Pratica de pesquisa
Por: Diogo Fogaça • 16/6/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 1.828 Palavras (8 Páginas) • 259 Visualizações
PARQUES URBANOS
Os parques urbanos são grandes espaços de vegetação em áreas urbanizadas de uso público, com o intuito de proporcionar recreação e lazer aos seus visitantes. Em granes parte deles oferecem também serviços culturais, como museus, casa de espetáculo e centros culturais e educativos. Também estão frequentemente ligados a atividades esportivas.
A grande vantagem dos parques urbanos é propor aos moradores de metrópoles a opção de visitar áreas naturais, com paisagens verdes, fauna e flora, sem a necessidade de percorrer grandes distâncias. É neles que grande parte da população urbana desenvolve sua relação com a natureza.
Segundo KLIASS (1993) apud FEIBER (2004). O parque urbano nasceu, a partir do século XIX, da necessidade de dotar as cidades de espaços adequados para atender a uma demanda social: o lazer, o tempo do ócio e para contrapor-se ao ambiente urbano.
Segundo KLIASS (1993) apud FEIBER (2004) com o aumento da demanda por espaços de lazer e recreação e a introdução das dimensões paisagística e ambiental dentro dos processos de planejamento trazem a temática dos Parques Públicos Urbanos como um dos atores centrais no desenvolvimento dos planos e projetos urbanos. A percepção, a apropriação e o usufruto dos parques urbanos passam a ser produtos de uma construção social.
Os Parques urbanos estão em processo de transformação e releituras. No século XX, novas funções foram introduzidas e baseadas em valores de parques de períodos anteriores, voltando ao lazer contemplativo. (FEIBER 2004).
As problemáticas ambientais, como a falta de áreas de lazer pública trás como consequência a diminuição de qualidade de vida urbana. A criação e manutenção de parques urbanos se apresentam como uma solução destas problemáticas existentes. A importância das áreas verdes na obtenção de uma boa qualidade de vida no meio ambiente urbano traz os valores ecológicos e humanísticos da população. O espaço urbano da cidade torna-se uma representação do lugar e da natureza de sua comunidade. Nesse sentido, a presença de parques no espaço urbano visa minimizar essa deficiência da qualidade de vida e dos processos de degradação ambiental, promovendo a manutenção das condições biológicas da cidade, bem como a saúde e o bem estar da população (SILVA, FERREIRA, 2003).
O tempo de permanência nos parques pelos visitantes serve para mostrar o quanto esse tempo é diretamente proporcional ao número de atrativos e atividades disponíveis, bem como ao grau de liberdade que o visitante tem para se movimentar pela área. Se não há opções variadas que o entretenham, o turista não fica mais que algumas horas na unidade e vai embora. (KINKER 2007).
Levando em consideração essa análise, o parque urbano visa dispor à comunidade um local para práticas de lazer, como caminhadas, atividades para exercício físico, contato com a natureza, esportes ao ar livre, entre outros. Sendo assim, o parque urbano sendo aplicado em Sorocaba retoma o conceito de lazer, uma vez que o mesmo está ligado à prática de lazer individual ou coletiva.
Por isso, dentre as inúmeras vantagens das áreas verdes públicas, Guzzo (1999) considera as funções: estética, social, ecológica e educativa como sendo as de maior relevância.
A função social está relacionada com a alternativas de lazer que essas áreas oferecem à população. A função educativa está associado com a possibilidade grande que essas áreas oferecem como ambiente para o desenvolvimento de atividades extra-classe e de programas de educação ambiental. A função ecológica que possui relação com a preservação da vegetação, do solo não impermeabilizado e de uma fauna mais variada nessas áreas, impulsionando melhorias no clima da cidade e na qualidade do ar, água e solo. Função psicológica que ocorre, quando as pessoas entram em contato com os elementos naturais dessas áreas, relaxam, funcionando como anti-estresse. Este aspecto está relacionado com o exercício do lazer e da recreação nas áreas verdes. Função estética, que diz respeito à diversificação da paisagem construída e o embelezamento da cidade.
No meio urbano essas áreas proporcionam a melhoria da qualidade de vida, pois garantem áreas destinadas ao lazer, prática de esportes, relaxamento, preservação ambiental e a qualidade dos recursos naturais, sendo todos esses itens contribuindo para a estética da cidade e engrandecendo o meio urbano. Essas áreas trazem a redução da poluição do ar, controle do ruído, proteção do solo e rios, controle da temperatura, além dessa importância ecológica e social cria espaços de lazer e convívio.
AREA DEGRADA
O crescimento populacional associado ao processo de urbanização caracterizado por sua ampliação territorial e pela grande e intensa concentração humana, bem como o avanço do meio-técnico-científico, que segundo Santos (2009, p. 37), é “(...) o momento histórico em que a construção ou reconstrução do espaço se dará com um crescente conteúdo de ciência, de técnicas e de informação”, vem atingindo de forma significativa e preocupante o meio natural e as condições de vida não só da população como de todos os seres vivos. Repercutindo em profundas transformações que vem causando inúmeros incidentes, de certa forma, provocados pelo próprio homem.
A ação do homem sobre a natureza tem ocasionado conseqüências desastrosas, pois podemos observar claramente o efeito desta ação ao nos depararmos com o Córrego Raizal, a partir da ocupação irregular do espaço, aonde se vem modificando cada vez mais o meio natural, e o efeito da retirada da mata ciliar modificaram e vêm modificando a estrutura do solo, alterando também o comportamento da água das chuvas, que não infiltra no solo, e percolão em direção a nascente em forma de enxurrada, levando consigo todos os tipos de detritos das ruas, líquidos e sólidos.
Com o processo de urbanização na atualidade tendo seu auge de desenvolvimento e, conseqüentemente, o crescimento populacional sendo seguido pela desigualdade social, principalmente nos países subdesenvolvidos ganhando formas e espaços territoriais cada vez mais visíveis e caracterizados, e com o descaso quase que total do Poder Público de uma maioria da população que busca os espaços vazios para a ocupação não se interessando com os danos causados ao meio ambiente a partir dessa ocupação, pois, sua prioridade é a sobrevivência.
Desde o início, e principalmente nas últimas décadas o modelo de urbanização brasileiro vem sendo caracterizado pela exclusão social, territorial e pela discriminação do espaço. Onde o crescimento ocorre de forma desordenada e ainda um crescimento das desigualdades sociais. Havendo em um mesmo espaço urbano, marcas visíveis dessa situação como áreas sem a existência de uma infra-estrutura adequada para a habitação humana. E ainda, havendo a ocupação de áreas impróprias chamadas de risco, como encosta e locais inundáveis.
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