A conquista do Paraíso (1992)

APRESENTAÇÃO DO DIRETOR

Ridley Scott nasceu em South Shields, Inglaterra. Estudou fotografia no Royal College of Art e ajudou a estabelecer aí um departamento cinematográfico.

Em meados de 1960, trabalhou para a BBC como designer de cenário, uma experiência que influenciou em muito seu trabalho subseqüente como diretor. Scott logo passou a diretor de TV, trabalhando em episódios de séries. Em 1967, ele deixou a BBC e passou a maior parte de seus dez anos seguintes fazendo centenas de comerciais de TV através de sua produtora de comercias, RSA (Ridley Scott Associates).

Scott levou cinco anos para concluir o seu primeiro filme "Os Duelistas (1977)". Apesar de ter recebido um prêmio especial do júri de Cannes, a sua obra foi bastante criticado. O trabalho seguinte foi o thriller de ficção científica “Alien, O Oitavo Passageiro (1979)”.

Realizou também "A Lenda", que foi mal recebido pela crítica, mas se tornou um sucesso na TV. "Perigo na Noite (1987)" foi um thriller de suspense direto e bem estruturado, mas que não se saiu bem nas bilheterias. Scott então obteve seu maior sucesso desde "Alien" com "Chuva Negra (1989)".

         Sobre os esforços de Scott, quanto menos se comentar sobre seu épico de Colombo melhor: "1492 - A conquista do Paraíso (1992)". Esta bomba ofereceu algumas visões agradáveis, mas o elenco internacionalmente desconhecido falhou em dar vida ao drama.

Os anos 90 testemunharam o crescimento do interesse de Scott na produção. Ele produziu o belo remake de "Nunca Te Amei" e foi o produtor executivo do carismático filme família "Meu Pequeno Ladrão".

SÍNTESE DA OBRA

O filme “1492- A conquista do paraíso” é uma longa metragem de aventura épica, que tem como finalidade demonstrar ao público a história da ocupação da América pelos espanhóis e como se deu o processo de colonização dos índios.

Logo no inicio do filme mostra o Cristóvão Colombo explicando ao seu filho a teoria que prova que a Terra é redonda. Com isso em mente e querendo provar essa hipótese, ele queria chegar a Índia pelo ocidente, e assim buscar uma nova rota de comércio de especiarias. Porém para que o seu objetivo obtivesse um inicio, precisaria de financiamento para a viagem, devido a isso, Colombo procurou o auxilio da rainha.

Antes do inicio da viagem, ele vai a Universidade de Salamanca para que os estudiosos possam comprovar sua hipótese, porém eles dizem que é impossível ajudá-lo e então o Colombo perde o controle e acaba tendo que pagar penitência.

No filme é claro ver a influencia da igreja sobre a população, principalmente numa cena que mostra a inquisição aos hereges, estes eram queimados em praça publica aos olhares de todos.

No dia 3 de agosto de 1492, Santa Maria, Pinta e Niña partem do porto com a missão de chegar a Catai. Num certo instante, os marujos perdem esperanças de chegar a terra e com a insatisfação, mostram se revoltados.

        No dia 21 de outubro de 1492, a expedição atinge a ilha Guaanami (segundo os indígenas), também conhecido como São Salvador (como batizado pelo Colombo). O contato com o nativo, no filme, foi bem celestial, com paz entre os dois povos, sem violência, e repleto de alegria. Até chegam a descrever a ilha como paraíso, devido ao fato dos índios não usarem vestimenta.

        Sua viagem continua e começa o descobrimento de novas ilhas e as batizou de Santa Maria de La Concepcion, Fernandina, Isabela, e Joana.

        São perceptíveis no filme, os motivos que levaram a colonização. A força da igreja católica que influenciava os reis da Espanha a pregar o catolicismo aos nativos juntamente com a cultura européia, para melhor domesticá-los e usá-los como força de trabalho. O outro motivo para a exploração das novas terras era ainda maior, era de força econômica, pois a Espanha precisava de ouro e prata, assim gerando o comercio mercantilista em base a metais precisos.