Resenha Crítica - A Listia de Schindler

Centro Paula Souza

ETEC Prof.ª Terezinha Monteiro dos Santos

Em Cartaz: A Lista de Schindler

Ana Paula Martins

Taquarituba-SP

2018

Luzes

 

Os nazistas defendiam a hegemonia ariana e junto com essa ideologia vinha o antissemitismo que consistia na aversão aos semitas, especificamente os judeus.

A chamada “solução final” dada por Hitler foi executada através dos campos de concentração (ou extermínio) que, uma vez lá, judeus eram forçados a trabalhar longos períodos com má alimentação, sob péssimas condições climáticas e acima de tudo, sob o horror da morte que poderia bater na porta a qualquer instante. Por fim, os judeus (deficientes, doentes, idosos e crianças que não serviam para o trabalho) iam para uma câmara com a promessa de tomarem banho, vestirem roupas limpas e juntarem-se novamente aos seus familiares, mas quando os “chuveiros” eram ligados, o que saía era Zyklon B, gás que matava rapidamente sem deixar vestígios e, após todos mortos, os corpos eram incinerados.

Ao final da Segunda Guerra Mundial, aproximadamente 6 milhões de judeus foram mortos pelo nazismo que, pregando a superioridade da “raça” ariana, através do horror massacrou um povo e ficou conhecido como o maior holocausto da história da humanidade.

Câmera

Oskar Schindler: Começa no filme sendo apresentado como um anti-herói, que encontra na mão de obra judia uma forma de obter ainda mais lucros, mas após observar o terror e carnificina da desocupação do gueto em Cracóvia, muda sua postura e pensamento em relação ao nazismo, podem ser citadas duas características importantes desenvolvidas pelo personagem ao longo do filme: a empatia, pois foi através dela Schindler percebeu a injustiça e o holocausto que estava acontecendo diante de seus olhos. O altruísmo também é outra característica desenvolvida já que Oskar se desfaz de toda a sua fortuna para salvar o máximo de judeus que seu dinheiro podia pagar e beira a loucura por achar que não fez o suficiente.

Amon Goeth: Oficial austríaco nazista da SS e comandante do campo de Plaszow, na Cracóvia. É destacável no personagem duas características: crueldade e sadismo, Goeth prova isso ao longo do filme através de diversas cenas quando mata pessoas como se estive jogando dardos com total frieza, vê-se através disso uma visão completamente distorcida da realidade causada pela alienação da ideologia nazista.

Itzhak Stern: Contador polonês e judeu, cuida da contabilidade nas empresas de Schindler, destaca-se no personagem a coragem e sabedoria já que consegue convencer o chefe, membro do partido nazista a contratar judeus com a intenção de ajudar seu povo e, ao mesmo tempo, mascarar isso e tornar vantajoso para Schindler o que também envolveu muita coragem já que muitas vezes, ele precisou enfrentar o patrão.

As cores:  O diretor do filme, Steven Spielberg tem descendência judia, o que pode ou não ter influenciado na produção do filme, segundo ele a escolha do preto e branco foi feita porque as cores representam a vida e a premissa do filme é justamente contrária a isso. Porém elas não estão completamente ausentes, próximo ao meio do filme na desocupação do gueto da Cracóvia aparece uma menina correndo com um casaco vermelho e Schindler assistindo a isso, ao ver a menina tem um “choque de realidade” e percebe a carnificina que estava acontecendo e a partir daí começa a mudar seu pensamento. Já no final da trama, são gravadas cenas reais do túmulo de Oskar Schindler onde os descendentes dos mais de 1000 judeus salvos por ele deixam pedras sobre o túmulo como um agradecimento por tudo que fez pelos judeus, a cena é magnificamente colorida já que as novas gerações representam o florescer da vida novamente de um povo que fora massacrado pelo holocausto.

Locações: A trama principal se desenvolve em 3 lugares: Auschwitz e Cracóvia na Polônia e Jerusalém em Israel. O filme traz de forma mais fiel possível os acontecimentos e lugares por onde Schindler passou já que o filme é uma representação de sua vida.

Transgressões: Pode-se notar transgressão na própria forma como Schindler conseguia seus operários já que tudo acontecia através de suborno, outra cena clássica que mostra transgressão de forma clara é quando comemorando seu aniversário, o protagonista beija uma judia e vai preso pelo ato.

Ação

Era final de janeiro de 1933, lembro-me como se fosse ontem. Caía finalmente a maldita República Weimar, porém mal sabia que a maldição só estava começando...

Quem vos fala é Norma, Norma Ruschel e depois de 30 dolorosos anos do fim da guerra sinto que tenho forças para falar disso, nem que seja meu último feito.

Em 1934 quando tinha 20 anos casei-me com Jordan Stein, ariano puro com beleza inigualável, sonho de toda garota. Trabalhei lecionando para crianças, porém com o aumento da influência nazista na Alemanha e o Antissemitismo percebi a evacuação de diversos alunos que possuíam característica comum: todos eram judeus, algo de muito errado estava prestes a acontecer e uma grande tensão pairava sobre o ar, não sabia o que estava por vir e sinceramente, não queria ter descoberto.