A ARTE DE SER CHEFE

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CENTRO DE PREPARAÇÃO DE OFICIAIS DA RESERVA DO RECIFE

Projeto Mário Travassos

Resenha de Livro

Livro: A ARTE DE SER CHEFE

Autor: Gaston Courtois

Aluno 401 - ANDERSON ADRYAN BATISTA PASSOS.

(4º Peletão - 2ª Companhia - Curso Básico)

Recife - PE

2020

Aluno 401 - ANDERSON ADRYAN BATISTA PASSOS.

(4º Pelotão - 2ª Companhia - Curso Básico)

Resenha do Livro

Livro: A ARTE DE SER CHEFE

Autor: Gaston Courtois

Trabalho entregue aos instrutores-oficiais do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Recife, para avaliação referente ao Projeto Mário Travassos.

Recife - PE

2020

A ARTE DE SER CHEFE

COURTOIS, Gaston. A arte de ser chefe. tradução de Job Lorena de Sant’Anna. 2 edição. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 2012. 156 pp.

AL 401 - ANDERSON ADRYAN BATISTA PASSOS.

 

        A obra do eclesiástico francês e escritor, Gaston Courtois, tem por principal objetivo mostrar as características do/de um chefe, que antes de tudo, seria uma espécie de educador e autoridade principal numa organização, assembleia ou grupo, seja na esfera civil ou militar, sendo “aquele que está à testa ou, melhor ainda, aquele que é a cabeça. É a cabeça que vê, pensa e age no interesse do corpo inteiro.” (pág 15). Desempenhando uma capacidade de conduzir o grupo a realização de um ideal, apesar dos obstáculos existentes.

Gaston Courtois, nasceu em 21 de novembro de 1897, em Paris e foi ordenado sacerdote em 1925 e por sua formação sacerdotal católico-cristã, suas ideias e algumas outras obras, estão fundamentadas e cheios de elementos da de doutrina bíblica, como a frase “toda autoridade vem de Deus” (pág 21), parafraseando o capítulo 13 e versículo 1 da Epístola do Apóstolo São Paulo aos Romanos, na Bíblia, ratificando que o chefe tem uma espécie de vocação divina para exercer a chefia.

Courtois, mostra ao longa da sua obra características de um sábio chefe, não baseando-se apenas em conceitos etimológicos, mas em ações e condutas em cada situacionalidade. Essas particularidades realizadas pelo chefe mostra que ele é um verdadeiro educador e guia, no preparo e na condução dos seus comandados, para tomar as decisões necessárias e corretas ao seu grupo, aos quais deve servir de exemplo, assumir sua responsabilidades e alcançar a vitória, O chefe deve ter coragem e em certos momentos arriscar tudo, não se decidindo a partir de suas vontades, mas abnegando-se de seus desejos, entender seus sacrifícios e levar seus chefiados ao êxito.

O escritor ao longos dos três capítulos que desenvolve a obra e a conclusão final, irá mostrar ao leitor uma série de tópicos que demonstram do que o verdadeiro chefe é, e o que ele é capaz de realizar. Na obra original, cada tópico era dividido como uma espécie de capítulos e versículos como é na Bíblia, sendo um “livro sacro” para aqueles que querem desenvolver em si a chefia e liderança. Sendo um livro que pode ser indicado a todo tipo de público, sejam eles de alvo militar ou civil, pois ele discorre elementos necessário a serem forjados nas pessoas de diversas esferas sociais. Salientando diversos comportamentos e ações que um chefe deve proceder e executar para uma boa chefia e não comprometer seu grupo a qual está incubido a chefiar.

Courtois, ao longo de sua vida escreveu mais algumas obras que relacionam áreas educacionais, religiosa e de liderança. Nesta obra nos quais abordam a missão, as qualidades e a função de um chefe, discorrendo algumas orientações e histórias, normalmente algumas situações reais de eventos militares. No Capítulo 1 – A missão do chefe. Possui quatro partes, sendo elas: “O que é o chefe?; Necessidade dos chefes; A grande missão do chefe: servir; e O que faz o chefe”. Já no Capítulo 2 – As qualidades do chefe. Com dezessete partes: “Fé na missão; Senso de autoridade; Espírito de decisão e de iniciativa; Espírito de disciplina; Energia realizadora; Calma e autocontrole; Sentido da realidade; Competência; Espírito de previdência; Conhecimento dos homens; Benevolência do espírito; Bondade; Respeito à dignidade humana; Espírito de justiça; Firmeza; Exemplo; e Humildade”. No Capítulo 3 – O exercício da função do chefe. têm dez partes: “A arte de formar e educar; A arte de organizar; A arte de comandar; A arte de controlar; A arte de repreender; A arte de punir; A arte de neutralizar as resistências; A arte de encorajar e de recompensar; A arte de se fazer ajudar; e A arte de constituir equipe com os outros chefes”. E na conclusão da obra, apresenta um título chamado: “O segredo do chefe”. Encerrando a obra de maneira sensacional e de forma simples, rica de mensagens instrutivas para todos.

Discorrendo o primeiro capítulo, o leitor se depara com a missão do líder e algumas características da sua missão. Além de mostrar os conceitos, definições e significados de tudo o que se refere ao chefe e chefia, Courtois, indica os objetivos dessa missão. O chefe deve ser alguém que “olhe, pense e aja” independente das controvérsias, o chefe é aquele que se impõe e não o que impõe, ele toma as decisões e transmitir o ideal do grupo e assim conduzir e motivar seus chefiados, assim o grupo compreenderá o que é proposto pelo seu chefe e “caminhará” rumo à vitória. Alguns atributos são indicados ao chefe, pois um grupo não é/seria nada sem seu chefe, contribuindo com o intuito de apresentar uma boa liderança pessoal.

Já no capítulo 2, as qualidades atribuídas ao chefe, algumas recorrentes do primeiro capítulo, são novamente apresentadas e expostas mais a fundo e com mais conceituação, visando explicar as características daquele que é apto a ser um bom chefe. As qualidades descritas por Gaston, são indispensáveis para aquele que tem o encargo dessa missão tão importante, que é chefiar ou liderar pessoas. Principalmente para uma Organização de nível nacional que é o Exército Brasileiro, Força Armada cuja a principal tarefa é defender a soberania da nação, em todo o seu efetivo de homens e mulheres, praças e oficiais, que fazem parte da Força, tem em si verdadeiros chefes que são exemplos a serem seguidos e revelam as devidas qualidades do seu pessoal.