Analise do Filme Cidade sem Passado e Historia Oficial
Por: samantapessoa4 • 8/7/2019 • Resenha • 1.096 Palavras (5 Páginas) • 363 Visualizações
Análise dos filmes “ Uma cidade sem passado” e “ A história oficial”, ao
primeiro vê se depara com a indagação sobre a veracidade das fontes na
sociedade contemporânea, fica a pergunta qual o compromisso da história com a
realidade dos fatos? Erick Hobsbawm diz que o que ela não pode nos dizer é o que
acontecerá: apenas quais problemas teremos que resolver. Porque o estudo da
história coloca em exposição recorrências, linhas de forças do processo histórico
feito de continuidade e descontinuidade, para se fazer entender um documento
histórico e os atos dos passados é necessário levar em contas as determinações
político-social para se enveredar no ato de fazer a história-crítica.
O filme “Uma cidade sem passado” do diretor Michael Verhoven, produzido
no ano de 1989, é reproduzido na pequena cidade de Pfilzing na Alemanha, por
volta da década de 70, seu pai Paul, foi morar na Alemanha com o seu cunhado o
vigário da catedral de Pfilzing o tio Franz, a mãe de Sônia chamava-se Maria
professora de religião na cidade que foi convidada a se retirar da escola por esta
grávida, da sua filha Primogênita, uma jovem chamada Sonia Wegmus a qual tem
dois irmãos por nome de Robert e a Nina, Sonia era muito querida na sua cidade e
resolve participar do concurso de composições de poesias, promovida pelo
presidente da Alemanha o Dr. Karl Carstens. Do qual é incentivada por sua
professora de latim Juckenack (Hans-Reinhard Muller) a participar.
O filme “A História Oficial” do Diretor Luis Puenzo, na Argentina, 1985. Conta
a história da professora Alicia e de seu marido Roberto que adotam sua filha Gaby
na época da ditadura militar argentina. Após o encontro com a amiga Anna, que
passa alguns anos exilada, Alicia se depara com algumas verdades que antes
parecia não ver, verdades essas que mudaram a história de seu país e a própria
história particular de Alicia.
Os dois filmes se entrelaçam sob a ótica de questionamento e manipulação
da história, onde as duas protagonistas vivem de forma pacata e conformada até se
sentirem enganadas sobre a verdade que a cercam e começarem a questionar
sobre suas realidades.
A alvorada de questionamento sobre sua cidade, para sonia inicia ao buscar
informação sobre a luta da cidade contra o Nazismo sendo levada a desencadear
uma grande revolta da parte da sociedade e do poder religioso juntamente com o
estado. Pois ao pesquisar a história para a elaboração do seu tema, ela descobre
que duas pessoas muito influentes na sociedade estavam escondendo e ocultando
uma grande verdade, uma dessas pessoas era o professor e padre o senhor
Juckenack e o padre Brummel.
Para Alicia o alvorecer começa no reencontro com uma amiga de escola Ana
que após longa conversa regada a vinho é depois licor de ovo a amiga, no meio da
conversa brincalhona, das risadas, Ana começa a contar como foi presa e torturada.
Ao final de seu desabafo, seu relato chocante sobre os dias em que ficou presa e foi
torturada, Ana diz: “Havia mulheres grávidas que perdiam os filhos ali. Outras os
levavam, mas voltavam sozinhas, pois os filhos iam para famílias que compram sem
fazer perguntas.”
Os fatos históricos precisam ser questionados não podendo utilizar as fontes
como verdade absoluta como faziam os positivistas na formação da produção
histórica que tinham como verdade absoluta os documentos por escritos sem
questioná-los, sem comprovar sua veracidade, o documento falando por si só. O
documento Triunfa nessa linha de pensamento onde não se têm notícia sem
documento e que tudo que não foi escrito se perde, sem questionar ou levar em
conta que o que foi escrito foi escolhido para ser lembrado e do modo que os
antepassados escolheram guardar sem pensar no que poderia ser ocultado.
Dificando vê as entrelinhas dos documentos, impossibilitando escrever sobre as
pessoa que não estão nos documentos que mereciam está nos documentos
passados e ainda mais fechando o leque de possibilidades e saberes que estão
além dos documentos entre elas fontes orais e memória coletiva.
É necessário ir além do fato histórico e questionar sobre o mesmo, o que
aconteceu com as protagonista que quando confrontando as fontes eram
tendenciosas.
No caso de Sonia as informações eram ocultadas para controle de
informação para que a verdade vergonhosa do passado não vinhesse a luz e
estragasse a glória criada da ignorância dos fatos.
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