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Cultura e classe na Revolução Francesa. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

Por:   •  28/6/2017  •  Resenha  •  519 Palavras (3 Páginas)  •  499 Visualizações

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  INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS[pic 1]

                                                                              DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

Disciplina: História Moderna II, Turma C

Profa. Carolina Soares Sousa

Aluno:  Antonio Junio Pereira de Araujo

1º/2017

Palavras-chave: Revolução Francesa, política, liberdade, igualdade, democracia.

HUNT, Lynn. Política, cultura e classe na Revolução Francesa. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

A obra “Política, cultura e classe na Revolução Francesa”, da historiadora estadunidense Lynn Hunt, oferece uma perspectiva alternativa às tradicionais linhas de pensamentos sobre a Revolução Francesa. Na pesquisa da autoria, iniciada em 1970,  há intenção de demonstrar que a Revolução Francesa podia ser interpretada pelo viés marxista. Ao realizar análise da conjuntura social e econômica, a historiadora identificou que as identidades e sujeitos políticas do contexto não dependeram apenas da posição social, mas tiveram influência de componentes culturais importantes. Sob o viés da História Cultural, Hunt enfoca importantes símbolos revolucionários. Diante deste olhar, Hunt procura compreender a cultura política da Revolução, isto é, as práticas e representações simbólicas daqueles indivíduos que levaram a uma reconstituição de novas relações sociais e políticas. A autora destaca três interpretações clássicas da Revolução Francesa: a interpretação marxista, a revisionista e a tocquevilleana. Na primeira, a Revolução teve uma natureza burguesa. Do ponto de vista revisionista, há o reconhecimento da importância da identidade social, mas demonstram desconfiança contra as intenções e objetivos dos revolucionários. Diziam não haver nova classe e sim uma adesão da burguesia à elite. O argumento de Tocqueville destacava o crescimento do Estado e a centralização do poder por ele. A autora reconhece a importância das visões apresentadas, mas faz crítica ao destaque centrado apenas nas origens e resultados da Revolução e abandono do entendimento das intenções e vivências políticas do evento. Hunt também se opõe às recentes análises centradas na política, que partem de um ponto de vista essencialmente antimarxista e fazem uma análise abstrata do caráter político, desvinculando a identidade social da prática revolucionária.

Ideias principais do texto:

  • Uma Interpretação alternativa da Revolução Francesa; 
  • A revolução demonstrou a importância da política;
  • Aristocracia liberal Revisionismo critica o marxismo; 
  • Criação de uma elite mais unificada de notáveis;
  • Argumento da modernização Tocqueville;
  • Interpretação atual Liberal;
  • Indivíduos e organizações políticas;
  • A Revolução potencializou o republicanismo democrático.

Conclusões da autora:

A autora buscou compreender a cultura política da Revolução Francesa, entendendo essa cultura como a realização mais efetiva do evento. Para isso, questiona as abordagens tradicionais – marxista, revisionista e tocquevilleana –  por se concentrarem nas “origens” e “resultados”, negligenciando o fenômeno revolucionário em si mesmo. A análise da autora é conduzida na direção de um estudo dessa cultura política que leve em conta tanto a lógica da ação política, por meio de expressões simbólicas, quanto o contexto social da experiência revolucionária.  

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