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OS TÓPICOS ESPECIAIS EM HISTÓRIA

Por:   •  31/8/2022  •  Ensaio  •  2.147 Palavras (9 Páginas)  •  125 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES

UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS

CURSO DE HISTÓRIA

TÓPICOS ESPECIAIS EM HISTÓRIA

Explicações dos textos: Ensino de história e temas sensíveis: abordagens teórico-metodológicas/ Carmem Zeli de Vargas Gil e Jonas Camargo Eugenio.

A discussão dos autores parte do pressuposto de apresentar reflexões a respeito do trabalho utilizando temas sensíveis no contexto do ensino, especialmente, na disciplina de Estágio em História, como também, na pesquisa, presente na dissertação de Mestrado Profissional em Ensino de História. Elencando três propósitos para o texto: colocar indagações sobre os temas sensíveis no contexto da formação de professores de História, compartilhar uma experiência de pesquisa com alunos da Educação Básica e as finalidades da História na escola, com bases nos pontos supracitados anteriormente.

A investigação dos autores se propõe realizar síntese a partir de três notas, em que, primeiramente, parte da experiência e reflexão de uma professora em formação. Colocando detalhes de situações difíceis vivenciada por ela, exigindo mudança de rota, reunião de informações e tentativa de estabelecimento de com o aluno.  Enfatizando a questão de que tradicionalmente o ensino de História legitimou as pretensões dos dirigentes políticos, e de que, atualmente, temos um cenário de tensão permanente para não ensinar uma história universalista e preocupada com os objetivos políticos dos acontecimentos.

A partir do questionamento de o que é tema sensível, utilizando teorias de outros autores, reúne algumas reflexões sobre o ponto. Colocando que desde a década 1990, temas sensíveis se associam a questões quentes, difíceis, vivas ou controversas, socialmente vivas na sociedade ou questões carregadas de emoções, politicamente sensível, intelectualmente complexas e centrais para o presente e o futuro. Destacando a pertinência de relacionar a violação dos direitos humanos, embora que a associação possa gerar controvérsias.

 No campo da sala de aula, se torna sensível quando determinados debates são capazes de colocar em dificuldades as colocações do professor, podendo gerar reações diversas por parte dos alunos. Simultaneamente, os professores realizando abordagens com esses temas passam a ser acusados de doutrinadores e atacados por distintos setores sociais. Adicionando mais complexidade à questão envolvendo o ensino e posterior debates das questões.

Desse modo, é bem apresentado que não se trata de temas sensíveis apenas pelas dificuldades de abordar as questões, mas, sobretudo, pela questão de que na maioria dos casos, não se tem consenso da sociedade sobre o que dizer e sua forma de tratar sobre o passado que proporcionou as determinadas problemáticas. Já que, majoritariamente, os processos de memória, de trauma e de reparação ainda estão em desenvolvimento. Sendo posta em comparação suas distintas versões. Como também, que nem todas as questões sensíveis para a sociedade são consideradas para os estudantes.

Dessa maneira, a dificuldade em volta dos professores trabalharem com temas sensíveis se constitui na posterior compreensão dos conteúdos levantados e, sobretudo, na própria postura do professor. Enfatizando a construção de uma questão didática, que se faz nas escolhas políticas e pedagógicas. Trazendo a visão de Mével e Tutiaux-Guillon (2013), em que os autores indicam três considerações importantes a respeito dos temas sensíveis das aulas, primeiramente, envolvem pertencimentos, identidades e prioridades em conflitos que suscitam emoções. Em segundo, a partir das controvérsias apresentadas, se faz necessário a invenção de outra sala de aula de História, mais integrada às implicações do passado e do presente. Em terceiro, os autores recomendam tratar das emoções com assuntos menos sensíveis, na busca de preparar os estudantes e professores frente a gestão das emoções mais naturais. Assim, o trabalho com temas sensíveis necessita a disponibilidade de tempo para sua realização, caso queiram alcançar debates mais avançados.

Pensando nos temas sensíveis alicerçados nas questões vivas para a sociedade, nas controvérsias postas pela historiografia, temáticas constrangedoras para determinados grupos sociais. Compreender que no trabalho com as temáticas sensíveis, relacionar diferentes atores é determinante para qualquer proposta de estudo e demanda de tempo. Como também, que o trabalho com temas sensíveis mostra a necessidade de ruptura das aulas meramente expositivas e pautadas na vida dos grandes personagens históricos, sobretudo, de homens brancos e detentores de posses. Enfatizando que não defendem um ensino de História como instrumento de conscientização política.

Deste modo, a partir da apresentação da escrita dos autores em forma de diálogo entregaram suas compreensões ao processo vivido em aulas de História. No qual, se assegurou a reflexão a partir da concepção de que a abordagem de temas sensíveis reivindica um registro o mais plural possível. Permitindo que diferentes agentes e suas respectivas vozes se apresentem na reflexão.  

Ensino de História: passados vivos e educação em questões sensíveis/ Nilton Mullet Pereira e Fernando Seffner.

O texto parte do pressuposto de que as questões socialmente vivas se constituem na contemporaneidade, em forma de objetos privilegiados dos currículos de história. Oriundos das necessidades sociais de grupos identitários e dos movimentos que almejam interferir na liberdade de ensinar e no direito assegurado de aprender, construindo a categoria de passado vivo como elemento determinante na constituição de currículos de ensino de história, utilizando dos conceitos de residualidade e remanescência. Como também, estabelecendo a conexão da prática docente em história com o campo da educação em direitos humanos.

Na análise dos autores, a ideia de passado vivo   A ideia de passado vivo está associada à questão da colonialidade, revelando uma continuidade na vida dos povos latino-americanos, especialmente, dos brasileiros. Desenvolvendo o conceito de resíduo de residências no sentido de pensar um currículo de história voltado aos temas sensíveis e às questões socialmente vivas. Significando abrir os currículos para os passados vivos e sensíveis, questionando os marcadores tradicionais e eurocêntricos de representação do tempo. Possibilitando pesar os passados vivos e sensíveis e colocá-los em formato de conteúdo na aula de História.

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