Resenha h. antiga
Por: Leonardo Stabele • 19/10/2015 • Resenha • 1.505 Palavras (7 Páginas) • 305 Visualizações
Universidade Estadual do Paraná- Campús Campo Mourão
LEONARDO STABELE SANTOS
LUCAS ALVES
TEXTO CRÍTICO
MESOPOTÂMIA E EGITO
Campo Mourão
2015
Leonardo Stabele Santos
Lucas Alves
TEXTO CRÍTICO:
Mesopotâmia e Egito
Texto crítico da disciplina de História Antiga abordando diferenças entre dois livros didáticos da educação básica, com foco nas civilizações mesopotâmica e egípcia.
Professora: Joana Medrado
Campo Mourão
2015
Texto crítico
No presente texto será analisada de forma critica dois livros da disciplina de história na educação básica, com foco no sexto ano do ensino fundamental. Os livros abordados serão: História, Sociedade e Cidadania do autor Alfredo Boulos Junior, Editora FTD, e o segundo será Projeto Araribá História, provendo de obra coletiva de responsabilidade editorial de Maria Raquel Apolinário, publicado pela Editora Moderna. Em ambos serão abordado os temas: Mesopotâmia e Egito, dentre os pontos abordados estão clareza na linguagem, conteúdo, organização/disposição dos textos.
A partir de agora os livros serão abordados como sendo livro 1 e livro 2 respectivamente na sequência acima, ou seja, o livro da editora FTD será numero 1 e editora Moderna numero 2.
A análise começara abrangendo a civilização mesopotâmica e em seguida a população egípcia. No caso da primeira civilização percebesse que ambos os livros possuem imagens boas, nítidas e de fácil entendimento. Em relação aos mapas são bem trabalhados, dispostos de maneira dinâmica nas paginas, situam facilmente o aluno nas cidades à época e os atuais países.
O livro número 2 é mais detalhista ao descrever a civilização mesopotâmica, aborda com mais detalhes desde o nome ser derivado da língua grega até a produção de alimentos que era excedente, chegando a considerar o primeiro sistema de escrita, todavia o livro numero 1 é mais direto, possuindo menos informações, as quais algumas vezes são relatadas ao longo do capitulo, hipoteticamente acarretando prejuízo ao aprendizado do aluno que usa esse livro em relação ao aluno que usa o outro.
Um e outro texto descrevem os principais impérios mesopotâmicos de forma muito breve. Ao longo e ao final de capitulo tem uma gama relativamente grande de atividades de fixação. Um desses exercícios chama atenção nos dois livros, que envolve Guerra do Iraque, no livro 1 acomete um conteúdo que envolve muito mais a destruição de monumentos, documentos históricos em especial a Biblioteca Nacional do Iraque, enquanto o livro 2 revela um fundo mais tendencioso não abordando em nada o prejuízo histórico sofrido nesta guerra, ele tende apenas em apresentar este lado ou aquele como culpados pela guerra, nota- se de maneira mais nítida o dito acima quando observado as figuras para exemplificar o exercício, o livro 1 mostra sítios arqueológicos, mapas sobrepondo a Mesopotâmia e o atual Iraque, o 2 mostra tanques de guerra e soldados armados norte- americanos.
No que difere ao apresentar as datas ligadas à civilização mesopotâmica, ambos os livros mostram-se muito próximos, chama atenção que no decorrer do capitulo há uso de poucas datas, as quais são usadas principalmente na legenda das ilustrações.
O livro 2 apresenta o estudo dessa civilização em pouco mais de oito paginas, enquanto o 1 em mais de dezesseis. O que acarreta tamanha diferença? As imagens em cada livro respondem essa questão. No livro 2 as imagens são pequenas, no 2 são grandes ocupando ate uma pagina inteira. O numero 1 possui uma linguagem de mais fácil entendimento visto que o foco são colegiais do sexto ano, todavia peca em não abordar um quesito importante desta civilização que era o seu entendimento da astronomia, já que o livro 2 aborda essa questão de forma breve, mas mostra-a.
Tratando da abordagem do Egito, o livro 1 também apresenta maior número de páginas, porém devemos analisar que o mesmo conta com imagens com dimensões maiores. Os dois livros trazem explicações nas margens das páginas para as palavras menos comuns ao vocabulário dos alunos. Apresentam também forma parecida em sua estrutura de divisão interna, seguindo uma sequência quase idêntica de conteúdo, eles falam da formação a beira do rio Nilo, dos períodos do império, das divisões sociais, da religião e da escrita.
Tem-se uma semelhança nos mapas das duas obras, onde os dois trazem a localização do Egito no mapa mundial logo no início do capítulo, informação bastante útil para localizar os estudantes em um contexto global e estabelecer possíveis relações com outras civilizações próximas. Esta estrutura semelhante remete a possível padronização de conteúdo estabelecida pelos órgãos de ensino responsáveis.
Nenhum dos livros trata da origem da formação do Egito, falam da relação que se tem com o rio Nilo, mas não escrevem como o trabalho comum foi importante para a formação do Egito e para o processo de civilização, não falam também de onde vinham esses povos formadores das cidades.
O livro 2 trás em dois momentos informações complementares em quadros separados do texto principal, neles contém dados quanto ao Egito nos dias atuais, falando de suas principais atividades econômicas e seu modo de vida no campo, na sequência elabora questões ligadas a estes temas e que devem ser respondidas com base em outras fontes, estimulando os alunos a pesquisas que irão complementar seu conhecimento a respeito da civilização estudada. O livro 1 trás algo parecido, perguntas dispersas referente ao conteúdo que levam os alunos a reflexão, levando os estudantes a realizar comparações com a realidade brasileira nos dias atuais, porém não apresenta nenhum dado referente ao Egito de hoje, deixando assim um vácuo de conteúdo, pois se faz importante entender, mesmo de forma geral e sucinta, como se encontra hoje este povo que pode ser considerado junto com a mesopotâmia o berço da civilização, se ainda persiste sua religiosidade e em que mudou sua política e economia.
...