Relatório Do Filme Uma Cidade Sem Passado (Das Schreckliche Mädchen)

Num ato desespero eles recorrem a Antônio Bia, um ex carteiro da cidade banido por escrever cartas contando mentiras e calunias dos moradores para impedir que a agencia dos correios da cidade fechasse, ele perdesse o emprego. Antônio Bia é convocado a força pelos moradores para escrever as histórias cheias de virtudes contadas por anos entre os moradores da cidade. Então Zaqueu que era representante da comunidade de Javé lhe faz a seguinte proposta para Antônio Bia, se ele escreve livro de javé os seus atos seriam absolvidos. Sem pensar duas vezes Antônio Bia aceita a missão de ser escrivão da cidade.

Durante a trajetória do filme, Antônio Bia vai conhecendo a fundo as fantasias, as memórias e as lembranças do povo de Javé, sendo que cada família entrevistada traz para si versões que exalta seus antepassados, para uns o fundador era o Indalecio, para outros Maria Dina, ainda tinha um morador negro que afirmava ser o fundador um tal de Indalêo, um africano.

No, entretanto, para Biá as histórias contadas pelos moradores não se cruzavam dificultando ele colocar no papel, por mais talentoso que ele fosse com isso Biá desiste de escrever o livro, entrega aos habitantes um livro em branco e desiste de sua missão; as máquinas e engenheiros chegam ao vale no dia seguinte emundando a cidade. Biá se arrepende por ter deixado aquilo de lado e com isso os habitantes tiveram a oportunidade de contar novas histórias e lembrar do vale. O filme acaba deixando em aberto o desfecho da situação, deixando uma reflexão sobre a preservação da memória e identidade da comunidade diante das mudanças externas.

5. RELATÓRIO DO FILME UMA CIDADE SEM PASSADO (Das Schreckliche Mädchen)

O filme conta a história de Sonia uma jovem estudante alemã, após ganhar um concurso de redação recebe uma proposta para participar de uma nova competição, para isso acontecer ela precisaria escolher entre duas temáticas que era “Liberdade de expressão” ou “Minha cidade natal durante III Reich”.

Estimulada pelas histórias que sempre ouvia quando era criança optou pela temática “Minha cidade natal durante o III Reich”. Ao longo a trama Sonia começa a ir em busca de informações sobre o passado da cidade, visitando instituições de pesquisa e ouvindo as versões das pessoas mais próxima sobre os fatos ocorridos durante o III Reich. Apesar de todo esforço as informações obtidas são escassas, e não oferecem nenhum benefício necessário para desenvolvimento do projeto.

As pessoas que viveram naquela época limitam-se a fornecer informações para desenvolvimento do projeto, alegando falta de lembrança dos acontecimentos da cidade ou mencionam apenas histórias relacionadas ao prefeito da época, que era um nazista declarado. O filme em si retrata o silencio como uma estratégia eficaz para evitar resgaste de memórias desconfortáveis ou comprometedoras, considerando relembrar um passado marcado por situações traumatizantes é como mexer em uma ferida que ainda não cicatrizou completamente.

Mesmo as primeiras instituições de pesquisa que fecharam as portas para Sonia, com justificativas. Por exemplo o diretor dos arquivos bibliotecários da igreja afirmou que o acervo consistia em obras de teologia, portanto de pouco valor informativo, já o jornal que