasileira

Por:   •  19/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.552 Palavras (7 Páginas)  •  420 Visualizações

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História da agricultura brasileira:


        A ocupação foi iniciada durante o século XVI e apoiada pela coroa portuguesa com a doação de sesmarias, que eram terras cedidas ao povo para a plantação. Na monocultura da cana-de-açúcar o regime escravocrata foi de extrema importância para a expansão dos latifúndios, que por sua vez concentravam as terras e utilizavam sistemas agrários nocivos.

         A plantação da lavoura canavieira desempenhou um papel de suma importância na organização da agricultura brasileira, fazendo com que grandes propriedades rurais viessem a surgir, apoiadas pela mão-de-obra escrava que chegava a trabalhar por até 18 horas consecutivas durante a época de colheita. Com a mudança da economia brasileira para a monocultura do café, muitos desses engenhos faliram, e hoje os que ainda produzem cana-de- -açúcar vendem para usinas, onde a mesma é processada e transformada em produtos derivados.

         Com o declínio da cana-de-açúcar o café se tornou a base da economia brasileira, as mudas vindas da Guiana Francesa, adaptaram-se muito bem, principalmente ao solo e ao clima da região do vale do Rio Paraíba, que atravessava as províncias do Rio de Janeiro e de São Paulo. A monocultura cafeeira se beneficiou da estrutura escravista do país, incorporando o sistema plantation, que se caracterizava pela monocultura voltada para a exportação, a mão de obra escrava e o cultivo em grandes latifúndios.

        Nessa região do Brasil, a produção cafeeira não beneficiou-se apenas do clima e solo propícios, mas também, do fato de a região ser rota de transporte de mercadorias entre o Rio de Janeiro e as zonas de mineração, já que parte das terras estavam completamente desmatas, facilitando inicialmente a introdução de roças e beneficiando o escoamento da produção através das estradas já existentes.

        Os capitais iniciais vieram dos próprios fazendeiros e comerciantes, atualmente esses capitais vem em forma de financiamento facilitado para os produtores cafeeiros, sendo cedidos pelo Funcafé em 2013 cerca de R$ 3,160 bilhões em linhas de crédito, sendo, R$ 650 milhões, Estocagem - R$ 1,14 bilhão, Aquisição de Café (FAC) - R$ 500 milhões, Contratos de Opções e de Operações em Mercados Futuros - R$ 50 milhões, Capital de Giro para Indústria de Café Solúvel - R$ 150 milhões, Capital de Giro para Indústria de Torrefação - R$200 milhões, Capital de Giro para Cooperativa de Produção - R$ 450 milhões, e Recuperação de Cafezais Danificados - R$ 20 milhões. Os beneficiários dessas linhas são produtores, cooperativas, indústrias torrefadoras e de café solúvel, beneficiadores e exportadores.

        As técnicas de produção de café eram simples. Inicialmente desmatavam-se as terras onde era necessário a expansão de áreas para a colocação das mudas da planta. Estas demoravam cerca de cinco anos para começar a produzir, então outras culturas eram plantadas ao redor dos cafezais, principalmente as de gênero alimentício. A colheita era feita manualmente por escravos, que após a tarefa, colocavam os grãos no solo para que secassem. Uma vez secos, os materiais que os revestiam eram retirados através de monjolos, que eram pilões socadores movidos a forca d’água.

        A produção cafeeira estava dando tão certo que foram implementadas melhoras na infraestrutura de  escoação da mercadoria, essas melhoras foram estabelecidas principalmente pelo Barão de Mauá, que era um grande produtor de café e um grande visionário, percebendo a necessidade de uma infraestrutura considerada de ponta para a época, o mesmo tratou de facilitar o escoamento da produção realizada pelo Oeste Paulista.
        Após o declínio dessas monoculturas, foi implementada uma diversificação da produção, proporcionada após o surgimento da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), que visa estabelecer uma agricultura adaptada ao tipo de solo e clima da região, desenvolvendo pesquisas e lançando artigos para um melhor aproveitamento de todas as áreas do Brasil.

        Com o avanço tecnológico a agricultura não podia ficar de fora, “O crescimento da produção agrícola no Brasil se dava, basicamente, até a década de 50, por conta da expansão da área cultivada. A partir da década de 60, o uso de máquinas, adubos e defensivos químicos, passou a ter, também, importância no aumento da produção agrícola. De acordo com os parâmetros da “Revolução Verde”, incorporou-se um pacote tecnológico à agricultura, tendo a mudança da base técnica resultante passado a ser conhecida como modernização da agricultura brasileira” (Santos,1986).

        O processo de modernização se intensificou nos anos 70, segundo o IBGE um aumento de mais de 1000% no número de tratores utilizados em relação a década de 50, chegando a 6.512% na década de 80. Além da mudança na base técnica no campo surgem, nos anos 70, como produto da modernização agrícola, os complexos agroindustriais representando a integração técnica entre a indústria que produz para a agricultura, a agricultura e a agroindústria.

        Entender, portanto, a modernização da agricultura brasileira como uma simples mudança da base técnica é simplificar, em muito, o seu significado. É importante levar em consideração que a agricultura brasileira sempre se apresentou, ao longo da sua história, subordinada à lógica do capital, sendo um setor de transferência de riquezas. Assim sendo, dentro do seu processo de modernização deve-se dar significado maior à sua transnacionalização e à sua inserção na divisão internacional do trabalho ou, ainda, à penetração do modo de produção capitalista no campo brasileiro (Aguiar, 1986).


Biocombustíveis:

        Biocombustíveis são derivados de biomassa renovável que podem substituir, parcial ou totalmente, combustíveis derivados de petróleo e gás natural em motores a combustão ou em outro tipo de geração de energia.

         Os dois principais biocombustíveis líquidos usados no Brasil são o etanol extraído de cana-de-açúcar e, em escala crescente, o biodiesel, que é produzido a partir de óleos vegetais ou de gorduras animais e adicionado ao diesel de petróleo em proporções variáveis.

         Esses combustíveis tem duas vantagens com relação aos combustíveis fósseis, que é a redução de emissão de gases poluentes e agravadores do efeito estufa, além de serem renováveis diferentemente dos fósseis.

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