Alfabetização De Adultos Segundo Paulo Freire

2 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA

A Educação de Jovens e Adultos no Brasil e no mundo é sinônimo da mais atuante personalidade neste tema, que através de sua teoria epistemológica, revolucionou a alfabetização de jovens e adultos - Paulo Freire.

2.1 BREVES ENUCIADOS SOBRE PAULO FREIRE

Paulo Reglus Neves Freire, teórico educador e filósofo brasileiro, patrono da Educação Brasileira, considerado um dos pensadores mais notáveis na história da Pedagogia mundial, conhecido internacionalmente por sua total dedicação a alfabetização dos jovens e adultos trabalhadores que acabarão por ficar fora da faixa para a educação regular. Nascido em Recife, Pernambucano, em 19 de setembro de 1921. Veio de familia simples, notoriamente marcada por dificuldades econômicas, desde cedo conheceu a pobreza de perto. Alfabetizado em casa, por seus pais, escrevendo com gravetos, no chão de terra debaixo das mangueiras do quintal. Criança inteligente e que gostava muito de estudar. Tendo concluído a escola secundaria, tornou-se imediatamente professor. Mais tarde formou-se em Direito, mas não exerceu a profissão. Optou por se engajar na formação de Jovens e Adultos trabalhadores e por atuar em projetos de alfabetização. A partir de sua prática, com uma metodologia diferente, criou uma teoria epistemológica (estudo critico dos métodos empregados nas ciências) que o tornou conhecido internacionalmente.

A educação de jovens e adultos ou educação freireana seja aqui no Brasil ou em qualquer outro país, sempre esteve voltado para a conscientização em vencer primeiro o analfabetismo político, depois ensinar ao aluno ler o seu mundo a partir da sua experiência, do seu meio.

2.2 A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

A educação de jovens e adultos é o conjunto de processos de aprendizagens, formais ou não formais, destinados às pessoas cuja sociedade considera adultos, onde desenvolvem suas capacidades, enriquecem seus conhecimentos e melhoram suas competências técnicas ou profissionais ou as reorientam a fim de atender suas próprias necessidades e as da sociedade.

A educação para este grupo segregado é um debate que se concentra na situação de miséria social, das precárias condições de vida da maioria da população e nos resultados do sistema público regular de ensino, não existindo uma discussão consistente sobre a educação a se agregar para esse segmento excluído do sistema escolar. Quanto a este aspecto Freire comenta:

[...] Então, qualquer educação oferecida a eles já é considerada um dado significativo, usando-se a lógica que, aos pobres, qualquer "educação" basta, principalmente dirigindo-se a adultos que pouca possibilidade de aprendizado apresentam. (FREIRE,1996)

Na concepção político-filosófica de Paulo Freire, a educação precisa reconhecer a pluralidade de experiências que o educando jovem e adulto traz de sua vivência de mundo, identificando sua realidade e seus saberes, para a partir deles ampliá-los, permitindo uma leitura critica do mundo e uma apropriação e criação de conhecimentos que melhor capacitem o educando à ação transformadora de sua realidade social.

Assim, este processo de formação não é repassado para o educando