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Alvaro Vital Brasil

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Por:   •  27/3/2015  •  1.634 Palavras (7 Páginas)  •  648 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

ÁLVARO VITAL BRASIL

Alexandre Rosário do Nascimento

Filipe Diego Maia

Volta Redonda/RJ

2014

CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

ÁLVARO VITAL BRASIL

Trabalho elaborado pelos alunos Alexandre Rosário do Nascimento e Filipe Diego Maia, apresentado ao curso de arquitetura e urbanismo como requisito parcial à obtenção de crédito na disciplina de História do Urbanismo ministrada pela professora Isabel Rocha.

Volta Redonda/RJ

2014

ÁLVARO VITAL BRAZIL

BIOGRAFIA

Vital Brazil nasceu em São Paulo em 1 de fevereiro de 1909. Filho do médico imunologista e pesquisador biomédico brasileiro de renome internacional Vital Brazil Mineiro da Campanha, se graduou em engenharia na Escola Politécnica do Rio de Janeiro e em arquitetura na Escola de Belas Artes (ENBA) em 1933. No ano seguinte, após trabalhar como engenheiro em duas construtoras, associa-se a Adhemar Marinho (1909) em um escritório de arquitetura e engenharia, onde desenvolve inicialmente projetos residenciais. Em 1935 Álvaro e Adhemar vencem o concurso de anteprojetos para um edifício de uso misto (comercial, residencial e escritórios) para a Usina de Açúcar Esther Ltda. na Praça da República, em São Paulo, o famoso Edifício Esther, pedra fundamental da arquitetura modernista daquela cidade.

Ao estabelecer-se em São Paulo, o arquiteto se afilia aos Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna - CIAM, ao Clube de Engenharia e ao Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB. Nesse período, seus projetos e obras são publicados nos principais meios de difusão da arquitetura moderna no país: a revista de Engenharia da Prefeitura e a Revista de Arquitetura da ENBA.

Em 1938 regressa ao Rio de Janeiro para desenhar e coordenar a construção do edifício sede do Instituto Vital Brazil (1942) fundado em 1919 por seu pai. Em Niterói, desenha outras importantes obras, como três escolas públicas e a Estação Central Ferroviária. Posteriormente, como chefe do Serviço de Projetos e Construções do Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia (SEMTA), projeta e dá seguimento à construção de pousadas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, a Base Aérea de Manaus, em 1944, e a estação do Aeroporto de Belém em 1945.

Em 1943 o Edifício Esther, as escolas de Niterói e o Instituto Vital Brazil se incluem na exposição Brazil Builds: Architecture New and Old; 1652-1942, no Museum of Modern Art - MoMA de Nova York. Em 1946 desenha a sede do Banco da Lavoura de Minas Gerais S. A., em Belo Horizonte, e o edifício Clemente de Faria, que origina una série de projetos comerciais e empresariais dos anos 1940 e 1950. Em 1951 essa obra recebe um prêmio na 1ª Bienal Internacional de São Paulo, na categoria de "edifícios de uso comercial". Nos anos 1960 desenha importantes obras, como os Estaleiros da EMAQ (Engenharia de Máquinas S. A), no Rio de Janeiro, e lhe dedicam um suplemento especial no primeiro número da Revista ABA (Arquitetura Brasileira do Ano), com um ensaio crítico de Henrique E. Mindlin (1911 - 1971).

Sua última obra é o edifício Vital Brazil (1978), um bloco de salas comerciais e garagens no Rio de Janeiro. Em 1986 é publicado um livro com sua obra: Álvaro Vital Brazil: 50 Anos de Arquitetura, obra que o arquiteto Salvador Candia (1924 - 1991), na apresentação, define como uma "lição de equilíbrio, serenidade e amor a ordem construtiva arquitetônica". Álvaro Vital morreu aos 88 anos no dia 10 de agosto de 1997 no Rio de Janeiro.

PRINCIPAIS OBRAS

Autor de uma obra sempre qualificada por adjetivos como coerência, rigor, sobriedade, discrição, parcimônia, rigidez e severidade, Vital Brazil é um dos mais ortodoxos praticantes do racionalismo arquitetônico no Brasil. Em seus projetos, a pulsão revolucionária da estética moderna adquire ares pacificadores, almejando sempre um equilíbrio formal e uma existência silenciosa em meio ao cenário ruidoso das grandes cidades brasileiras. De acordo com o crítico Roberto Conduru, o arquiteto desenha "edifícios cuja polida urbanidade determina uma existência quase anônima na paisagem construída".

Sua primeira obra de destaque é o Edifício Esther, 1936, em São Paulo, projetado em parceria com Adhemar Marinho (1909). Um dos primeiros edifícios modernos do Brasil, o Esther reúne os famosos "cinco pontos da arquitetura moderna", definidos por Le Corbusier (1887 - 1965), superando a rigidez art déco que caracteriza suas primeiras obras: residências unifamiliares em que as paredes ainda têm função estrutural. Além disso, o prédio enfatiza o programa plurifuncional (lojas, escritórios e apartamentos residenciais de diversos tamanhos) na dinâmica planar das fachadas principais, que alternam janelas horizontais e terraços em ritmos equilibrados. Para soltar o edifício do entorno, o arquiteto divide-o em dois blocos, criando uma "rua interna" e pública, que secciona o lote e deixa o volume secundário integrado à quadra. Essa operação faz com que o projeto arquitetônico se transforme, de um golpe, em intervenção urbanística de grande inteligência. Dado o pioneirismo do projeto, o Esther provoca muita polêmica, sendo acusado de exibir acintosamente a intimidade de seus ocupantes, tornando-se, portanto, um "antro de devassidão". Por outro lado, reúne o grupo de artistas e intelectuais modernistas da cidade, abrigando desde a sede do departamento paulista do Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB/SP, até o "Clube de Artistas", escritórios de arquitetos como Rino Levi (1901 - 1965), e residências de artistas como Di Cavalcanti (1897 - 1976).

Mas se há no Edifício Esther uma composição

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