A SÍNDROME CONGENITA DO ZIKA VÉRUS; CARACTERÉSTICAS, DESENVOLVIMENTO E REPERCUSSOES

SÍNDROME CONGENITA DO ZIKA VÉRUS; CARACTERÉSTICAS, DESENVOLVIMENTO E REPERCUSSOES

Rebeca Alves Dos Santos

Elina Rafael Nunes De Souza

Leonilda Castro Gomes

RESUMO

O ZIKV e denominado pelo arbovírus da família Flaviviridae, gênero flavivírus. Com sintomas muito similares ao vírus do Nilo Ocidental, dengue e febre amarela, a transmissão acontece pela picada do mosquito aedes aegiphyt portador do vírus, pela transmissão sexual onde o homem infectado, no ato sexual transmite o vírus para sua parceira, podendo acarretar em um quadro clínico de manifestação assintomática, alternando com sintomatologia leve e autolimitada, despontando possíveis complicações neurológicas e doença congênita. Geralmente os sintomas deste vírus são leves, com febre, erupções cutâneas e dores nas articulações. As principais complicações descritas inicialmente foram as microcefalias e os distúrbios cerebrais. Observou se que no período do surto do vírus zika no Brasil as mulheres em seus primeiros meses de gestação sofriam abortos espontâneos, onde foi detectada através de exames feitos no tecido cerebral e na placenta de fetos abortados a presença do genoma viral. Crianças nascidas com microcefalia eram caracterizadas pela atrofia muscular, atrofia do nervo optico, o perímetro cefálico dessas crianças é menor que tamanho considerado normal. Com acometimento neurológico síndrome de Guillain-Barré e encefalomielite aguda desmielinizante o objetivo apresenta a síndrome congênita do ZIKV e suas característica, desenvolvimento e repercussões da doença com impacto desses surtos na saúde pública e na vida cotidiana das pessoas, os fatores biopsicossociais que interferem na saúde funcional de crianças acometidas pelo ZIKV. Realizou-se um estudo descritivo dos casos de síndrome congênita do zika vírus (ZIKV). Esse estudo aconteceu no período de fevereiro de 2022 a maio de 2022, abordando a evolução do vírus e medidas tomadas pela Organização de Saúde em meio a epidemia do zika.

Palavras chaves: Zika vírus, anormalidade congênita e saúde publica

ABSTRACT

ZIKV is named for the arbovirus of the Flaviviridae family, genus flavivirus. With symptoms very similar to the West Nile virus, dengue and yellow fever, transmission occurs through the bite of the mosquito Aedes aegiphyt carrying the virus, through sexual transmission where the infected man, in the sexual act, transmits the virus to his partner, which can lead to a clinical picture of asymptomatic manifestation, alternating with mild and self-limited symptoms, emerging possible neurological complications and congenital disease. Usually the symptoms of this virus are mild, with fever, skin rashes and joint pain. The main complications initially described were microcephaly and brain disorders. It was observed that in the period of the outbreak of the zika virus in Brazil, women in their first months of pregnancy suffered spontaneous abortions, where the presence of the viral genome was detected through exams carried out in the brain tissue and in the placenta of aborted fetuses. Children born with microcephaly were characterized by muscular atrophy, optic nerve atrophy, the head circumference of these children is smaller than the size considered normal. With neurological involvement Guillain-Barré syndrome and acute demyelinating encephalomyelitis, the objective presents the congenital syndrome of ZIKV and its characteristics, development and repercussions of the disease with the impact of these outbreaks on public health and on people's daily lives, the biopsychosocial factors that interfere with health function of children affected by ZIKV. A descriptive study of cases of congenital Zika virus (ZIKV) syndrome was carried out. This study took place from February 2022 to May 2022, addressing the evolution of the virus and measures taken by the Health Organization amid the zika epidemic.

Key-words: Zika virus, congenital abnormality and public health

1 INTRODUÇÃO

A descoberta do vírus aconteceu em 1947, a primeira infecção em humanos foi em 1952. Em 2013 houve os avanços epidemiológico do vírus na polinésia francesa, e brasil. Em 2015 foi confirmado o vírus no Brasil, por análise do genoma do vírus. O ministério da saúde reconhece a relação do Zika vírus (ZIKV) com a microcefalia e as alterações no SNC em fetos e RNS. Em 2020 casos de síndrome congênita por ZIKV apresentam queda, entretanto a infecção por ZIKV ainda é uma ameaça na gestação.” (SERGIO REGO, 2016).

No mês de maio de 2015, a Organização Pan-Americana da Saúde emitiu um comunicado sobre o risco de transmissão do vírus ZIKV entre algumas cidades nordestinas que foram atribuídos à cepa asiática do ZIKV, que confirmadas laboratorialmente.” (VARGAS, 2014)

O ZIKV e denominado pelo arbovírus da família Flaviviridae, gênero flavivírus, podendo acarretar um quadro clínico de manifestação assintomática, alternando com sintomatologia leve e autolimitada, despontando possíveis complicações neurológicas e doença congênita. A transmissão e pela picada do mosquito aedes aegiphyt, transmissão vertical e transmissão sexual, que foi conceituada a como Síndrome Congênita do Zika vírus (SCZV), foi introduzido no brasil em 2014, atingindo grande parte da população. (VENIER, 2006)

Sergio rego (2016),” definem os danos neurológicos:

“Os danos neurológicos” nos recém-nascidos fizeram com que a SCZV ganhasse repercussão mundial. As principais complicações descritas inicialmente foram as microcefalias e os distúrbios cerebrais. Além disso começaram a ser investigados no nordeste do Brasil para verificar a hipótese de uma associação com a ZIKAV. Em 1º de fevereiro de 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS), sob o Regulamento Sanitário Internacional de 2005, classificou a epidemia Zika como uma emergência de saúde pública de preocupação internacional.

Os sintomas clínicos da infecção por ZIKV é inespecífica, portanto, pode confundir-se com outras doenças febris, principalmente a dengue e a febre Chikungunya. Diante das semelhanças dos sintomas relacionados ao quadro febril, os pacientes não procuram os serviços de saúde, o que contribuí para a subnotificação dos casos. (TOMASI, 2016)

Em razão de a maioria dos pacientes infectados por ZIKV ser assintomática, isto acarreta um risco muito grande na possibilidade de os doadores sanguíneos atuarem como fonte de transmissão em áreas endêmicas. Outras vias suspeitas de transmissão do ZIKV incluem mordida de macacos, transplante de órgãos e hemodiálise. O risco de infecção pelo ZIKV em transplante renal deve ser considerado caso o doador seja residente ou esteja retornando de área endêmica, uma vez que o ZIKV pode ser encontrado na urina de pessoas infectadas por mais de 30 dias. Apesar de a partícula viral ter sido isolada no leite materno, não há até o momento evidência de transmissão pelo aleitamento materno, mesmo sendo descrita essa via de transmissão para outros flavivírus. (SILVA, 2010)