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Período do Desenvolvimento do Estado Brasileiro

Por:   •  12/5/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.047 Palavras (5 Páginas)  •  421 Visualizações

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A partir da leitura do material disponível na plataforma (Apostila e Texto complementar) responda os dois questionamentos que seguem. O Limite de palavras para esta atividade é de 1500.

a) Analise o fragmento e  a charge abaixo destacados. Ambas fazem menção a qual período do desenvolvimento do estado brasileiro? Faça uma analise critica (texto online)  das mudanças deflagradas neste período histórico, seus motivos e consequências

 Retocai o céu de anil

bandeirolas no cordão,

grande festa em toda a nação.

Despertai com orações,

o avanço industrial

vem trazer nossa redenção."

(trecho da canção "PARQUE INDUSTRIAL", de Tom Zé)

[pic 1]

Fonte: Jornal Ultima Hora, 15 de dezembro de 1956.

b) Comente sobre a Crise da Dívida ocorrida na Década de 80. Quais suas principais origens e consequências?

A Charge faz crítica à política industrial de JK, jornal Ultima Hora, 15 de dezembro de 1956. O ponto central do governo de Juscelino Kubitschek (1956-1960) foi o Plano de Metas, com o qual o presidente prometia ao povo brasileiro fazer o país crescerem “cinquenta anos em cinco”. Tratava-se de um plano de desenvolvimento econômico em setores-chaves da economia, como energia, transporte, indústria de base e de bens de consumo. Um dos maiores êxitos do Plano de Metas foi à aceleração do crescimento da indústria automobilista. Uma das marcas do governo foi sem dúvida a construção da capital brasileira, Brasília. A inauguração da nova capital federal, em 21 de abril de 1960, foi um dos marcos dos anos e um fator de estímulo à integração nacional a partir do Centro-Oeste brasileiro. No Plano de Metas, o desenvolvimento industrial estava centrado na produção de veículos, principalmente automóveis. Contudo, o governo estava mais voltado para o incentivo à indústria automobilística do que para as carências e necessidades da população. Para se ter uma ideia, o investimento para o transporte, sistema ferroviário, pavimentação de rodovias, representava 28% do investimento total do governo no país; o investimento no setor energético, para aumentar a produção de energia, fora de 48%. Já na Educação, o governo JK investiu somente 2,8%, para a manutenção e ampliação do ensino público; no setor da Alimentação, o investimento total do governo foi de 3,6%. Não se pode negar que no governo de Juscelino o país cresceu economicamente: 7,5% ao ano. Modernizou-se, foram construídas grandes estradas e diversas obras de infraestrutura. Houve a abertura da economia ao capital estrangeiro, o que possibilitou um grande salto para a indústria, com instalações de grandes montadoras de veículos e outras multinacionais. Como consequência, houve um agravamento na inflação, fazendo com que a abertura da economia ao capital estrangeiro gerasse uma desnacionalização econômica, porque estas empresas passaram a controlar setores industriais da economia do Brasil.  Porem, apesar do desenvolvimento promovido, houve uma serie de pontos negativos, o governo busca o crescimento a todo custo, dentro da campanha dos 50 anos em 5, e nessa ideologia faltou planejamento. A inflação aumentou ano a ano, cresceu a divida externa e disparou a divida pública.

Os anos 80 são chamados de década perdida no que se refere ao desenvolvimento econômico. Vivido pelo Brasil e por outros países da América Latina, esse período de estagnação formou-se com uma retração agressiva da produção industrial. Na maioria destas nações, os anos 80 são o mesmo que crise na economia, inflação, crescimento baixo do Produto Interno Bruto (PIB), volatilidade de mercados e aumento da desigualdade social. No que se refere à economia brasileira, durante os anos 80, foram verificadas reduções no PIB, sendo que o crescimento médio que era de 7% (anos 70) caiu para 2% na década de 80. Fora isso, as taxas internacionais de juros causaram um crescimento da dívida do Brasil com os EUA, além do aumento do déficit público. A dívida interna seguia o mesmo caminho, aumentando cada vez mais por causa da política fiscal expansionista do Governo brasileiro. É denominada crise da dívida no Brasil o episódio econômico experimentado pelo país durante as décadas de 70 e 80 do século XX de má gestão de dinheiro captado no exterior, e que por isso mesmo, fomentou a paralisação do crescimento econômico brasileiro por uma década inteira (a década de 80, conhecida como "década perdida"). O episódio da crise da dívida brasileira tem início em outra crise, a do petróleo, de 1973. Repentinamente, os preços do produto disparam, e os que mais lucraram com isso foram os produtores de petróleo, em sua maioria países árabes. Estes, logicamente, depositaram seus dividendos nos bancos ocidentais, os mesmos grandes bancos fontes de empréstimos para os países em desenvolvimento que costumam se utilizar de empréstimo para colocar em prática suas políticas de desenvolvimento, e entre tais países, na época, estava o Brasil. Os grandes bancos, prevendo ganhos astronômicos, mais que depressa emprestaram dinheiro ao Brasil, entre tantos outros países, sem obter garantias reais de como se faria a devolução do dinheiro. O Brasil de então, no auge da ditadura militar, com um governo que fazia praticamente o que queria, sem prestar contas de seus desmandos, desperdiçou por completo o dinheiro vindo do estrangeiro. A crise do petróleo, bem como a recessão que já estava sendo experimentada pelos EUA, faz com que o mundo capitalista experimente uma recessão à época. Isso contribui para que os países desenvolvidos passem a consumir menos commodities como o café e o cacau, importantes para as economias dos países em desenvolvimento. Assim, estes se defrontam com enormes dívidas a serem pagas e pouco dinheiro para saldá-las, pois os produtos de exportação, fonte do dinheiro, não estavam vendendo como o esperado. É deste círculo de corrupção, especulação e avidez que surge uma danosa crise da dívida da qual o Brasil custou a se livrar. A crise da dívida tornou-se notória quando o México anunciou moratória em 1982, recusando-se a pagar a sua dívida astronômica. Já na entrada da década, o Brasil estava virtualmente quebrado, sendo um dos fatores que levaram ao desmantelamento do regime militar. A solução para a crise da dívida não foi rápida, sendo que em 1983 o Brasil assinará um acordo com o FMI, permitindo a rolagem da dívida com os bancos credores. Com a reestruturação e liberalização de sua economia, e por meio dos cumprimentos do acordo com o FMI (salvo o breve mal-estar causado pela moratória de 1987), o Brasil lentamente resolve o problema, que irá persistir até o final da década de 90.

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