Fichamento: Conhecendo e trabalhando com surdez
Por: Ingrid Machado • 28/4/2018 • Resenha • 996 Palavras (4 Páginas) • 217 Visualizações
FICHAMENTO: CONHECENDO E TRABALHANDO COM SURDEZ
FERNANDES, Sueli. Metodologia da Educação Especial. In: Conhecendo e trabalhando com surdez. São Paulo: Ibpex, 2008.
O capitulo dois, intitulado “Conhecendo e trabalhando com Surdez, inicialmente traz uma perspectiva histórica, sobre mudanças e permanências, e os desafios que apresenta essa tarefa árdua, do ensino para surdos nos sistemas educacionais no último século. “Em um primeiro período, que vai desde meados do século xviii até a primeira metade do século xix, os professores, em sua maioria, eram surdos, e as experiências pedagógicas eram mediadas pela língua de sinais com bons resultados acadêmicos e sociais” ( p.37).
A partir dos estudos de William Stokoe, qual era norte-americano, constituiu com marco inicial, para os estudos científicos sobre a língua de sinais e a sua importância, “Nesse momento, são retomadas as experiências pedagógicas utilizando-se a língua de sinais” (p.38).
O contexto nos mostra, as mais variadas questões sobre o universo de especificidades que se faz o mundo da língua de sinais e as dificuldades das pessoas surdas e os estereótipos e dificuldades que enfrentam. Aos poucos vem tomando o espaço midiático, timidamente.
Algumas questões provocam dúvidas, e muitas vezes o senso comum acaba por se equivocar, por um pensamento generalizado, possuinte de raso conhecimento. Se tratando de questões como “A surdez acarreta consequências, principalmente, no desenvolvimento da linguagem das pessoas surdez, sobretudo na oralidade. Pessoas com surdez leve ou moderada geralmente se comunicam e aprendem utilizando a linguagem oral, desenvolvendo um bom domínio do português, com possíveis dificuldades (...) surdez profunda ou severa (...) muito provavelmente, não falam” (p.39).
Estereótipos e o combate contra eles estão ativos, como o slogan utilizado pela Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos – Feneis. Buscou combater expressões como surdo-mudo ou mudinho, essa utilização, partindo para o pejorativo. “Os surdos não mudos, apenas não falam porque não ouvem, mas têm o aparelho fonoarticulatório em plenas condições de funcionamento para a produção vocal” (p.40). A disseminação de questões, que os surdos não estavam habilitados para a oralidade, são inverdades, pelo fato de ouvirem a fala humana, não desenvolvem a oralidade.
Então, estabelecemos essa importância, do ser humano, conhecer o outro e outra, antes de desenvolver considerações equivocada, ampliar visões. Pois, a população brasileira, pouco entende sobre a língua de sinais, nacionalmente chamada pela sigla de LIBRAS, a língua é mundialmente utilizada. Apresentando um conjunto de regras gramaticais que vêm sendo estudadas por linguistas.
Em solo brasileiro “a Libras foi oficializada pela Lei Federal n.º 10.436/2002 e regulamentada em dezembro de 2005, pelo Decreto Federal n.º 5.626” (p.42). Mas continua caminhando de forma lenta, dentro do espaço institucional escolar, pois carrega consigo grandes obstáculos.
Um dos seguimentos específicos desse processo educacional dos surdos é a necessidade de uma forma diferenciada de ensino, carecendo da “EDUCAÇÃO BILINGUE” (p.44). Utilizando, a Libras e a língua portuguesa.
Dentro do meio da Língua de sinais, contamos com o profissional, chamado de interprete, o que acaba por ocasionar a necessidade do mesmo nas escolas. “O ideal seria que todas as escolas contassem com o apoio desse profissional” (p.45). Mas de fato sabemos que não acontece, pelo fracasso do sistema de ensino.
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