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DOMINAÇÃO DO POVO AFRICANO

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Por:   •  19/3/2015  •  866 Palavras (4 Páginas)  •  1.274 Visualizações

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DOMINAÇÃO DO POVO AFRICANO

Africanos no Brasil

Dominação e resistência

Neste momento iremos avaliar como aconteceu a chegada dos nossos irmãos africanos no continente americano, mais precisamente na América do sul, naquele momento da história brasileira cujos interesses dos colonizadores seriam o início para ações maquiavélicas, políticas e econômicas. Nos séculos XVI e XVII ocorreu a instalação de um sistema escravista no Brasil colonial, no nordeste brasileiro os engenhos de cana-de-açúcar estavam a alimentar a riqueza da corte portuguesa e européia. Havia a necessidade de algo em especial: a mão-de-obra.

Que mão-de-obra custaria mais barato para os colonizadores? Se você pensou em escravidão, acertou. Instalou-se um dos sistemas mais lucrativos – para os participantes, de toda a história: o sistema escravista. Esses trabalhadores iriam abastecer os engenhos, as minas, as produções de café, seriam utilizados como escravos de ganho, enfim, suas utilidades para os colonizadores eram múltiplas, e os horrores que aquele povo sofreria seria indescritível. Homens, mulheres, crianças, idosos, e até chefes políticos africanos foram trazidos para essas terras com o intuito de serem escravizados.

Existia um conjunto de ações que eram praticadas de maneira ordenada. Em primeiro plano havia a necessidade da mão-de-obra. Logo em seguida os traficantes europeus se dirigiam até o continente africano, onde mantinham relações comerciais com os chefes africanos. Essa relação se caracterizava pelo oferecimento de armas, mercadorias e pólvora para esses chefes africanos. De posse dessas armas promoviam guerras em busca de prisioneiros. Com os prisioneiros das guerras, acontecia a negociação com os traficantes europeus, eles os compravam. Agora acontecia a viagem de todos os prisioneiros para a América a bordo dos navios negreiros em condições desumanas: má alimentação, violência, era comum a propagação de doenças durante a viagem, e muitos faleciam. Mas ainda assim o negócio era muito lucrativo para os traficantes.

Já chegados ao Brasil eram vendidos como escravos, sofreriam nas mãos dos senhores e dos capatazes. Mas, apesar de tantas tentativas de desumanizar os africanos por essas terras, o povo guardou suas raízes culturais, a dança, as tradições religiosas, a capoeira – uma mistura de dança e arte de luta, etc. Foi na figura dos quilombos, que esses povos iriam buscar refúgios depois de fugirem dos seus senhores. Lá viviam a sua maneira, seguindo seus próprios costumes. Esses quilombos existiram em boa parte do território brasileiro, mas o mais duradouro e maior quilombo foi o QUILOMBO DOS PALMARES. Localizado na serra da Barriga, atual território alagoano. Lá apareceu a figura de um líder conhecido como ZUMBI.

Com o tempo, os quilombos foram sendo destruídos pelos colonizadores, todavia, a força e a tradição de um povo nunca seriam apagadas de nossa história, e seus costumes permanecem vivos até os dias atuais, em uma mistura cultural que representa a alteridade de nosso Brasil.

Diante do que fora tratado em nosso trabalho, poderíamos dizer que apesar do passar dos anos, a África ainda permanece uma terra “esquecida por Deus”, que sofre com as consequências da dominação européia.

Todavia, apesar de nossa abordagem parecer extremamente pessimista, o imperialismo nos mostra como este continente fora essencial para o desenvolvimento econômico do Ocidente.

Deixando de lado a economia, podemos afirmar que a África também contribuiu para a formação de muitas culturas no Novo Mundo como fora o caso do Brasil.

Entretanto, fugindo de um estudo a partir da lente eurocêntrica da história, devemos observar a África em sua essência e entender os povos e sua história livre de arquétipos, obviamente, trata-se de um exercício extremamente complexo, uma vez que os nossos manuais de história têm por base a construção científica criada no Velho Mundo.

No que diz respeito às consequências do imperialismo, tais mazelas que ainda hoje persistem no continente, antes de serem solucionadas pelas nações capitalistas, devem ser resolvidas entre os próprios povos africanos.

A África só será plenamente livre a partir do momento em que os povos que lá vivem adquirirem consciência de sua história e de sua identidade sem a influência do Ocidente.

Sabemos que a vida humana teve seu início no continente africano, todavia, em virtude de uma crescente exploração e a construção de uma visão extremamente pejorativa, os próprios indivíduos que fazem parte deste mosaico de culturas não têm ciência de suas origens e de sua importância.

A maioria das iniciativas de pesquisa sobre a história da África partem do próprio ocidente numa tentativa de fomentar a valorização da história e da identidade destes povos.

As rixas entre “tribos” e outros grupos ainda persistem, percebemos deste modo que a África ainda é uma região “imatura”, imatura não por causa dos povos que lá vivem, mas “imatura” devido a outras nações que não permitiram que este continente se desenvolvesse por si só, livre de um paradigma eleito como verdade absoluta, além de não respeitar as suas peculiaridades.

Mas a África começa a caminhar com suas próprias pernas e assim como o bebê que aprende a andar, devemos deixar que aprenda com suas quedas e suas conquistas para que assim venha esta “maturidade” e autoconfiança, para que finalmente o sentimento de liberdade seja verdadeiro.

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