Filme o Segredo dos Seus Olhos

RESUMO

"O Segredo dos Seus Olhos" foi lançado em 2010 e é um filme argentino e espanhol dirigido por Juan José Campanella. Benjamin Espósito (Ricardo Darín) era um oficial criminal aposentado que usou sua experiência para contar uma história trágica que testemunhou em 1974. O Ministério da Justiça onde trabalhava foi designado para investigar o estupro e consequente assassinato de uma bela jovem. Foi assim que Benjamin conheceu Ricardo Morales (Pablo Lago), marido da falecida, e ele prometeu ajudar a encontrar o culpado. O tema que escolheu para seu livro foi o caso criminal que mais marcou sua trajetória na Vara Criminal de Buenos Aires. Para organizar seus pensamentos, ele revisou os assassinatos que investigou em 1974 e finalmente repensou as decisões que havia tomado no passado. Nesta tarefa, ele tentará descobrir se pode encerrar este caso e alguns capítulos de sua vida. Para tanto, contou com a ajuda de seu bom amigo Pablo Sandoval (Guillermo Francella) e de sua chefe imediata Irene Menéndez Hastings (Soledad Villamil), por quem tinha uma paixão secreta.

A ANÁLISE

No livro de José d'assunção, o autor a certa altura, assinala que os historiadores têm verificado "pontos de vista". E o cronista do filme está diretamente envolvido na exposição do seu ponto de vista, da forma como participou e presenciou esse fato, então o primeiro ponto é examinar o “ponto de vista” do seu próprio “ponto de vista”, onde o autor fez muitas coisas observações e trouxe diversas informações e fatores necessários.

Conforme discutido no livro de Edward Carr, as mudanças ocasionadas pela continuidade dos momentos históricos exigem que os historiadores tenham novas perspectivas sobre os períodos anteriores, no entanto, a marca registrada deste cineasta é justamente a proximidade de seu personagem com o mundo real, tornando a trama repleta de ‘suspense’, momentos de humor e guinadas dramáticas. A história contemporânea de hoje parece ser um campo devidamente integrado na história. No entanto, essa postura deve ser superada, pois, diversas teorias e metodologias envolvidas na área dificultam o posicionamento efetivo de alguém.

Muitas vezes é difícil compreender tal processo, portanto, encontrar maneiras de "concretizar" a discussão e este é um processo de busca para fornecer essa possibilidade. Trouxe para o público a história do aposentado Benjamin Espósito (Ricardo Darín), que decidiu aproveitar as horas vagas para escrever um livro sobre os assassinatos em que se envolveu quando jovem, principalmente em 1974. Para tanto, busca Irene Hastings, que era uma amiga do trabalho e tinha um relacionamento inacabado, às vezes ajuda a desvendar a tentativa do protagonista em seu livro Crime narrado.

Outro ponto é que a proposta não era a de fabricar uma história, mais sim, de contar uma história que ele mesmo presenciou. No livro de Edward Carr, o mesmo nos faz entender que o papel do historiador é considerar os fatos, analisar os acontecimentos e dar um certo grau de atenção. Nós, historiadores, não podemos fabricar fatos, os fatos devem ser verdadeiros, por isso, quando Darín descreveu tal percepção no filme, onde percebemos a importância de seu envolvimento na trama, e que a história precisava de sua participação para existir porque ele criou o "evento" e fez com que ele se torne uma história, onde todos os que assistiram a esse filme conseguissem perceber o seu grau de importância.

Nestes dois livros, José D'Assunção e Edward Carr expuseram os seus pontos de vista, que também era um olhar retratado nos filmes de Ricardo Darín. Onde o mesmo deve ter uma responsabilidade enorme porque os documentos históricos estão ligados diretamente aos historiadores. Visto que os fatos só se tornarão história se os historiadores decidirem que vai ser. Giambattista e Herder demonstram ao abordar os historicistas, que um dos poucos pontos de contraste é que o romance promove uma forma intuitiva de construir a história.

Como o Espósito usa a Memória é o primeiro ponto a considerar. Uma das principais características da história do tempo atual é reavaliar o papel da memória, pois, usando recortes de tempo mais recentes, os pesquisadores muitas vezes têm que lidar com as testemunhas e suas memórias de alguns eventos