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A conquista espanhola e a colonização da América.

Por:   •  19/10/2017  •  Resenha  •  3.231 Palavras (13 Páginas)  •  1.270 Visualizações

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UNIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA

DISCIPLINA; AMERICA I E II

CURSO: HISTORIA – VI SEMESTRE

TURNO: NOITE

PROFESSOR: JOSÉ SABIÁ

ALUNO: JONNAS WALLESON M. DA SILVA.

FICHAMENTO: TEXTO 06:

ELLIOT, John H. A conquista espanhola e a colonização da América. In: BETHELL, Leslie (org.). História da América Latina: A América Latina Colonial I. Vol. 1. Tradução Maria Clara Cescato. 2ª Ed. São Paulo: EDUSP; Brasília, DF: Fundação Alexandre Gusmão, 1998, p. 135-194.

Espanha enquanto sociedade agressiva para expandir seus limites e os precedentes para a expansão marítima:

Varias são as maneiras pelas quais uma sociedade agressiva pode expandir os limites de sua influência, e vários foram os precedentes de todas elas na Espanha medieval. (p. 135).

A Reconquista - grande movimento dos reinos cristãos da Península Ibérica para o sul, para regiões mantidas pelos mouros ilustra um pouco a ampla gama de possibilidade nas quais se poderiam buscar precedentes. (p. 135)

Reconquista: guerra para ampliar os limites territoriais e da fé cristã contra o Islã.

No processo de expansão obtinha vassalos (assim como na conquista, o resultado era a colonização e a conversão da fé dos habitantes nativos) (p. 135)

Significados de conquista: Conquistar podia significar, portanto, colonizar, mas também podia significar assaltar, saquear e seguir adiante. A conquista no primeiro sentido dava primazia a ocupação e exploração da terra. No segundo sentido, concebia o poder e a riqueza de forma muito menos estáticas em termos muito mais de posse de objetos fáceis de transportar, como ouro, pilhagem e gado, e de domínio sobre vassalos do que de propriedade da terra. (p. 136)

Características da Europa no século XV: €O movimento expansionista dos ibéricos no século XV foi um reflexo ao mesmo tempo de aspirações especificamente ibéricas e de aspirações europeias mais gerais no final da Idade Média. A Europa do século XV era uma sociedade que ainda sofria perturbações econômicas e sociais causadas pelas devastações da Peste Negra. Era uma sociedade intranquila sobre o mundo que estava além de seus horizontes imediatos e aquisitivos em seu desejo de objetos de luxo e iguarias exóticos, e de ouro que permitisse comprar esses artigos do Oriente com quem ela tinha um saldo comercial permanentemente desfavorável. (p. 138-139)

Extensa costa marítima da Península Ibérica voltada para o Atlântico e marinheiros qualificados pela experiência: Ao longo dessa costa marítima, a combinação entre as experiências adquiridas no norte e no Mediterrâneo criou uma raça de marinheiros capaz de promover e aproveitar os avanços na construção de navios e nas técnicas de navegação. (p. 139)

Influência de genoveses em Lisboa e Sevilha: Os genoveses estiveram bem representados nas expedições na costa africana em busca de escravos e de ouro e apoiaram ativamente o movimento de anexação e exploração das ilhas do Atlântico leste nas Canárias, Madeira e os Açores onde esperavam instalar novas plantações de cana-de-açúcar. (p. 140)

Interesses mercantis dos nativos portugueses com relação a expansão religiosa e de fronteiras da monarquia: Mas as aventuras ultramarinas de Portugal no século XV também eram guiadas por outros interesses, as vezes contraditórios. A nobreza, golpeada pelas desvalorizações da moeda que reduziram o valor de seus censos e rendimentos fixos, procuravam no ultramar novas terras e novas fontes de riqueza. Os príncipes da nova casa real combinavam em graus variados o instinto aquisitivo com o fervor da cruzada, uma sede de informações geográficas e um desejo de perpetuar seus nomes. p. 140-141.

Expansão para a África como modo de capturar mão de obra escravizada para o plantio de cana-de-açúcar nas ilhas recém-conquistadas. (p. 141)

Expansões marítimas foram da construção da sociedade medieval: A sociedade medieval do Mediterrâneo havia ideado formas e técnicas institucionais para o comércio, a escravização, a colonização e a conquista, e a participação dos genoveses na expansão ibérica do século XV fez com que reaparecessem essas mesmas formas e técnicas no avanço para a costa oeste da África e no movimento de penetração das ilhas no Atlântico. (p. 141).

Feitorias como características do estilo português de expansão: O uso da feitoria tornou possível prescindir da conquista e colonização em larga escala e deu aos portugueses dos séculos XV e XVI a oportunidade de estabelecer sua presença em vastas áreas do globo sem a necessidade de penetrar muito no interior dos continentes. (p. 141)

Para instalar plantações de cana-de-açúcar, como nos Açores, foi necessário colonizar. (p. 141)

Sistema de capitanias hereditárias mesclou elementos capitalistas e senhorial-militares da sociedade mediterrânica medieval. (p. 142)

Juntamente com a unidade individual e coletiva, havia dois outros participantes que marcavam de modo indelével todo o empreendimento da Igreja e a coroa. A Igreja garantia a sanção moral que elevava uma expedição de pilhagem ao nível de cruzada, enquanto a aprovação do Estado era necessária para legitimar a aquisição de senhorio e de terra. (p. 143)

Os séculos de guerra de fronteira contra os mouros em Castela foi uma preparatória para os combates nos territórios a serem colonizados. (p. 142-143)

Sociedade patrimonial com caráter medieval reconstituída na Castela (Espanha) dos Reis Católicos: Foi essa sociedade patrimonial, estruturada em torno da concepção de obrigação mútua simbolizada pelas palavras servicio e merced, que se viu desmantelada no final da Idade Média, foi reconstituída em Castela durante o reinado conjunto de Fernando e Isabel (Os reis católicos) (1474-1504) e depois transportada através do oceano para ser implantada nas ilhas e no continente americano. (p. 144)

Humanismo e a legitimação da monarquia e do cristianismo: O humanismo do Renascimento e uma religião revivesceste com fortes nuancem escatológicas forneciam ideias e símbolos que podiam ser explorados para projetar novas imagens da monarquia, como a de líder natural numa grande empresa coletiva na missão divina de eliminar os últimos resquícios do domínio mouro e de purificar a Península de quaisquer elementos de contaminação, um prelúdio da difusão do evangelho aos recantos mais longínquos da terra. (p. 144)

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