A “Cidadania no Brasil O longo Percurso – Editora Brasiliense. 14 Edição. São Paulo. Ano 2011.
Por: Everton Figueiredo • 22/9/2019 • Resenha • 1.353 Palavras (6 Páginas) • 224 Visualizações
Resenha: CARVALHO José Murilo de “Cidadania no Brasil O longo Percurso – Editora Brasiliense. 14 Edição. São Paulo. Ano 2011.
Capítulo 1: Primeiros Passos (1822-1930)
Páginas: 17-76.
José Murilo de Carvalho, sociólogo e historiador brasileiro, membro da Academia Brasileira de Letras de 2004, na cadeira que pertencia a escritora cearense Rachel de Queirós.
O seus trabalhos são reconhecidos mundialmente, sendo que o seu primeiro trabalho – Os Bestalizados (1987), A Formação das Almas (1990) e Pontos e bordados: Escritos de história política (1999).
Graduado em Sociologia e Política pela Universidade de Minas Gerais, na qual seguiu o seu mestrado pela mesma e posteriormente em várias Universidades norte-americanas e Europeia, publicou vários trabalhos ao longo da sua carreia acadêmica.
É reconhecido com um dos pesquisadores mais prolixos da atualidade, por manter uma escrita que não se restringe aos meios acadêmicos, mas escreve de forma clara, para atender aos todos os interessados nos elementos que compõem o processo de cidadania no Brasil.
Por sua atuação relevante no mundo acadêmico, José Murilo de Carvalho é professor de História do Brasil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro é recebeu uma Medalha de Honra pela Universidade Federal de Minas Gerais, por ter sido presidente entre o final da década de setenta e o primeiro ano da década de oitenta, presidente Associação de Pós-graduação e Pesquisa em Ciências Sociais. (ANPCOS).
Além dos referidos assuntos acima da sua bibliografia acadêmica – o cientista político e historiador José Murilo de Carvalho – tem como foco do seu trabalho os aspectos que na sua visão é envergadura da nação brasileiro: formação da cidadania.
Todavia o objetivo deste trabalho acadêmico não é apenas referenciar os aspectos mencionados nos parágrafos acima, mas realizar uma resenha crítica do capítulo introdutório da obra: Cidadania no Brasil: O longo Caminho.
O presente capítulo: Primeiros Passos (1822-1930) realizar uma retrospectiva do processo de formação da cidadania brasileiro, tendo como período ímpares da nossa história.
Primeiro o nascimento da nossa independência, período marcado pelo processo de consolidação da nação recém-emancipada e sua entrada no mundo das novas nações, mesmo sendo uma monarquia entre várias republicas, pois, é notório no momento que o Brasil, destoava das demais nacionalidades do continente americado por adotar uma monarquia parlamentarista em detrimento dos seus vizinhos republicanos.
Por derradeiro outro movimento que também compõem o período deste capítulo é marcado pela Revolução de 30, liderada pelo advogado e político guacho Getúlio Dornelles Vargas autor do movimento político que favoreceu o fim da República das Oligarquias ou República-Café-com Leite.
Para o presente trabalho José Murilo de Carvalho tem como pano de fundo, três elementos que formam os elementos que compõem a cidadania brasileira: direitos civis, direitos sociais e os direitos políticos.
Ambos foram alienados pelas classes dirigentes ao decorrer da formação da história nacional, pois, não eram relevantes para os mesmos, mas devem ser apenas cooptado em momentos que houvesse necessidade para todos os elementos da sociedade no seu momento histórico.
José Murilo de Carvalho inicia este trabalho ressaltado os aspectos da formação da nossa sociedade colonial, que tem a sua gênese na invasão dos lusitanos e destruição dos povos ameríndios, através de guerra, doenças ou miscigenações, pois havia necessidade dos homens se amasiar com as índias para aumentar o seu poder.
Nos aspectos que tangem ao processo colonial, houve a necessidade mercantil da implantação de uma monocultura extensiva e de mão de obra cativa, para trabalhar neste novo território: a escravidão negra, base de todo o período colonial, pois, não havia um elemento mais simplório deste período que não tivesse um cativo na sua companhia; entre os próprios cativos após ganhar a sua tal sonhada alforria praticavam a escravidão entre os seus.
Este elemento é o principal fator negativo, para o nascimento da cidadania no período colonial. Além deste fator outro elemento de grande relevância para o lento passo na aquisição da cidadania no período, é educação, pois, para os membros de uma determinada sociedade saber quais são os seus direitos e os seus deveres perante os três Poderes, têm necessidade da aquisição de educação plena.
Todavia, não constando somente com esta ausência de uma educação para todos, pois, sempre esteve voltada nas mãos de poucos, para colaborar com isto, houve vários percalços para aquisição do direito político – de escolher os representantes legais, sem uma coerção pela situação econômica do momento ou pelos dirigentes que ansiavam manter-se no poder.
Contudo analisamos está pratica dos períodos vigentes retratados no presente capítulo, pois, nos períodos da Monarquia e na República, houve manifestações inerentes ao processo acima mencionado.
No período da Monarquia, mesmo com o fim da dependência política da sua metrópole, o Brasil, tem após dois anos de intensos debates, a promulgação da sua primeira Constituição (1824).
Neste primeiro momento, houve implantação de uma carta magna que após
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