Comunidade Kilombol
Projeto de pesquisa: Comunidade Kilombol. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: pinheiroeli • 14/10/2014 • Projeto de pesquisa • 1.860 Palavras (8 Páginas) • 236 Visualizações
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 DESENVOLVIMENTO 4
2.1 Quilombo 4
2.1.1 A Luta pela Terra 4
3 Comunidades Quilombolas 5
3.3 Mapa onde estão Situadas as Comunidades no Brasil 6
3.4 Significado nome e História de Camburi 6
4 Localização e População 7
5 Sustento da Comunidade 8
5.1 Artesanato 9
6 Cultura 10
7 Saúde e Educação 11
8 Considerações Finais 12
9 Bibliografias...........................................................................................................13
1 INTRODUÇÃO
Quilombo
O Quilombo dos Palmares tratou-se de um dos mais importantes redutos da resistência dos negros frente o jugo escravista do período colonial. Diz-se que o refúgio chegou a abrigar cerca de 20 mil negros fugitivos. Localizado em território atualmente pertencente ao Estado de Alagoas, desde sua fundação até sua destruição o quilombo chegou a opor resistência ao branco durante um período de cerca de cem anos. Havia organização política interna, sendo que eleições para líderes eram estabelecidas.
Um rei também era empossado pela escolha geral dos habitantes de Palmares. A figura do rei provinha dos antigos regimes tribais africanos, que os negros buscaram reproduzir em terras brasileiras em agrupamentos como Palmares.
O potencial guerreiro do Quilombo assustava o colonizador. Os holandeses fixados em regiões do território nordestino foram os primeiros a investirem contra os aquilombados (ou quilombolas) em Palmares: mesmo bem armados e munidos, os holandeses não atingiram suas expectativas, resistindo portanto o Quilombo. Houve tentativas de acordo entre o governador da capitania de Pernambuco e o rei de Palmares, então Ganga-Zumba: o governador exigia a pacificação através da baixa de defesas do quilombo. O acordo dividiu opiniões entre os quilombolas: de um lado, Ganga-Zumba admitia a necessidade do acordo, enquanto outro líder negro, Zumbi, defendia a continuidade dessa resistência negra ao governo dos brancos. O ideal de Zumbi, tendo sido aprovado pela maioria dos quilombolas, o levou a ser escolhido como o novo rei, enquanto Ganga-Zumba terminou por deixar o quilombo.
O governo, após várias tentativas de aniquilamento do quilombo, acaba recorrendo ao experiente sertanista das bandeiras, Domingos Jorge Velho, oferecendo-lhe armas, mantimentos e ainda concedendo-lhe o direito a terras e ao dinheiro pelo resgate dos escravos aos senhores. Assim, é empreendida a jornada que resultou na Guerra de Palmares. A guerra estendeu-se de 1690 a 1695, quando Palmares foi destruído. A morte de Zumbi é cercada de uma lenda em que o rei de Palmares teria se atirado de um penhasco, juntamente com seus seguidores, proferindo um último grito de liberdade. No entanto, Zumbi foi assassinado à traição, no ano de 1695, por um branco de sua confiança.
2 DESENVOLVIMENTO
A Luta pela Terra
Quilombo é sinônimo de luta pela terra e liberdade, e desta luta que começou há mais de trezentos anos surgiram as comunidades quilombolas do Vale do Ribeira. Comunidades que sobreviveram até hoje na contracorrente da concentração fundiária e da devastação da Mata Atlântica. Os quilombos sobreviveram, mas muitos perderam partes importantes de suas terras para posseiros e grileiros, muitos tiveram seus territórios ocupados pelas Unidades de Conservação ambiental, como os Parques de Jacupiranga, PETAR e Intervales. Esta situação limita as possibilidades de sobrevivência e de desenvolvimento destas comunidades.
A luta dos quilombolas pela terra avançou muito a partir da Constituição Federal de 1988 que, em seu artigo 68, garante a propriedade da terra ocupada pelas comunidades quilombolas. No entanto, de 1988 até hoje poucas comunidades no Brasil receberam o título de propriedade de suas terras.
Hoje os quilombolas são exemplos de convívio entre populações humanas e a Mata Atlântica e atores importantes em projetos de desenvolvimento sustentável, mas esta sustentabilidade depende da terra, o título em si é importante, mas o mais importante é o acesso e o usufruto do território que, na maior parte dos casos depende da retirada, mediante desapropriação, dos ocupantes não quilombolas, o que exige vontade política e dinheiro para as desapropriações.
Hoje se estima que existam cerca de 2.500 comunidades quilombolas no Brasil, das quais apenas 65 receberam título desde 1988. Se fizermos a conta, veremos que a média de titulação é de 4 comunidades por ano. Mantido este ritmo serão necessários 625 anos para titular todas as terras de quilombos do Brasil, ou seja, no ano de 2.631 a situação estaria resolvida. Dá para esperar tanto?
Este problema da terra afeta os quilombolas em todas as regiões do país e no Vale do Ribeira não é diferente, comunidades como Porto Velho, Cangume, Galvão, André Lopes, apenas para citar alguns exemplos, tiveram seus territórios reconhecidos como terra de quilombos mas grande parte das suas terras está ocupada por não-quilombolas, ficando inacessível à comunidade enquanto o governo estadual ou federal não remover estes ocupantes.
Comunidades Quilombolas
Existem Comunidades Quilombolas em pelo menos 24 Estados do Brasil: Amazonas, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
O objetivo desta seção é apresentar um pouco da história e da vida dessas comunidades. Trata-se de um projeto em construção. Por enquanto ela contém informações a respeito das comunidades quilombolas dos estados da Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.
MAPA ONDE ESTÃO SITUADAS AS COMUNIDADES NO BRASIL
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