Educação na sociedade tribal
Artigo: Educação na sociedade tribal. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 26/8/2014 • Artigo • 781 Palavras (4 Páginas) • 1.283 Visualizações
* Não existia educação na forma de escolas;
* Objetivo era ajustar a criança ao seu ambiente físico e social, através da aquisição das experiências;
Chefes de família eram os primeiros professores e em
biologicamente e marcada pelo jogo-imitação. Todos os filhotes brincam com os adultos e nessa relação se realiza um adestramento, se aprendem técnicas de defesa e de ataque, de controle do território, de ritualização dos instintos. Isso ocorre – e num nível enormemente mais complexo – também com o homem primitivo, que através da imitação, ensina ou aprende o uso das armas, a caça e a colheita, o uso da linguagem, o culto dos mortos, as técnicas de transformação e domínio do meio ambiente.
Depois desta fase, entra-se (cerca de 8 ou 10 mil anos atrás) na época do Neolítico, na qual se assiste a uma verdadeira e própria revolução cultural. Nascem, as primeiras civilizações agrícolas: os grupos humanos se tornam sedentários, cultivam os campos e criam animais, aperfeiçoam e enriquecem as técnicas (para fabricar vasos, para tecer, para arar), cria-se uma divisão do trabalho cada vez mais nítida entre homem e mulher e um domínio sobre a mulher por parte do homem, depois de uma fase que exalta a feminilidade no culto da Grande Mãe (findo com o advento do treinamento, visto como “conquista masculina”).
A revolução neolítica é também uma revolução educativa: fixa uma divisão educativa paralela à divisão do trabalho (entre homem e mulher, entre especialistas do sagrado e da defesa e grupos de produtores); fixa o papel – chave da família na reprodução das infra-estruturas culturais: papel sexual, papéis sociais, Todos os agentes desta educação de aldeia criam de parte a parte as situações que, direta ou indiretamente, forçam iniciativas de aprendizagem e treinamento. Elas existem misturadas com a vida em momentos de trabalho, de lazer, de camaradagem ou de amor.”
Segundo Aranha (2006, p. 34): “De maneira geral as sociedades tribais são predominantemente míticas e de tradição oral”.
Conforme a autora as primeiras comunidades que desenvolveram sistemas de educação, se basearam, inicialmente, na tradição, perpetuando valores e comportamentos através das gerações, principalmente nas sociedades ágrafas, marcando um processo de transmissão oral.
Maria Lúcia Aranha (2006, p. 35), comenta que em tais sociedades primitivas: “Os mitos e os ritos são transmitidos oralmente, e a tradição se impõe por meio da crença, permitindo a coesão do grupo e a repetição dos comportamentos considerados desejáveis”.
Nas sociedades primitivas, a educação compunha um tradicionalismo pedagógico, através de diferentes tendências religiosas. A educação primitiva era integrada a vida cotidiana, através de um ensino prático e informal, praticado por toda a comunidade.
Tais características me lembram a educação indígena, nas tribos brasileiras. Há uma comunidade em Itatiba, onde realizei as orientações do mestrado. Nela há quem estude formalmente, na universidade, porém muitos permanecem num sistema primitivo, liderado pelos anciões da tribo.
Kal Marx
Faz-se importante destacar a inovação no processo dialético que Marx propõe como seguidor da Escola Hegeliana, ele inova esse processo baseado ainda nos fundamentos de seu professor, Hegel.
Marx adota a tripartição do processo dialético hegeliano, mas ao contrário do mestre que se atém primeiramente na idéia como geradora da TESE; ele, Marx, propõe que a Tese surge frente ao material e a idéia, esse enfrentamento gera a antítese que conclui a pergunta com uma síntese, produzindo novas condições materiais.
Esse processo dialético também atinge a sociedade, ou seja, a sociedade é produto da condição material de sobrevivência encontrada, e essa condição gera uma disputa entre os grupos criando assim uma tensão - a essa tensão, Marx chama de Luta de Classes. No entanto o indivíduo em sociedade é nada mais do que a personificação da categoria, que na verdade é bem maior do que ele mesmo pode pressupor.
Mas essa influência da Burguesia e Proletário já é amplamente discutida; o que nos desperta o interesse é a filosofia da história que Marx propõe. No 18 Brumário Marx fala: “os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado.” Ou seja não somos movidos pelos nossos próprios interesses, somos produtos de um passado.
E é nesse contexto que encontramos o Brasil hoje, mergulhado numa “Revolução”, protestos por todo o país, em muitas cidades, lutando ora por redução nas passagens, ora por uma revolução geral no país e no modo de vida. Vimos cartazes, caras pintadas, gritos de guerra; nesse momento enxergamos que a filosofia de Marx aplicada à sociedade se enquadra de forma real e verdadeira. Os mesmo gritos do passado são usados, as mesmas lutas. São os “homens conjurando os espíritos do passado” (MARX), buscando assim legitimar o movimento e alcançar a mesma glória e êxito.
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