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Rotas de Migração Forçada África x Brasil

Por:   •  6/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.584 Palavras (11 Páginas)  •  356 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS – UFMG

ANA CAROLINA FIGUEIREDO SILVA

ROTAS DE MIGRAÇÃO FORÇADA ÁFRICA X BRASIL

Elaboração de Projeto de Aula para o 1º ano do Ensino Médio

Belo Horizonte

2016


Sumário

Fundamentação Teórica e Historiográfica ........................................................................ 3

Introdução ................................................................................................................................ 3

As Nações Africanas.............................................................................................................. 5

As Rotas de Migração Forçada entre Brasil e África ........................................................ 6

Números de escravos que vieram ao Brasil ...................................................................... 8

Objetivo....................................................................................................................................... 8

Plano de Aula ............................................................................................................................ 9

Método de Avaliação ............................................................................................................. 10

Referências Bibliográficas................................................................................................... 11


Fundamentação Teórica e Historiográfica

Introdução

De acordo com Reginaldo Prandi (2000), entre os anos de 1525 e 1831, mais de cinco milhões de africanos foram trazidos para o Brasil na condição de escravo,  não  estando  incluídos  neste  número,  que  é  uma  aproximação, aqueles que morreram ainda em solo africano, vitimados pela violência da caça escravista, nem os que pereceram na travessia oceânica. Entre os países que importaram  negros,  o  Brasil  é  aquele  que  mais  trouxe  indivíduos  para  o trabalho escravo.

Diante  disso,  faz-se  necessário  explicar  de  onde  os  cativos  vieram, como eram obtidos no continente africano e por quem eram comercializados.

Dessa  forma,  os  alunos  terão  um  maior  conhecimento  sobre  suas origens africanas e como elas influenciam até hoje em suas vidas, na cultura do país e do estado de Minas Gerais.

Localização do Con tinente Af ricano no Mundo

O continente africano está localizado cartograficamente tanto na porção sul, quanto norte do globo, ou seja, tanto acima quanto abaixo da linha do equador que divide a Terra em latitudes sul e norte. Conforme a figura 1, ele faz fronteira por terra com a Ásia, possui o Mar Mediterrâneo como divisão para o continente Europeu e o Oceano Atlântico que separa a África das Américas.


Figura 1 – Divisão do Mundo em Continentes – Fonte: IBGE.

De  acordo  com  a figura        2,        o continente  africano atualmente           é dividido     em     54 países    e    possui diversas peculiaridades   em sua          extensão, como   a   presença do   maior   deserto do mundo, o Saara, a                Floresta Equatorial           do

Congo,    na    qual

Figura 2 – Mapa Político da África – Fonte Guia Geográfico


abriga-se     uma     grande

diversidade   de   fauna   e

[pic 1]

flora, a população mais pobre do mundo atual, com os menores Índices de

Desenvolvimento Humano (IDH). Esse último engloba além do Produto Interno


Bruto (PIB) critério de definição econômica, o número de anos na escola e a longevidade que é a expectativa de vida média da população.

As Nações Af ricana s

Existe uma polêmica conceitual entre as caracterizações de nações africanas, são três as formas de divisão: Etnias africanas, de Paul Lovejoy e John Thornton; Grupos de Procedência, de Mariza de Carvalho Soares e Denominação metaética, de Luis Nicolau Parés e Jesús Guanche Pérez. Essas teorias levam em conta o que essas nações contribuíram para o novo mundo.

Em primeiro lugar, para Paul Lovejoy e John Thorton os quais definem que a ideia de nação está relacionado às etnias africanas, as quais conforme Junior (2009), utilizada pelos membros da comunidade escrava para identificar- se internamente.   Eles discutem que existem 3 grandes zonas culturais que posteriormente podem ser divididas em sete subzonas. Essas zonas eram a da Alta Guiné a qual possuía as subzonas mande (interior e a costa em Gâmbia e Serra Leoa), as línguas do norte do Atlântico Ocidental (jalofo e harpulaar ao longo do rio Senegal) e as línguas do sul do Atlântico Ocidental (ao longo da costa do rio Gâmbia a cabo Mount).

Em segundo lugar, para Mariza de Carvalho Soares as nações são fruto do grupo de procedência, ou seja, dos locais de onde vieram a partir do tráfico negreiro. Ela confirma isto a partir do seguinte dado:

A pertença a uma nação é definida no bojo do Império português pelo vínculo a uma identidade territorial (ou seja, pela  procedência) e  não  pela  ancestralidade ou  parentesco fazendo,  portanto,  parte  do  universo  colonial  e  não  da bagagem cultural de cada grupo. (Mariza de Carvalho Soares,

2004, p. 319).

Por   último,   Luís   Nicolau   Parés   e   Jesús   Guanche   utilizam   da classificação de nação por denominação metaétnica que  conceitua-se pela aglomeração  de  grupos  diversos,  porém  aparentados  lingüística  e culturalmente, ocupando territórios contíguos e embarcados para a América nos mesmos portos. Segundo Parés (2007), o conceito de denominação metaétnica  é  útil  apenas  para  descrever  o  processo  pelo  qual  novas identidades coletivas são geradas a partir da inclusão, sob uma denominação

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