Ditadura Militar
Ensaios: Ditadura Militar. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jennylimaaa • 16/3/2015 • 299 Palavras (2 Páginas) • 129 Visualizações
Situando historicamente, observou-se que no período de 1930 a 1960 as
políticas sociais desenvolveram-se mais direcionadas à “proteção” aos trabalhadores, com o
objetivo de criar condições para garantir a força de trabalho adequada, que atendesse as
exigências do mercado emergente. Contudo, não se pode deixa de considerar que a política
social também foi produto de luta dos trabalhadores reivindicando suas necessidades.
Durante os anos da ditadura militar as políticas sociais possuíram em seu interior
o objetivo de legitimação do sistema autoritário vigente, com caráter fragmentário, setorial e
emergencial, se sustentava na necessidade de dar legitimidade aos governos que
buscavam bases sociais para manter-se no poder. Neste período, passava-se a ideologia de
que o desenvolvimento social seria decorrente do desenvolvimento econômico.
Pode-se dizer que durante o período de 1964 (golpe militar) a 1988 (Constituição
democrática), o país se desenvolveu economicamente, com expansão da produção,
modernização e entrada do capital estrangeiro, onde as políticas sociais “apresentavam” um
caráter assistencialista e clientelista. Conforme afirma Vianna (1990, p. 8), “[...] no pós-64, a
intervenção social do Estado ganhou dimensões e características bastante nítidas, definindo
um perfil específico de política social, regido por princípios ‘simples’ e coerentes com o
padrão excludente e conservador de desenvolvimento econômico’’.
O período da ditadura militar foi caracterizado pela censura, autoritarismo,
repressão e ausência de eleições. Neste contexto as expressões da “questão social” se
agravam e exigem respostas do Estado, conforme salienta Soares (2001, p.209):
[...] no pós-64, ao longo do período de autoritarismo, que se consolida o arcabouço
político-institucional das políticas sociais brasileiras. Suas características podem ser
expressas nos seguintes princípios: 1.extrema centralização política e financeira no
nível federal das ações sociais do governo; 2. fragmentação institucional; 3. exclusão
da participação social e política da população nos processos decisórios; 4.
autofinanciamento do investimento social; e 5. privatização.
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