HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

Capítulo 01 – O Estudo da História da Psicologia

1. O que é possível aprender com o estudo da história da psicologia?

Aprender a integrar as áreas e as questões que constituem a psicologia moderna e nos permitirá reconhecer as relações entre as ideias, as teorias e os esforços de pesquisa, bem como compreender de que forma as diferentes peças do quebra-cabeça da psicologia se encaixam para criar uma figura coerente.

2. Por que os psicólogos alegam ser a psicologia uma das disciplinas acadêmicas mais antigas e ao mesmo tempo mais modernas? Porque a psicologia moderna é um produto tanto do pensamento do século XIX como do século XX?

Porque as pesquisas no campo psicológico remontam o século V a.c e muitos problemas que hoje os psicólogos tem interesse Sócrates e Aristóteles já estudaram e resolveram naquela época. Ambos utilizavam as mesmas abordagens e técnicas empregadas. Somente a exploração das origens da psicologia e o estudo do seu desenvolvimento é que proporcionam uma visão clara da natureza da psicologia atual.

3. O que diferencia os dados históricos dos dados científicos? Exemplifique de que maneira os dados históricos podem ser distorcidos.

Os dados históricos são materiais utilizados pelos historiadores para reconstruir as vidas, os fatos e as épocas. A metodologia é totalmente diferente.

Os dados científicos os pesquisadores podem utilizar experiências em laboratórios, observar comportamento do mundo real em condições controladas, fazer um levantamento ou calcular uma medida de controle sobre situações. Desse modo é possível verificar dados posteriormente, estabelecendo condições similares àquele ao estudo original.

Por outro lado os dados históricos não podem ser reconstruídos nem repetidos.

4.Como as forças contextuais influenciaram o desenvolvimento da psicologia moderna?

Através da economia, as guerras e o preconceito.

No cenário econômico: grandes mudanças, o número de laboratórios nos EUA crescia continuamente assim como o número de psicólogos, número de vagas para professores, com o crescente número de escolas. Passaram a aplicas a psicologia nas questões do ensino e aprendizagem.

Nas guerras: aceleraram o desenvolvimento da psicologia aplicada e estenderam sua influência para as áreas como seleção de pessoas, testes psicológicos e psicologia aplicada à engenharia. Na Alemanha surge a psicologia experimental e na Áustria a psicanálise. Além disso, após a guerra Freud apresentou tese de que agressão é uma força motivadora significativa para a personalidade humana.

Preconceito e Discriminação: contra as mulheres existiu por toda a história da psicologia; contra grupos étnicos: judeus sofriam muitos preconceitos no campo acadêmico, por isso foram obrigados a trabalhar com psicologia clínica que oferecia mais oportunidade de emprego.

5. Descreva os obstáculos enfrentados pelas mulheres, pelos judeus e pelos negros em busca de uma carreira em psicologia, principalmente na primeira metade do século XX.

As mulheres não eram admitidas no programa de pós-graduação e excluídas do corpo docente, receiam salários inferiores, enfrentavam barreiras para obter promoção ou uma titularidade, recusavam a contratação de mulheres casadas. Eram impedidas de participar de seminários, de usar a biblioteca dos estudantes de pós-graduação ou a lanchonete, sendo de uso exclusivo dos homens.

Os judeus eram vítimas de antissemitismo, entidades importantes tinham como regra não contratar professores judeus, aqueles que conseguiram título de doutorado enfrentaram dificuldades para obter uma posição acadêmica. Eram pressionados a modificar seus nomes. Por esses e outros motivos vários psicólogos judeus eram levados a trabalhar com psicologia clínica que ofereciam mais oportunidades de emprego.

Os negros enfrentavam preconceitos da psicologia em geral. Somente quatro faculdades para negros nos EUA ofereciam o curso de pós-graduação em psicologia. Quando eram aceitos em faculdade para brancos enfrentavam várias barreiras para conseguir frequentar os cursos. Muitas faculdades não permitiam que os negros morassem no campus. Até os restaurantes na região da universidade eles não conseguiam frequentar. O primeiro obstáculo para os negros era conseguir o título de PHD e o próximo era encontrar um emprego digno. Poucas universidades empregavam professores negros e a maioria que contratava profissionais da psicologia aplicada não aceitava afro-americanos.

6. Como o processo de registro histórico de qualquer campo determina e acaba restringindo os trabalhos individuais que merecem destaque?

O processo de registro histórico determina trabalhos que merecem destaque de acordo com levantamentos feitos para reconstituir fatos e épocas, dados sobre acontecimentos do passado que estão disponíveis em fragmentos e descrições vão determinar tudo o que envolveu o campo em destaque, somente com base nesses dados. Em contrapartida, isso também pode restringir certos trabalhos individuais, porque apesar de se basearem em dados, há várias situações em que parte desses dados podem estar perdidos ou de alguma forma comprometidos, delimitando assim a abrangência do campo em questão, pois só podem trabalhar até certo ponto com base no que tem em mãos.

7. Descreva as diferenças entre as visões personalista e naturalista da história científica. Explique em qual dessas abordagens são fundamentados os casos de descoberta simultânea.

Visão Personalista consiste na realização e contribuição de pessoas especificas. O progresso e a mudança resultam diretamente da vontade e carisma de um individuo que sozinho redireciona o curso da história.

Visão Naturalista, diferente da visão personalista, a época é que molda o indivíduo, ou pelo menos torna possível reconhecer a proposta de um indivíduo. O progresso e a mudança científica podem ser atribuídos ao “Teitgeist” (ambiente intelectual e cultural da época).

8. O que é Zeitgeist? Como afeta a evolução da ciência? Compare o desenvolvimento da ciência com a evolução da espécie viva.

Ambiente intelectual e cultural ou espírito da época. O Zeitgeist dentro da ciência pode provocar efeito inibidor sobre os métodos de investigação, sobre as formulações teóricas e sobre a definição do objeto de estudo.

Tanto a ciência como as espécies se adaptam ou mudam em resposta