A Formação Dos Estados Absolutistas
Artigo: A Formação Dos Estados Absolutistas. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: ant..aj • 26/3/2014 • 876 Palavras (4 Páginas) • 1.211 Visualizações
Formação do Estado Absolutista
O Absolutismo monárquico é definido pelos historiadores como o sistema de governo predominante na Idade Moderna. Sua formação se iniciou no século XIV a partir dos Estados Nacionais, seu apogeu ocorreu entre os séculos XV e XVII , quando , em razão da Era das Revoluções, começou a decair até o século XVIII.
Os Estados Nacionais surgiram com a decadência do mundo feudal na Europa ocidental através da aliança entre o Rei e a Burguesia legitimada pela Igreja Católica. Diversas estruturas feudais estavam ultrapassadas e fatores como a multiplicidade de moedas e impostos dificultavam o comércio. A unificação política seria um grande negócio para a burguesia emergente.
Da consolidação dos Estados Nacionais é que surgiu o chamado Estado Absolutista, marcado pela forte centralização do poder nas mãos do monarca que chegava a se confundir com o próprio Estado. O rei Luís XIV da França, com a frase “o Estado sou eu”, tornou-se um símbolo do Absolutismo sintetizando sua essência.
Rei Luís XIV
Estrutura Política
Ao contrário do que ocorria na Idade Média, o poder político era organizado e totalmente concentrado. O rei detinha o poder temporal (poder político), enquanto a Igreja detinha o poder espiritual (poder religioso). Como a Igreja também estava sob o controle do Estado, O poder religioso estava subordinado ao poder político (essa subordinação é chamada de Cesaropapismo).
Estrutura Social
A sociedade, assim como no mundo feudal, era de ordens (esta mental), onde a posição social do indivíduo é estabelecida a partir do nascimento e a mobilidade social era dificultada.
O rei estava acima de todas as ordenas sociais. A Primeira e a Segunda ordem constituíam a classe dominante. Os representantes da Igreja formavam a Primeira ordem e gozavam de inúmeros privilégios além de serem isentos de impostos. Sua importância se dava em razão de legitimarem o Estado e a estrutura da sociedade. A Segunda ordem era constituída pela nobreza, que também era isenta de impostos, além de deterem o controle sobre as terras e ocuparem com exclusividade os cargos políticos.
A burguesia e o povo, maior parte da população, formavam a terceira ordem social e eram responsáveis pelo pagamento dos impostos que sustentavam o Estado. A burguesia dominava todas as atividades econômicas, com exceção da agricultura e,
apesar de não terem nem vantagem políticas nem sociais, pagavam cerca de 80% dos impostos (vale lembrar que a insatisfação desta classe é que irá futuramente leva-la a patrocinar a Era das Revoluções no século XVIII para destruir o Regime Absolutista).
O povo pagava cerca de 20% dos impostos arrecadados pelo Estado e sustentavam a nobreza e a burguesia através do exercício das atividades laboriais, pelas quais ganhavam muito pouco.
Pode-se dizer que o Estado absolutista era socialmente feudal, pois manteve os privilégios da classe nobre e apesar das transformações sofridas na política, os status-quo foi mantido intacto ( seria um Estado Feudal de Novo Tipo).
Estrutura Econômica
A economia era marcada pelo Capitalismo Comercial, também chamado de Mercantilismo, desenvolvido com o intuito de enriquecer o Estado. Apesar de a burguesia estar à frente das atividades econômicas, o Rei exercia uma rígida supervisão sobre os preços, taxas e impostos. Diversas práticas foram adotadas para alcançar o enriquecimento, como o Colonialismo, o Metalismo, a Balança Comercial favorável e o Protecionismo.
1. Colonialismo:
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