O CONSUMINDO O MEIO SOCIOAMBIENTAL
Por: rosembergpereira • 17/10/2015 • Resenha • 1.382 Palavras (6 Páginas) • 202 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO: HISTÓRIA DISCIPLINA: ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO PROFESSOR (A) TUTOR (A): JOANA DARC VENANCIO TÍTULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA: CONSUMINDO O MEIO SOCIOAMBIENTAL
jbhjk ALUNO (A) AUTOR (A) DA ATIVIDADE: ROSEMBERG PEREIRA PINTO DATA: 29/04/2015 |
A degradação do meio ambiente é um fator de preocupação para o presente e futuras gerações. A falta de consciência ambiental e a parcial ausência de fiscalização do governo sobre o cumprimento das leis provoca o agravamento do problema. Voltemos um pouco no tempo e exploraremos um exemplo bem claro de um modo de vida sem consciência ambiental e preocupação zero das autoridades competentes da época, que culminou com um desmatamento terrível da nossa mata atlântica, assim como demonstrado no documentário O vale, de Marco Sá Corrêa e João Moreira Sales. Por volta do século XVIII a produção desenfreada do café no Brasil expandiu-se a partir da Baixada Fluminense e do vale do rio Paraíba, que atravessava as províncias do Rio de Janeiro e de São Paulo. A cafeicultura no Brasil beneficiou-se da estrutura escravista do país, sendo incorporada ao sistema plantation, caracterizado basicamente pela monocultura voltada para a exportação, a mão de obra escrava e o cultivo em grandes latifúndios.
Nessa região do Brasil, a produção cafeeira beneficiou-se do clima e do solo propícios ao seu desenvolvimento. As técnicas de produção de café eram simples. Inicialmente se desmatavam terras onde era necessário expandir as áreas agricultáveis para a colocação das mudas da planta. Estas demoravam cerca de cinco anos para começar a produzir. Os cafezais foram responsáveis pela opulência e riqueza da aristocracia brasileira, mas também o avanço das fazendas de café sobre o território brasileiro promoveu a intensificação da devastação da Mata Atlântica na região sudeste e sul, sendo a principal responsável pela destruição da vegetação nativa da região, deixando uma área muito pequena para a preservação de espécies.
Após um breve comentário exemplificado da época destacada anteriormente, passemos ao nosso modo de vida moderna, que é caracterizado pelo desenvolvimento cada vez mais rápido no qual a tecnologia, a cada dia, supera a si mesmo. O homo faber se vê, cada vez mais, diante da necessidade de acompanhar o avanço tecnológico e o desenvolvimento do mercado.
Enfim, temos de produzir. Assim, primeiramente é necessário analisar um quadro geral de uma visão crítica do progresso na nossa sociedade. Em seguida, o estudo caminha para questionar o contexto contemporâneo sob a óptica da sociedade do consumo, e o que ela fornece para criar um indivíduo existencialmente consumista.
Somos diariamente bombardeados por estratégias de marketing agressivas somadas à facilidade de crédito. Não seria arriscado dizer que "comprar é fácil, difícil é existir!". Ocorre que, em uma sociedade consumista, paga-se um alto preço: ninguém pode se tornar sujeito sem primeiro "ser" mercadoria. Logo, o ser humano contemporâneo é transformado em homo consumens; mergulhado em um mar de mercadorias e ofertas, acaba por se misturar a elas. Há, portanto, um tipo de consumismo impulsivo, descontrolado, irresponsável, e não poucas vezes irracional.
Partindo desse propósito, Cada vez mais se produz e mais se consome, estando à sociedade moderna condenada a um grande ciclo vicioso, onde se deve consumir para produzir e produzir cada vez mais para se consumir. Diferentemente da época de nossos pais e avós cada vez mais os produtos ganham menores tempos de vida úteis, e quando quebram são extremamente difíceis de consertar, afim de cada vez mais impulsionar o consumo e a produção, pois sempre sairá mais barato e pratico comprar um produto novo, do que conservar ou arrumar o produto antigo. Além é claro, também de sempre o mercado impulsionar modelos novos dos mesmos produtos mudando pequenas coisas, ou dando pequenos retoques, desvalorizando e desmerecendo os produtos antigos que muitas vezes ainda estão em boas condições de uso. Para garantir tamanha produção faz-se necessário cada vez mais que a sociedade retire matérias-primas da natureza a fim de conseguir atender a grande quantidade da demanda pelo consumismo. Isto causa um efeito devastador no meio ambiente, pois sempre em nome do progresso e da economia, destroem-se matas, florestas, rios e animais. Além, da poluição do ar, das águas, do mar, do solo, seja com produtos tóxicos, seja com a deposição de resíduos sólidos.
O mercado consumidor teve seu grande desenvolvimento a partir da Revolução Industrial, assim entendida, como algo evolutivo, que durou décadas, mas que transformou, por completo, as relações entre consumidores, fornecedores e Estado. A Globalização, o encurtamento das distâncias, tecnologia, aparecimento e desenvolvimento da publicidade e marketing, foram alguns fatores que permitiram que os avanços dos ideais capitalistas e disseminação dos produtos acontecessem no mercado mundial. Como consequência desse mercado consumidor, que tomou conta da sociedade há aproximadamente 50 anos, além da degradação do meio ambiente através da matéria prima oriunda da natureza, temos um outro grande problema da atualidade, o lixo.
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