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O declínio do Feudalismo e o Crescimento das Cidades

Por:   •  28/4/2015  •  Resenha  •  1.067 Palavras (5 Páginas)  •  1.591 Visualizações

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O declínio do Feudalismo e o crescimento das cidades

Maurice Dob

      No início de seu livro, Maurice Dobb fala sobre definições do que foi o feudalismo, com isso, mostra algumas opiniões, como a dos professores Pokrovsky e Struve. Para o primeiro feudalismo é como uma economia natural, autossuficiente em contraste à economia de troca monetária que tem o consumo como objetivo, contudo, no ocidente tal noção tem maior afinidade com historiadores alemães, ou seja, ele tem uma visão mais marxista. Para o segundo professor, feudalismo é um vínculo contratual, mas indissolúvel entre serviço e cessão de terras, entre obrigação pessoal e direito real. Porém, Dobb vê esse sistema como um modo de produção, querendo significar servidão pois há uma força imposta ao produtor pela força e independentemente de sua vontade para satisfazer certas exigências econômicas de um senhor, quer tais exigências tomem a forma de serviços a prestar ou taxas a pagar. Essa força, para ele, pode ser advinda militarmente, pelos costumes apoiados por algum procedimento jurídico ou por lei.

      Dobb diferencia relação de servidão com o capitalismo na seguinte forma: Na servidão o produtor é independente, no capitalismo o produtor abre mão da posse dos meios de produção, por uma relação contratual com o dono dos meios.

      Segundo a teoria de Dobb, com o declínio do feudalismo as cidades começam a reaparecer, a super exploração da força de trabalho, fez com que houvesse um colapso no feudalismo, “os servos desertaram das propriedades senhorias em masse, e os que permaneceram eram muitos poucos e demasiadamente sobrecarregados para permitir que o sistema se mantivesse na sua antiga base.” Essa fuga de servos para as cidades que segundo a Teoria de Dobb, ocorreu e que caracterizou-se como uma causa importante na declínio das relações feudais, assim esta pode ser explicada como se este processo fosse interno ao sistema feudal. O autor fala que não se preocupa em discutir “se esta fuga de servos deveu-se mais à atração desses imãs urbanos... ou à força de repulsão exercida pela exploração feudal. Evidentemente ambas as forças agiram, com pesos diferentes, em diferentes locais e épocas. O efeito específico dessa fuga, porém, deveu-se ao caráter específico da relação entre servo e explorador

      Dobb não nega “que o crescimento das cidades mercantis e do comércio desempenharam importante papel na aceleração da desintegração do antigo modo de produção. Ele afirma que o comércio exerceu sua influência proporcionalmente em que se acentuaram os conflitos internos no antigo modo de produção, ou seja, conflitos internos no antigo modo de produção seriam o fator preponderante, no qual resultaria um processo de mudança no sistema feudal, fazendo com que as cidades crescessem juntamente com um comércio, começando a surgir assim uma diferenciação social neste pequeno modo de produção

      Dobb acredita que não é possível assimilar o fim das relações servis com o início do comércio, pois o mais provável é que o comércio em si, estimulou essa relação.

 O autor, diferentemente de um pensador chamado Sweezy, enfatiza os fatos internos, em relação ao Feudalismo e sua decadência, e diz: Embora o declínio seja resultado da “interação complexa entre o impacto externo do mercado e essas relações internas do sistema, há um sentido em que as últimas podem ser tomadas como tendo exercido a influência decisiva”. Mais precisamente, ele diz que simultaneamente às intensas necessidades crescentes de renda da classe dominante, aumentou-se a pressão aos produtores ao modo que chega-se uma situação inaceitável e isso culminou a ineficiência e portanto queda do feudalismo.

Para Dobb, os vários fatores internos, como: Guerra e banditismo, que aumentava as despesas das casas feudais;As cruzadas utilizando os recursos da nobreza;A sociedade cavaleiresca  que exigia festins e exibições que consumiam recursos; O surgimento do comércio: Pequenas propriedades incentivavam o arrendamento e os pagamentos em dinheiro(Gerando a deserção das propriedades senhoriais, a lotação das cidades e o aumento do banditismo e da vadiagem). Contribuíram para o fim desse sistema, assim como também o depotismo esclarecido dos senhores feudais, que levou à migração em massa dos camponeses aos burgos, que surgiam como centros comerciais e livres da religião.

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