TEORIA E METODOLOGIA DA HISTÓRIA: MODERNIDADES E NARRATIVAS
Por: Wilian Carlos Cipriani Barom • 10/9/2021 • Ensaio • 1.576 Palavras (7 Páginas) • 222 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA
HISTÓRIA DA AMÉRICA LATINA
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TEORIA E METODOLOGIA DA HISTÓRIA: MODERNIDADES E
NARRATIVAS.
CLEUSA GOMES DA SILVA
CAPÍTULO VI: “A ESCOLA METÓDICA”, DO LIVRO AS ESCOLAS HISTÓRICAS, DE GUY BOURDÉ E HERVÉ MARTIN
JEFERSON MARTINS VAZ
FOZ DO IGUAÇU/2013
CAPITULO VI
A ESCOLA METÓDICA
A escola histórica, nós chamamos metódica e mais frequente e abusivamente de positivista, que prolonga-se por todo o período da terceira republica na França. Onde trata de impor uma investigação cientifica afastando qualquer especulação filosófica e visando a objetividade do domínio da história.
Os historiadores positivistas participam na reforma do ensino superior e ocupam as cátedras em novas universidades; dirigem grades coleções- E. Lavisse: História de França; A. Rambaud, História Geral; L. Halphen e Ph. Sagnac: Povos e Civilizações; formulam os programas e elaboram as obras de história destinadas aos alunos das escolas secundarias e das escolas primarias. Esta corrente de pensamentos funda simultaneamente uma disciplina cientifica e segrega um discurso ideológico.
REVISTA HISTÓRICA
Em 1876 funda-se A Revista Histórica, por G. Monode e G. Fagniez, e marca a constituição de uma escola histórica desejosa de acolher todos os trabalhadores sérios no âmbito de um certo ecletismo ideológico. Na realidade a Revista histórica entende por cobrir principalmente a história europeia desde a morte de Teodósio (395), até a queda de Napoleão(1815). Dos 50 fundadores: 31 são professores- do colégio de França, na Escola dos Autos Estudos, nas Faculdades de Letras, 19 são arquivistas e bibliotecários.
Se levante contra a mais velha de 10 anos: A Revista das Questões Históricas, que foi crida pelos aristocratas, o marques de Beaucourt, o conde Henri de I'Épinois, o conde Hyacinthe de Chareney - e plebeus- Léon Gautier, Marius Sepet, etc.
Traduz o pensamento da direita ultramontana e legitimista que triunfa na época da "Ordem Moral".
A Revista Histórica pretendia ser o ponto final de uma tradição, que tem a sua origem na reflexão dos humanistas do Renascimento.
Em meados do século XIX a disciplina histórica assenta em solidas instituições, como a Escola das Cartas, a Escola Pratica dos Autos Estudos, a Sociedade da História da França, as numéricas sociedades sábias.
Foi a Alemanha que contribuiu com a maios forte parte para o trabalho histórico do nosso século.
Contudo ainda a Revista Histórica trabalha com trabalhos científicos, só admite trabalhos originais.
A Revista Histórica se diz neutra e imparcial, voltada a "ciência positiva", e "fechada as teorias políticas e filosóficas". Elabora uma bandeira com a inscrição: "História é a ciência mestra!"
Por volta dos anos de 1890 o diretor de A Revista Histórica da menos ênfase à política interna, não pela neutralidade, mas para dar prioridade nas suas crônicas à política estrangeira.
G. Monod acha que uma sociedade liga os homens do presente aos do passado: "O historiador sabe que a vida é uma perpetua mudança, mas que esta mudança é sempre uma transformação de elementos antigos, nunca a criação nova com todas as peças." (Manifesto, p.323)
A Revista Histórica marca a sua preferência por um "justo meio", afastado de todos os excessos
O DISCURSO DO MÉTODO
Um quarto de século depois da fundação de A Revista Histórica, seus colaboradores investiram as cátedras de história nas universidades recentemente criadas ou reformadas.
Ch.-V. Langlois e Ch. Seignobos dão a contribuição decisiva para a constituição de uma história cientifica; consideram com indiferença, por vezes com desprezo, a teologia da história, À maneira de Bossuet; a filosofia da história, segundo Hegel e Comte; e a história-literatura, à moda de Michelet.
O historiador tal como o químico naturalista não tem que investigar as causas primárias ou as causas finais. Segundo Ch.-V. Langlois e Ch. Seignobos a história não passa da aplicação de documentos. A concepção muito estreita do documento limita a ambição da disciplina. Os progressos da ciência-histórica estão limitados por isso mesmo.
Estando salvo o documento, isto é, registrado, classificado, convém submetê-lo a uma série de operações analíticas. O primeiro tratamento é a crítica externa (de erudição). O segundo tratamento e uma crítica interna (ou hermenêutica). Hermenêutica impõe frequentemente o recurso da a um estudo linguístico, a fim de determinar o valor das palavras ou das frases.
Tudo se passa como se ao nível de síntese a escola metódica tivesse medo de terminar.
Em seu manual Ch.-V. Langlois e Ch. Seignobos propõem, dada complexidade das operações em história, instaurar numa divisão do trabalho respeitante ao conjunto da profissão.
LAVISSE E A HISTÓRIA DA FRANÇA
Ernest Lavisse nasceu em 1842, filho de um lojista, faz os estudos secundário no colégio de Laaon, depois decide-se pela Escola Normal Superior. É nomeado chefe de gabinete (sem o título) pelo ministro da Instrução Publica Victor Duruy, e é também recomendado preceptor do príncipe imperial. Vai pra Alemanha e fica três anos nas universidades onde retira lições lucrativas para o oficio de historiador, e regressa com uma tese intitulada: " A marcha de Brandeburgo; ensaio sobre as origens da monarquia prussiana" em 1875.
Depois de 1904 se contata-se com os animadores de A Revista Histórica, entre os chefes da fila da escola metódica.
Lavisse é caracterizado menos republicano que nacionalista.
Quando humilhado com a derrocada francesa (1870-1871), resolve seguir para a Alemanha para imitar seus modelos a fim de melhor vencer.
Continua próximo dos meios militares por laços familiares. "Quando o familiar dos salões bonapartistas dá a sua adesão as instituições republicanas, é por que acha que "fortificar a democracia é um meio de armar a França".
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