Reflexões sobre a origem e a difusão do nacionalismo
Por: Rafael Filemon • 4/5/2018 • Resenha • 286 Palavras (2 Páginas) • 365 Visualizações
BENEDICT ANDERSON. Comunidades imaginadas. Reflexões sobre a origem e a difusão do nacionalismo.
O Autor procura entender como se vai criando uma consciência de nação. Ele aponta que essas origens se fundem em uma língua impressa. O fez possível se imaginar as novas comunidades entre um modo de produção e de relações de produção capitalistas, e a tecnologia de comunicação (que seria a imprensa) no caso e a fatalidade da diversidade linguística humana. O autor vincula o aparecimento da língua impressa à noção de comunidade imaginada.
A comunidade se tornou de forma imaginada unificada em torno do papel e da letra impressa. Outro fator importante, foi que o capitalismo tipográfico instituiu línguas oficiais diferentes nessa noção de nação, criando, através da língua impressa, uma nova mercadoria e encaminhar ao sentimento de simultaneidade. Precisamos lembrar que essas raízes de uma consciência nacional, vem de “processos inconscientes que resultaram da interação do capitalismo, a tecnologia e a diversidade linguística humana”.
A forma como o autor aborda e faz uma discussão de “nação e nacionalismo” focado em um viés cultural faz o texto ser interessante, deixando de lado aquele lado político que todos associam. o autor amplia a noção de documento bem como constrói uma metodologia que permite compreender, por exemplo, de que forma a circulação de textos forma públicos leitores que, ao se identificarem através da comunicação, fundam um pensamento de um estado nacional. O autor não só faz uma análise do material editorial que circula nas comunidades que se imaginam como nacionais, mas incorpora a seus estudos documentos produzidos pelas instituições nacionais oficiais que produziram, veicularam e disseminaram seus discursos como os mapas, e os museus, que juntos, moldaram a maneira de como o Estado colonial imaginava o seu domínio.
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