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CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DO POVO RIO GRANDENSE: A interdisciplinaridade nos Anos Iniciais

Por:   •  1/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.266 Palavras (10 Páginas)  •  594 Visualizações

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CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DO POVO

RIO GRANDENSE: A interdisciplinaridade nos Anos Iniciais

Maria Betânia Ferraz Pereira[1]

Clarisse Ismério²

Resumo:

Esse trabalho visa apresentar a formação do povo gaúcho tendo como tema a Construção da Identidade do Povo Rio Grandense e a Interdisciplinaridade nos Anos Iniciais, com o objetivo de verificar a melhor forma de trabalhar o tema citado. As atividades foram desenvolvidas de maneira interdisciplinar, buscando dentro do tema, trabalhar História, Matemática, Ciências e Português, com trabalhos em grupo, para melhor fixação do conteúdo, melhorando a interação com os colegas, através de jogos e brincadeiras direcionadas, almejando desenvolver a socialização a autonomia e a identidade. Acreditamos que o Ensino de História nos Anos Iniciais deve considerar a história de vida do aluno, uma vez que somos seres históricos, deve proporcionar que os alunos identifiquem e relacionem os diferentes grupos sociais , suas etnias e culturas. Os resultados foram bons, poderiam ser melhores se a turma fosse mais participativa, mas tentou-se de muitas maneiras a melhor forma de instiga-los a resgatar costumes e hábitos, passados de geração em geração e que, por muitas vezes, são esquecidos no tempo, pela evolução da sociedade.

Palavras Chave: Identidade; Influência, Interdisciplinaridade.

Introdução

O Rio Grande do Sul apresenta uma rica diversidade cultural, com raízes nos índios que habitavam o pampa e outras culturas trazidas pela colonização Europeia  como portugueses, espanhóis, imigrantes alemães e italianos. E foi pensando nisso que incluiu-se aos conteúdos programáticos a identidade e formação do povo gaúcho com os alunos da turma do 5º ano do Ensino Fundamental onde desenvolveu-se o estágio.

Acreditando que ao oportunizar essas vivências para os alunos, seria possível que eles começassem a valorizar as questões da nossa terra dando um novo significado a origem do povo gaúcho de uma maneira interdisciplinar garantindo a maior interação entre os alunos, apresentando a eles outras possibilidades na visão dos fatos.

A problemática da pesquisa é: Como trabalhar a formação da identidade Rio Grandense nas séries iniciais?

 O objetivo geral da pesquisa é verificar a melhor forma de trabalhar a formação da identidade rio grandense nos anos iniciais e os objetivos específicos: contextualizar a formação do Rio Grande do Sul; caracterizar a turma de estágio e a proposta desenvolvida no estágio; analisar as metodologias de ensino e ações desenvolvidas mais apropriadas para o ensino da identidade do povo rio grandense nos anos iniciais.

Os teóricos utilizados para a realização dessa pesquisa foram: Maria Aparecida Quadros Borges; Pablo Rodrigues Dobke;, Ana Rita Martins;Juremir Machado da Silva e  Lev S. Vygotsky.

O trabalho foi desenvolvido com base no método indutivo, sendo de natureza aplicada, pesquisa descritiva, a abordagem do problema deu-se na forma qualitativa e, enquanto procedimento técnico trata-se de um estudo de caso.

O artigo foi dividido em três partes, primeiramente foi apresentado a Identidade do Povo do Rio Grandense, na segunda parte foi caracterizar a escola e turma, e por fim apresentar as propostas e ações desenvolvidas refletindo os aspectos positivos e negativos.

A Identidade do Povo Rio Grandense 

Grande parte da população do Rio Grande do Sul é formada por descendentes de portugueses, alemães, italianos, africanos, negros e indígenas. Os indígenas já viviam nas terras onde hoje é o Rio Grande do Sul, antes da chegada dos europeus, e desde então iniciou-se o processo de construção da origem e identidade do povo rio grandense. Os índios foram os primeiros habitantes das terras Rio Grandenses e podem ser considerados os primeiros donos do solo gaúcho.

O africano marcou sua presença, no folclore, no linguajar, nas artes e no esporte; dos portugueses herdamos as tradições religiosas; os alemães conhecidos por serem trabalhadores e guerreiros nos legaram o gosto pelo trabalho; os espanhóis influenciaram nossa indumentária tradicional masculina, algumas danças regionais, na poesia, música e em nosso linguajar característico, os italianos introduziram técnicas e tecnologias para cultivar a terra.

Ainda hoje é muito difícil fazer uma analise mais profunda sobre as etnias indígenas principalmente pelo pouco material deixado por esses antigos habitantes do Rio Grande do Sul, mas podemos observar que muitos traços da cultura desses povos ainda permanecem vivos nos costumes do gaúcho, como os adornos da vestimenta usados até hoje, como o pala, o chiripa, as malas de garupa, além dos hábitos alimentares, como o de comer carne assada, o uso dos chás medicinais, reunir-se a beira do fogo de chão sentado nos calcanhares, o respeito pelo idoso (assemelhando-se ao costume Charrua de eleger o mais velho como chefe). O caráter honroso e guerreiro, dessas populações, foi o principal forjador da identidade do homem do pampa (DOBKE, 2010).

Segundo Silva, (2011)

Quando os gaúchos se reconhecerem como herdeiros da milenar cultura indígena a luta contra os preconceitos em relação aos Guarani, Caingangue, Pampianos e mestiços será reforçada; os sambaquis, os cerritos, as ruínas missioneiras e outros sítios arqueológicos receberão a devida atenção; a recuperação e demarcação das terras indígenas e as melhorias nas reservas, contarão com maiores apoios; a política de cotas será melhor compreendida; a cultura indígena e gauchesca (não confundir com tradicionalismo) terá maiores espaços, estando lado a lado com as culturas das outras etnias presentes na sociedade sul-rio-grandense (SILVA, 2011).

Esse reconhecimento mudaria os conceitos que temos em relação a nossa verdadeira formação, pois existe muita resistência de todos em aceitar, que se não fosse a cultura indígena, a cultura sul-rio-grandense teria outros rumos e não seria essa riqueza que é hoje.

Interdisciplinaridade nos Anos Iniciais

A escola municipal de Ensino Fundamental localizada no bairro Mascarenhas de Moraes, é uma instituição municipal que busca atender a comunidade num resgate á cidadania. Iniciou suas atividades no ano de 1969 como grupo escolar, era a única da região, atendendo desde a pré-escola até a 5º ano do ensino fundamental. Atualmente funciona nos períodos: matutino e vespertino com um total de 138 alunos sendo: 01 turma de 1º ano, 01 turma de 2º ano, 01 turma de 03º ano, 01 turma de 4º ano, 01 turmas de 5º ano e 02 turmas de pré 1 e 2 turmas de pré 2.   Conta com uma sala de recursos AEE, um laboratório de informática, um refeitório, sala da secretaria e sala da direção.

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