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Caio Prado Jr.

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Por:   •  28/11/2014  •  706 Palavras (3 Páginas)  •  472 Visualizações

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Caio Prado Jr. como intérprete do Brasil- Ricardo Ricupelo

O autor inicia o texto dando um panorama rápido e geral de três historiadores que estavam vinculados de alguma forma ao modernismo no Brasil e como marcam a historiografia brasileira, a partir do prefácio de Antonio Candido no livro “Raízes do Brasil” seriam eles: Frey, Holanda e Prado Jr. Dessa forma, Bernardo Ricupero, a partir dessa fala de Candido, enfatiza as características principais das obras de cada luz e que cada um trouxe de inovador para o debate da historiografia brasileira daquele momento. Ou seja, Freyre chamou atenção para a importância da cultura negra, Holanda sobre a dificuldade de se estabelecer uma democracia onde a relação primaria prevalece, Prado Jr. na importância das classes nas explicações do Brasil. Além de tratar da importância de cada trabalho desses intelectuais de forma separada, aborda de forma mais ampla como as obras desses autores podem ser vinculados a um “quase gênero” que esteve presente na primeira metade do século XX: O ensaio de interpretação nacional.

No primeiro tópico de seu artigo, Ricupero, trata sobre a entrada de Prado Jr. Ao partido comunista, PCB. Com relação ao trabalho de Prado Jr. e como articulou as ideias marxistas a sua obra, por conta de sua condição financeira, esse teve mais acesso a literaturas comunistas e marxistas do que outros comunistas de sua época no Brasil, porém, suas bases ainda era o marxismo soviético. Entretanto, o que diferencia Prado Jr desses outros, é como soube utilizar o marxismo (entendido como método, ou seja, o materialismo-histórico) na experiência social brasileira.

Com relação a essa experiência social brasileira com diálogo marxista, no texto o autor perpassa por cada característica marcante das obras de Caio Prado Jr. nesse molde que era inovador na época e que traz certas inovações para a historiografia brasileira. Entre as ideias está a critica ade analisar a história apenas pela ótica da história oficial, ou seja, a exclusão dos agentes “anônimos”; o questionamento da existência do feudalismo na América Latina, até finalmente concluir que o Brasil não seguia a regra europeia do “latifundiários e camponeses”. Tratava-se de uma exploração voltada para o mercado externo, baseada na mão-de-obra escrava. Realizou análises que não se limitava apenas com a situação interna brasileira, voltava-se para a relação do Brasil com o restante do mundo e com o mercado capitalista internacional, ou seja, avalia a relação do Brasil colônia em um sentido de totalidade; diferencia a situação interna e externa da economia da colônia brasileira, os voltados para a grande exploração e os que não estavam voltados para essa grande exploração (vida orgânica e inorgânica).

O autor vai ressaltar que a principal contribuição de Caio Prado Jr. na historiografia brasileira está associada ao seu próprio tempo e os estudos de história daquela época. Prado Jr. ressalta as permanências do passado colonial, ainda, se apresenta bastante negativo com a industrialização do país, ou seja, afirma que muito pouco foi feito nessa área e que o Brasil ainda era fundamentado na produção de matérias-primas e gêneros alimentares para o mercado externo. Essa visão acaba subestimando as transformações presentes, além de não notar que ainda que modesta a primeira fase

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