Educação Nutricional

Educação Nutricional : Possíveis caminhos

Esse trabalho tem como objetivo, mostrar o nutricionista como um educador.

Introdução

A Educação Nutricional configura-se em um campo de educação educativa do nutricionista. Dentro da postura do profissional nutricionista adotada, construir uma relação de participação mútua no processo que será desenvolvido, fazendo do paciente um sujeito ativo, sempre aberto e flexível as suas necessidades.

Educação Nutricional

Através da história da Educação nutricional é importante observarmos os erros cometidos no passado, aproveitarmos as experiências positivas e continuarmos evoluindo na busca permanente de uma Educação nutricional mais eficaz aos problemas nutricionais brasileiros.

Alguns autores, valorizaram o significado da alimentação, dentro dos aspectos religiosos, culturais. Outros avançaram um pouco mais ao afirmarem que a Educação nutricional não era um simples repassar de informações, todavia, o nutricionista era visto somente como multiplicador das informações.

A seguir, o profissional nutricionista foi reconhecido como responsável técnico pela Educação Nutricional, mas não como seu executor.

Foi ressaltado a importância da Educação nutricional à redução dos riscos de morbidade e mortalidade.

No Brasil, a Educação Nutricional ficou sempre mais associada á introdução de alimentos vinculados ao interesse econômico.

Educação nutricional e aspectos culturais

O alimento não pode mais ser visto somente como uma fonte de nutrição, pois possuindo a capacidade de desempenhar várias funções na sociedade humana, pode estar relacionado aos aspectos sociais, culturais, religiosos, econômicos, psicológicos, antropológicos, que influenciam nos hábitos alimentaremos indivíduos e grupos e que não deveriam ser desconsiderados em um processo de Educação Nutricional mais efetivo.

A alimentação representa a manifestação da organização social, o registro do modo de pensar em qualquer sociedade.

O nutricionista compreendendo como cada cultura compõe seu conjunto de regras voltadas á alimentação, modo de preparação, e maneira como os indivíduos comem, podem incorporar ás praticas de Educação Nutricional e considerar hábitos alimentares, que demonstrem risco á saúde desses indivíduos. Os alimentos podem apresentar diferentes significados a cada cultura, que merecem ser destacados para percebermos, posteriormente, as conseqüências que podem trazer á saúde dos indivíduos.!

Assim, vemos que, o alimento pode possuir duas conotações diferentes, em relação ao seu valor nutricional e cultural, podendo afetar a nutrição dos indivíduos de duas maneiras: excluindo nutrientes essenciais da alimentação, ou estimulando o consumo de determinados alimentos ou bebidas. Podemos assim, associar a má nutrição de alguns indivíduos aos fatores culturais.

Educação Nutricional e aspectos sociais

Nesse ponto a história da educação nutricional, nos deparamos com os Programas Sociais de alimentação. Em 1993, o direito á alimentação foi equiparado aos demais direitos do homem e estabelecido na Carta dos Direitos Humanos de 1948. Ao Estado compete a função de garantir a segurança alimentardes sua população, como um direito ao cidadão. E atualmente, não observamos mais a falta de alimentos básicos ou de oferta disponível de alimentos, mas sim dificuldade ao acesso físico e econômico, á alimentação e aos meios para sua obtenção.

Hoje em dia temos como ação social, o Programa Fome Zero. O Programa mostra Dificuldade de apontar a quantidade de pessoas sujeitas á fome no país, não havendo um consenso sobre o tamanho da população atingida. Os últimos dados indicam a existência de 46 milhões de pessoas com renda mensal disponível média de R$ 39,11 - valor considerado insuficiente para suprir as necessidades básicas de sobrevivência de um ser humano.

Na realidade, o problema nutricional da população brasileira não se resume na aquisição insuficiente de alimentos, mas também na escolha inadequada dos mesmos, tanto na qualidade, quanto na quantidade, com maior evidencia nas famílias de baixa renda. Concluímos então, que a Educação Nutricional mais critica desempenharia um papel importante também ao bom êxito do Programa.

Educação nutricional e educação em saúde

‘A educação nutricional se insere na educação em saúde, que tem por finalidades formação de atitudes e praticas conducentes á saúde: não fumar, praticar esportes, apreciar a vida ao ar livre, andar a pé - são comportamentos incentivados pela educação em saúde. Estes exemplos de comportamentos bastam para mostrar que não são as condições econômicas favoráveis que vão, por si sós, determinar comportamentos saudáveis. A educação nutricionalpor sua vez, incentiva o consumo de alimentos naturais, frutas, hortaliças e recomenda evitar as guloseimas, as gorduras saturadas e os alimentos artificiais.`!

São conceitos que envolvem mudanças no odo de pensar, sentir, agir dos indivíduos. A Educação nutricional obtém mudanças de atitudes com relação á alimentação e práticas alimentares conducentes á saúde, visando a melhoria da saúde pela promoção de hábitos adequados, eliminação de praticas dietéticas insatisfatórias, introdução de melhores praticas de higiene e uso mais eficiente de recursos alimentares.

Educação nutricional ou orientação nutricional

O nutricionista é preparado para assumir a função da Educação nutricional, com maior freqüência na área clinica do que na rede básica de saúde.

Na educação nutricional se dá enfasê ao processo de modificar e melhorar o hábito alimentar a médio e longo prazo; preocupa-se com as representações sobre o comer e a comida, com os conhecimentos, as atitudes e valores da alimentação para a saúde, buscando sempre a autonomia do sujeito.O profissional nutricionista é parceiro na resolução dos problemas alimentares, visa uma integração e harmonização nos diversos níveis : físico, emocional e intelectual, quando se trata de doenças.

A orientação nutricional, por outro lado, enfatiza o processo de mudança das práticas alimentares em curto prazo. A doença ou o sintoma é sempre um fato a ser