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Sociedade Colonial Brasileira

Por:   •  6/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.214 Palavras (5 Páginas)  •  429 Visualizações

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DESENVOLVIMENTO

O autor trata sobre a ideia de autogoverno, império ultramarino, economia em solo brasileiro, e monarquia pluricontinental, dentre outros assuntos importantes que derivam destas vertentes.

Vale citar uma interpretação do Brasil colonial diferente da tradicional, que o resume a um grande canavial escravista, refém do capitalismo comercial. O próprio termo colonial nasce apenas em fins do século XVIII e traz uma visão de extrema dependência, o que de fato, de acordo com o texto do autor, é justamente o contrário, pois pelo que nos consta, Portugal era carregada pela produção brasileira e salientando que os investimentos em terras brasileiras eram pífios nas questões humanas e estruturais. E Portugal era uma monarquia pluricontinental, que é um só reino, uma só nobreza, mas também várias terras conquistadas fora da Europa, por isso ganha o termo pluricontinental, pois eram territórios dominados de fora do continente. E dentro de uma monarquia pluricontinental a coroa e a primeira nobreza viviam de recursos vindos de fora da Europa, em sua maioria dessas terras conquistadas. Como dito anteriormente, essa monarquia era sustentada em grande parte por recursos de fora da Europa, ou seja, pelos proventos ultramarinos, e Portugal foi um dos primeiros a operar em escala global. Com o objetivo de conquistar novos territórios e expandir os domínios da coroa, visto que se espalhou por um grande número de locais que atualmente pertencem a mais de 50 nações no mundo, se caracterizando assim como um Império ultramarino.

Os portugueses trouxeram os ideais católicos e seus costumes. A preocupação da monarquia dos quinhentos e seiscentos era a de difundir o que eles entendiam por civilização cristã no Novo Mundo, e não o que chamamos de capitalismo. A disciplina religiosa imposta possibilitava a subordinação às autoridades, e à Sua majestade, e se confundissem com o amor a Deus.  Por outro lado, a propagação do imaginário da religiosidade católica gerou preocupações com a vida pós-morte, tanto que parte dos recursos conquistados com o setor açucareiro, eram destinados á igreja católica, o que significa dizer que a sociedade dos vivos era baseada na sociedade dos mortos. Ainda que eu discorde do ponto do autor que diz que os ideais católicos serviriam apenas para subordinar pessoas e torna-las mais obedientes falando de uma forma mais coloquial, penso que a igreja católica esteve nesta empreitada mais por pressão de suas lideranças eclesiásticas do que por vontade dos portugueses, visto que a igreja estava perdendo poder e muitos adeptos no período da modernidade, e seus fins eram de ganhar adeptos para a visão católica, visto que eram tidos como um mal necessário pelo governo português, pois já estava ocorrendo o rompimento da igreja com o estado de maneira gradativa em Roma, e este rompimento já estava se refletindo aqui, salientando que esta é uma visão minha, mas baseada em um trabalho anterior feito por mim sobre a igreja católica e sua entrada na modernidade, mas que pode estar sujeita a erros de interpretação, visto que não quero cometer nenhuma forma de anacronismo. Vale ressaltar que esse Brasil escravista teve um aumento de sua população, mas era um aumento de massa humana para força de trabalho escravo em sua maioria, e como nos consta, vieram escravos de diferentes culturas, pois não podemos generalizar a cultura africana como sendo de um só tipo por serem africanos, visto que existiam diferentes culturas religiosas em cada tribo, o que gerou uma miscelânea cultural e religiosa em nosso solo, sistema de organização diferente

e diversos idiomas e dialetos em um sistema de organização fragmentado, pouco preocupado com o bem-estar, e com tudo para dar errado, mas de acordo com o texto do nosso autor João Fragoso,

 “fato é que ela deu certo. Aquela Babilônia se transformou numa sociedade organizada conforme normas do Antigo Regime (monarquia, catolicismo, ideia de autogoverno etc.) reconhecidas por todos e tendo por base uma economia escravista.”

          É evidente que segundo análises históricas, em cinco séculos houve um crescimento exacerbado da população América-lusitana em torno de vinte e cinco vezes a sua proporção normal na sua grande parte em escravos.

Sobre a escravidão, posso afirmar que esse regime de trabalho foi á engrenagem mais importante para a colonização e exploração, sendo que o tráfico de escravos teria sido responsável por alavancar o comércio colonial.

Dentro deste contexto existia um sistema politico desorganizado e falho, pois era uma monarquia seguido de repúblicas extra europeias que continham em seu seio descendentes de conquistadores que julgavam merecer liderar pelo fato de serem de linhagem nobre, visto que se constituía em uma forma estranha e confusa de república que torna difícil defini-la dentro dos modelos existentes que já ocorreram pelo mundo, visto que a forma mais próxima disto seria a república aristocrática ou Oligárquica, pois era evidente que se buscava que o poder ficasse com algumas famílias visto que se buscava o beneficiamento pelo príncipe a julgar pelas suas linhagens no caso da visão aristocrática. Visto tantas nuances, me faz discordar do autor que esse sistema de organização tenha dado certo a pronto momento, mas sim, em longo prazo e a duras penas, visto que as diferentes etnias e a aristocracia tornavam difícil a boa saúde desta organização, pois com o tempo as descendências foram se enfraquecendo, ainda que os casamentos tenham funcionado muito bem para manter o poder com as famílias certas.

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