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A Ditadura Militar

Por:   •  22/4/2017  •  Resenha  •  959 Palavras (4 Páginas)  •  276 Visualizações

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O presente filme/documentário do Diretor e produtor executivo Camilo Tavares procura de forma sucinta abordar o período que antecede o golpe militar de 1964, onde nesta época o presidente João Goulart tentava realizar reformas de base no Brasil. O trabalho utiliza-se de documentos verídicos como: imagens, vídeos, conversas em áudio, e arquivos secretos, que exibem com exclusividade os bastidores da participação dos Estados Unidos no golpe militar e no impedimento de uma reforma comunista no país.

Num primeiro momento mostra as características do governo de Jango que era tido como um simpatizante do comunismo e mostra como os representantes da política externa americana principalmente Lincoln Gordon, embaixador dos EUA no Brasil, superestimaram esse perigo comunista representado por Jango Goulart e Leonel Brizola e convenceram o governo dos EUA a apoiar o golpe, evitando, segundo eles, o surgimento de uma nova cuba.

Jango adotou em seu governo estratégias populista, ou seja, mobilizava as classes populares para conseguir maior apoio social e para que se tornasse mais difícil a instalação de modelos de governo de outros cunhos.

A busca de apoio político junto às classes populares levou o governo a se aproximar do movimento sindical e dos setores que representavam as correntes e idéias nacional-reformistas. 

 O documentário mostra tudo isso de maneira muito clara, com uma narrativa que consegue apresentar dados reais sem cansar o expectador, até mesmo aquele que não simpatiza com a História.

Percebe-se claramente o forte interesse dos Estados Unidos nessa fase política do Brasil, enfatizando que seu envolvimento se devia ao medo da instalação de um governo comunista no País através de Jango, e para evitar isso o presidente John Kennedy disponibilizou dinheiro americano para instituições organizadas por empresários brasileiros, como o IPES (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais) que tinha a função de criar propaganda política pra que a população aceitasse o golpe e vinculasse livremente entre a população de classe mais baixa, e o IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática) que era uma cobertura para esconder a ação dos EUA para derrubar o presidente João Goulart, como também programas de auxílio financeiro aos governos estaduais brasileiros contrários a Goulart.

Num dado momento do documentário é mostrado uma conversa na qual o presidente Kennedy e o embaixador Gordon discutem uma forma de deter o governo de João Gourlart, na qual fica decidido organizar as forças políticas e militares para reduzir seu poder e em uma ação mais extrema afastá-lo.

 A partir desse momento, Apoio material e militar foi enviado aos conspiradores no Brasil, inclusive autorização para a CIA atuar clandestinamente, criando aquilo que os agentes americanos chamavam de condições para o golpe.

Além desses movimentos golpistas, os EUA tinham um agente especial no Rio de Janeiro, o General Vernon Waters que se tornou diretor da CIA e tinha a missão de organizar a conspiração, reunindo os diversos grupos dentro do Exército brasileiro interessados em derrubar Goulart. Aliás, não pode passar despercebido que o mesmo militar americano escolheu Castelo Branco como o homem mais confiável para a defesa dos interesses dos EUA no Brasil.

No final do ano de 1963 o presidente John Kennedy é assassinado. Quem assume seu posto é o presidente Lyndon Johnson que dá continuidade a política de Kennedy, e Com o argumento de garantir a democracia no Brasil, aplica muito dinheiro através do governo norte-americano em ações que, na realidade, visavam frear a “ameaça comunista”.

Ao longo do ano de 1963, o país se tornava palco de agitações sociais e disputas ideológicas entre pensamentos de esquerda e direita ou de apoio e oposição ao governo de Jango. Um exemplo disso foi o movimento realizado pelas elites rurais, burguesia industrial e setores conservadores da Igreja: a "Marcha da Família com Deus pela Liberdade", considerada o ápice do movimento de oposição ao governo.

Mais e mais movimentos populistas e polarização ideológica surgiam em meio a esse cenário político e ameaça de golpe.

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