TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A Tragédia dos Comuns

Por:   •  13/8/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.527 Palavras (7 Páginas)  •  127 Visualizações

Página 1 de 7

Itajaí

Universidade do Vale do Itajaí

Engenharia de Produção – 1° Período

Fabio Luís Isler Filho

A Tragédia dos comuns

Com o aumento do poder militar, a segurança nacional diminui, com isso, se a procura por soluções na área de ciência e tecnologia continuar, o resultado só tende a piorar. Esse problema não possui uma solução técnica, que é aquela que requer uma mudança apenas nas técnicas das ciências naturais, exigindo pouco ou nada na forma de mudanças nos valores humanos ou ideias de moralidade. O real problema são os chamados “problemas técnicos sem solução”. Seguindo a lógica do jogo da velha, não há uma solução técnica para ganhar o jogo, só se pode ganhar dando um sentido radical a palavra “vencer”. Assim, o “problema da população” se encaixa na rede de “problemas sem solução”, pois a solução procurada, não pode ser encontrada.

O que nós devemos maximizar?

A população tende a crescer enquanto os recursos são finitos. Segundo problemas práticos, iremos aumentar a miséria humana, já que, um mundo finito só pode suportar uma população finita, ou seja, o crescimento da população deve ser zero. Não é possível maximizar duas ou mais variáveis ao mesmo tempo e para viver, todo organismo deve ter uma fonte de energia, que é utilizada para trabalho e manutenção. Logo, a meta de Bentham é impossível. Com o surgimento da energia atômica foram levantados questionamentos, mas ainda assim a meta era impossível.

Os bens são incomensuráveis, mas só teoricamente, pois na vida real eles são comparáveis. A seleção natural comensura o incomensurável. O compromisso alcançado depende de uma ponderação natural de valores variáveis, o problema é trabalhar uma teoria aceitável de ponderação para tornar o problema difícil, não insolúvel.

Não existe população com taxa zero de crescimento, mas os grupos com mais taxa de crescimento são os mais miseráveis. Isso põe em duvida a tese que diz que a taxa de crescimento positiva prova que ele ainda tem de alcançar seu ideal. Segundo a hipótese da “Mão invisível”, quem pretende apenas ganhar o seu próprio, é guiado para promover o interesse público, logo, se isso estiver correto, é possível supor que os homens controlam sua fecundidade.

A tragédia da liberdade em uma vida comunal

A tragédia dos comuns se desenvolve de uma forma onde cada um tenta maximizar seus ganhos. Sempre a um lado positivo e negativo, pois aumentará a quantidade, mas ao mesmo tempo exigirá um adicional. A tragédia se dá quando todos, pensando de uma mesma forma, começam a aumentar suas quantias sem limite algum, só que o problema está ai, pois o mundo é limitado.

Todo o homem corre para a ruina, cada um perseguindo seu próprio interesse. Mas a seleção natural favorece as forças de negação psicológica. Os indivíduos se beneficiam da capacidade de nega a verdade. Parques nacionais representam uma tragédia, são limitados de extensão, os valores procurados são erodidos. Logo, parques não devem ser tratados como bem comum.

Poluição

Em sentido inverso, a tragédia representa poluição. O homem racional descobre que sua parte do custo dos resíduos que descarrega no espaço comum é inferior ao custo de purificar seus resíduos antes de liberá-los. Como isso é verdade para todos, estamos presos em um sistema de "sujar nosso próprio ninho".

Como uma cesta de alimentos, a tragédia dos comuns pode ser evitada pela propriedade privada, ou algo formalmente como ela, já que o ar e a agua que nos cercam não podem ser cercados. Com isso, a tragédia dos comuns deve ser evitada por outras bases, como leis ou dispositivos que barateiem os custos de tratamento dos poluentes antes dos mesmos serem descarregados. O problema da poluição é a população, pois com o aumento da população, os produtos químicos naturais e os processos de reciclagem biológica tornaram-se sobrecarregados, exigindo uma redefinição dos direitos de propriedade.

Como legislar sobre temperança?

A análise do problema junto com a população revela um princípio da moralidade, que diz: a moralidade de um ato é uma função do estado do sistema no momento em que é realizado. As leis da nossa sociedade seguem uma moralidade antiga, o que não as deixa aptas para estarem em um mundo de evolução. É fácil de legislar acerca de uma proibição (embora não necessariamente para aplicar), mas como podemos legislar acerca da temperança? A experiência indica que ela pode ser realizada melhor com a mediação do Direito Administrativo. O grande desafio que enfrentamos agora é inventar os feedbacks corretivos que são necessários para manter o vigilante honesto. Temos de encontrar formas de legitimar a autoridade necessária de ambos os guardiões e os retornos corretivos.

Liberdade de procriação é intolerável

A tragédia dos comuns é envolvida nos problemas da população de uma outra forma. Antigamente, quantos filhos uma família teria não interferiria na questão de interesse público. Se cada família humana fosse dependente somente de seus próprios recursos, então não haveria interesse público em controlar a taxa de reprodução das famílias. O problema é que nossa sociedade está totalmente envolvida com o Estado de Bem-Estar, com isso, outro aspecto da tragédia é confrontado.

No fim de 1967, cerca de 30 nações concordaram com a seguinte posição: “A Declaração Universal dos Direitos Humanos descreve a família como unidade natural e fundamental da sociedade. Daqui resulta que qualquer escolha e decisão em relação ao tamanho da família deve irrevogavelmente descansar com a família em si, e não pode ser feita por outra pessoa”. Se amamos a verdade, temos que abertamente negam a validade da Declaração Universal dos Direitos do Homem, mesmo que seja promovida pela Organização das Nações Unidas.

Consciência é auto-eliminação

Pensar que podemos controlar a situação da reprodução a longo prazo utilizando apenas a conscientização é um erro. Confrontados ao apelo da consciência de reprodução, algumas pessoas se sensibilizarão mais que as outras, e isso varia de acordo com a ideia de cada indivíduo. Aqueles que produzem mais crianças terão uma próxima geração maior do que aqueles que tem um pensamento consciente. Supõe-se que, a consciência ou o desejo de ter filhos é hereditário. Assim, o apelo da sociedade seria para um indivíduo que se preocupa somente com o bem comum, focasse sua atenção no bem geral.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (9.9 Kb)   pdf (58.9 Kb)   docx (14.2 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com