ESTUDO DE ARTIGO: Memória e História em Livros Didáticos de História

ESTUDO DE ARTIGO: Memória e História em livros didáticos de História: o PNLD em perspectiva

Percebemos no artigo que o autor nos mostra que por muito tempo a memória foi tida como base para entendimento de fenômenos políticos e sociais que vivemos atualmente, porém, notamos que a memória está além dessa concepção. De acordo com o texto, é uma forma de construção tanto do saber histórico como também da continuidade da vida. Aquilo que guardamos porque acreditamos que são importantes (leitura de um e-mail, ouvir uma música, conversar com alguém), está ligado à memória e é devido a isso que nos lembramos de fatos e acontecimentos.

Existe a preocupação de como preservar e guardar a memória, haja visto que, atualmente vivemos numa sociedade que produz história (seja ela oral ou escrita) em grandes proporções. A memória pode ser passada de geração a geração e um exemplo disso é a memória afro-brasileira. Uma história qua antes era escondida, depois de muito tempo passou a compor obrigatoriamente o currículo escolar, assim como o ensino da cultura e história indígena. Acontecimentos históricos que, por alguma razão, eram escondidas, agora são conhecidas, estudadas e questionadas, como a ditadura militar, guerras civis, há ainda o questionamento sobre quem participou, qual a sua importância, quem eram os culpados, dentre outros.

Nas escolas, o professor agora trabalha de forma diferenciada. O conteúdo já não é mais simplesmente passado para o aluno de forma pronta e acabada, mas de maneira a instigar o aluno a pesquisar e construir seu conhecimento referente a história. Dentro da sala de aula o professor necessita conhecer o vínculo entre a história e a memória para entender e prosseguir com um conteúdo, pois a história que já não é tida como uma matéria para se decorar e seguir de forma linear, mas é cheia de lacunas, incompleta, e é com o auxílio da memória que se pode preencher algumas lacunas. Porém, história e memória não são as mesmas coisas, a memória faz de nós seres únicos e a história usa a memória como fonte para entendermos os fatos. O professor pode mostrar aos alunos a história utilizando como fonte a memória, vinculando acontecimentos do passado com o presente, assim o aluno pode entender o contexto histórico se encontrando no tempo e espaço apresentado na matéria.

Sobre a importância do livro didático nas escolas, em particular sobre o ensino de história, nota-se que muitos professores utilizam somente os livros para ensinar. Apesar de o livro didático ter bons conteúdos, somente ele não abrange o conteúdo de uma forma completa, é preciso também a utilização de outras fontes para auxiliar e completar o currículo. Materiais como imagens, músicas, pinturas, esculturas, servem como fontes históricas, pois o livro didático é um resumo dos conteúdos.

Ainda sobre os livros didáticos, há os que trazem de forma mais tradicional seus conteúdos, fixando apenas na história e não se utilizam da memória em seu conteúdo, nem valorizam a sua importância. No entanto, seguindo os conceitos do PNLD, atualmente há uma preocupação entre os autores dos livros didáticos, pois seus livros serão analisados. Os professores se incubem de escolher a coleção que seja melhor para o ensino, assim, os autores se dedicam mais na produção dos livros e na diferenciação entre história e memória. E mesmo com essa escolha dos livros, há ainda professores que pouco utilizam da memória ou nem sabem como utilizá-la em sala de aula. Tem que haver melhorias do material escolar e também com relação aos professores que vão trabalhar com esses materiais, capacitando-os para tal.

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