ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO I ENSINO FUNDAMENTAL
Por: Pr. André Serra • 18/11/2021 • Trabalho acadêmico • 3.193 Palavras (13 Páginas) • 305 Visualizações
[pic 1][pic 2][pic 3]
[pic 4]
[pic 5]
[pic 6]
[pic 7]
[pic 8]
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 4
1 LEITURAS OBRIGATÓRIAS 5
2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP) 7
3 ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA BNCC 9
4 METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS 11
5 PLANOS DE AULA 13
CONSIDERAÇÕES FINAIS 17
REFERÊNCIAS 18
INTRODUÇÃO
O presente relatório se refere ao estágio curricular obrigatório dos Anos Finais do Ensino Fundamental realizado segundo o Plano de Trabalho desta instituição reelaborado para o período de pandemia da Covid 19.
Após a leitura de texto indicado foi elaborado um texto dissertativo-argumentativo abordando a questão da transição dos alunos e professores na passagem do 5º para o 6º ano do ensino fundamental, apontando problemas e possíveis soluções para o que é visto como uma ruptura agressiva.
Conhecemos a função e a estrutura do Projeto Político Pedagógico (PPP), relatando sua importância normativa para as atividades da escola, reconhecendo a necessidade do envolvimento de todos os membros do contexto escolar como a gestão escolar, os professores, os alunos e a comunidade.
Descrevemos a importância da inter-relação entre o professor, a equipe pedagógica e administrativa, assim como a necessidade do acompanhamento da equipe pedagógica no desenvolvimento da disciplina para uma maior eficácia do processo de ensino.
Estudamos os Temas Contemporâneos Transversais da BNCC e a importância dos mesmos nos diferentes componentes curriculares de forma integrada, fazendo a conexão com situações vivenciadas pelos estudantes em seu contexto.
Por fim elaboramos planos de aula utilizando metodologia ativa com uso de tecnologia digital, utilizando a linguagem digital discente e trazendo esse aluno para o centro do processo de ensino.
- LEITURAS OBRIGATÓRIAS
ENSINO E APRENDIZAGEM DA HISTÓRIA NA TRANSIÇÃO DO QUINTO PARA O SEXTO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Sendo os anos iniciais escolares de responsabilidade municipal e os anos finais a cargo do Estado, a passagem do quinto para o sexto ano torna-se cercada de dificuldades pelos estudantes. As redes de ensino são distintas e praticamente não se articulam adequadamente, proporcionando uma descontinuidade da proposta pedagógica. Os alunos deparam-se com uma ruptura muito forte. Sem um projeto articulador entre Estado e Município para facilitar essa transição, tanto na esfera administrativa quanto pedagógica, é gerado nos alunos um sentimento de esgotamento das possibilidades de continuidade. É como se houvesse terminado um ciclo e tudo começasse novamente. Essa dificuldade ocasiona uma distorção no comparativo entre idade e série no ensino fundamental, além de evasão escolar.
Sob a lei 9.394/96 a municipalização do ensino fundamental foi apenas na lógica administrativa e financeira sem a elaboração de um projeto para as questões pedagógicas. O aluno então, nessa transição, precisa provar seu nível de aprendizagem em diagnósticos que indicam desacreditar de sua formação inicial. Essa nova realidade resultante dessa transição não atinge o caminho dos professores nem as escolas, apenas a movimentação docente.
Em relação ao ensino da história nesse processo de transição há uma lacuna na forma de ensiná-la. Não há uma formação específica do professor em direção à maneira de ensinar história para crianças que mobilize os conhecimentos históricos, direcionando-as para a ciência da história. Os professores deveriam desenvolver práticas nos alunos estimulando-os ao uso de seus recursos próprios, levando-os ao diálogo entre as aprendizagens passadas e as novas.
O professor ensina tendo como pano de fundo a sua relação pessoal com o mundo. Suas relações com a história a ser ensinada e a maneira de ensinar refletem no conteúdo e teorias sua experiência, tradição, conhecimento didatizado pela mídia, família, igreja ou escola e revela assim as suas carências de orientação e critérios de sentido. O profissional das séries iniciais na sua formação não teve contato com a ciência da História. E esse profissional é também agente ativo na história participando de seus processos, portanto tem lacunas de orientação e perspectivas de futuro.
Esse quadro faz com que o ritmo da aula de História, os exercícios e os conhecimentos a serem ensinados sejam ditados apenas pelo livro didático. O livro didático é comprovadamente importante no processo ensino aprendizagem, segundo Rüsen (2010), podendo-se pensar em um livro didático que apresente “o conhecimento de forma argumentativa e evite qualquer aparência de uma certeza dogmática”. Sendo o livro didático detentor do conhecimento, das informações e da verdade, é necessário se pensar a sua figura. Os alunos mesmo carregando as respostas com subjetividade e participando da discussão têm suas participações anuladas quando o certo e o errado, é determinado pelo livro didático, que é visto como único detentor do conhecimento histórico.
A ciência da História precisa ser o referencial teórico e metodológico ao estudar a aprendizagem histórica. O objeto de ensino da história precisa ser o pensar historicamente desde as séries iniciais. É preciso desenvolver uma articulação na narrativa histórica que descortine o entendimento da relação entre os sujeitos e os conceitos, idéias, conteúdos, cuja referência é a própria epistemologia da história. (SCHMIDT; GARCIA, 2006, P. 64).
Ao privilegiar a utilização do livro didático e a seleção de conteúdos previamente determinados perde-se a subjetividade da aprendizagem do pensamento. O professor utiliza suas habilidades mais em caráter didático do que em relação ao pensamento histórico sem priorizar como método a narrativa. Rüsen (1993) nos indica que é um equívoco ensinar a história como algo fixo, pronto e acabado, com conteúdos engessados sem atentar para o contexto e os sujeitos envolvidos no processo, o que pode culminar com o desleixo na orientação dos alunos para a vida prática.
...