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A MESTIÇAGEM NO BRASIL

Por:   •  28/2/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.265 Palavras (10 Páginas)  •  296 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS- UNEAL

CAMPUS I ARAPIRACA

REDISCUTINDO A MESTIÇAGEM NO BRASIL( IDENTIDADE NACIONAL VERSUS IDENTIDADE NEGRA)

ARAPIRACA-AL

GENAILSA EUGÊNIA DOS SANTOS

REDISCUTINDO A MESTIÇAGEM NO BRASIL( IDENTIDADE NACIONAL VERSUS IDENTIDADE NEGRA)

 TRABALHO SOLICITADO PELO PROFESSOR CLÉBIO ARAUJO PARA FINS AVALIATIVO

ARAPIRACA -AL

INTRODUÇÃO

O racismo no mundo moderno e o projeto da modernidade é europeizar o mundo eurocêntrico, lidar com o outro tendo o “eu” como exemplo.

Para Appiah, racismo é diferente de racialismo. Racialismo sendo um determinismo biológico de forma clássica de racismo onde anula os indivíduos . Enquanto doutrina baseada na biologia atribuindo características essenciais a todos os indivíduos de um grupo tomando como base a genética . A característica dos grupos vai sempre se sobrepor sobreo individuo, pois não há individuo para o racista biológico.

Nina Rodrigues é um racialista e defende a inferioridade biológica dos negros, chegando a propor dois códigos de leis:

1)Teoria da degenerescência- o hibrido dá um elemento da pior característica . O desastre do cruzamento das raças enfraquece a sociedade.

Em 2016 o racialismo não tem validade nenhuma e acaba superado pela ciência moderna , pois não há relação entre o biológico e o cultural.

2) Eugênitas ou pensamento Eugenia- manipular as características , a mestiçagem é ruim se o sangue for ruim.

A ideologia do branqueamento é um conjunto de ideias onde o individuo deve sempre tentar se branquear, um fenômeno físico e cultural.

O racialismo para Appiah acontece de duas formas:

  1. Extrinseco- de fora para dentro, classificação externa de todos os indivíduos através de características grupais ( sociais , culturais) que define o grupo social.
  2. Intriseco-  o uso da raça pelo próprio  grupo , uso afirmativo identificando-se por grupos raciais.

Para os E.U.A, negro não tem nada a ver com cor de pele. Negro e branco é puramente biológico = genealogia. O racismo numa linha divisória onde define negros e brancos e não há categorias intermediarias.

Seculo XIX, tinha-se um discurso racista  através da ciência , logo mais dissipada na vida comum. Afirmando que o “negro” tem uma pluralidade de usos e sentidos, onde chega a questão chave: Como se assumir como negro?

Surge diferentes formas de identidade negra : o movimento negro unificado define uma fronteira e a idéia de negritude é um projeto politico fracionado em  vários outros projetos e sendo projeto é algo que se cria / elabora.

Seculo XIX, a discussão no campo da biologia gira em torno da identificação, dos corpos humanos onde todo negro do ponto de vista corporal difere do branco.

REDISCUTINDO A MESTIÇAGE NO BRASIL(IDENTIDADE NACIONAL VERSUS IDENTIDADE NEGRA)

A falácia de nossa democracia racial cultivada por décadas, vem sendo reforçada pela ausência de conflitos entre brancos e negros. Em avesso a essa “democracia racial”, que vários cientistas sociais e estrangeiros tem tomado por alvo.

Todos os movimentos sociais , incluindo os negros vem lutando pela justiça social e por uma redistribuição equitativa do produto coletivo. Nos movimentos negros contemporâneos  , eles tentam construir uma identidade a partir das peculiaridades do seu grupo, seu passada histórico como herdeiros dos  escravizados africanos, como membros de um grupo estigmatizado, racializado e excluído de certas posições na sociedade onde muitas vezes foi construída com seu trabalho gratuito, tendo sua humanidade negada e a cultura inferiorizada. Essa identidade hoje em dia passa por uma recuperação de sua negritude física e culturalmente.

A grande dificuldade desses movimentos se firmarem está caracterizado entre outros pelo ideário do branqueamento, chegando a  dividir negros e mestiços, alienando o processo de identidade. Surge a tese de que o processo da formação de identidade nacional no Brasil , recorreu aos métodos eugênitas visando o embraquecimento da sociedade, só que essa hipótese não foi completada e em seu lugar nasceu uma nova sociedade plural, constituída de negros , mestiços, índios, brancos e asiáticos, dando ao Brasil seu colorido atual.

Esse processode branqueamento ,mesmo tendo falhado acaba prejudicando qualquer busca de identidade baseada na negritude e mestiçagem, pois a maioria sonha um dia ingressar na identidade branca por julgarem superior.

CONCEITO E HISTORIA DA MESTIÇAGEM

Do ponto de vista populacionista é um fenômeno universal, tendo assim menos implicações ideológicas. Já os racionalistas se interessam principalmente pela mestiçagem entre as grandes raças.

Do ponto de vista racialista os “puros “ dos tempos antigos foram afetados pela mestiçagem. Esse trabalho de Kabengelê faz diversas abordagens sobre as ambiguidades desse tema e rediscutir isso traz um comprometimento contra esse racismo disfarçado e que muitas vezes são encobertos em forma de brincadeiras.

A mestiçagem é afetada por um conjunto ideológico e essas populações mestiçadas não são diferentes em relação as demais. Essa mestiçagem apresentada no livro são afetadas por um cruzamento entre populações biologicamente diferentes, mas dando ênfase aos fatos sociais.

A mestiçagem não é um fenômeno restrito a formação do território brasileiro, pois mesmo na antiguidade, o cruzamento entre invasores e populações locais pode muito bem ter sido possível. Na Grécia, essa mestiçagem ocorria entre os membros das classes dominantes e vencidas. Já as teorias de Hitller na Alemanha e França queria implantar uma hierarquia de raça branca como superior e a mestiçagem e demais como uma vergonha racial.

No final do século XIX, os estudiosos brasileiros começaram a propor e teorizar caminhos para a construção de uma identidade nacional , explicando a situação racial, onde torna-se o foco de um debate nacional. Nesse mesmo século , o critério da cor estava atribuída a estruturas morfológicas como a forma do nariz, lábios, queixo, medição do crânio , etc. e com isso eles definiam quem eram de cor branca, negra ou mestiça.

No século XX, descobriu-se que através do sangue poderiam determinar a divisão da humanidade em raças e através do cruzamento de varias combinações deu-se origem a dezenas de raças, chegando mais tarde a conclusão de que raça não é biológica  e sim um conceito que explica a diversidade humana, só que em nenhum desses conceitos as raças não existem e sim indivíduos diferentes buscando sua identidade.

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