História da Educação Brasileira
Tese: História da Educação Brasileira. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 080596 • 9/4/2014 • Tese • 1.295 Palavras (6 Páginas) • 363 Visualizações
1549 - A história da Educação brasileira, ou pelo menos, da Educação Brasileira pós-descobrimento, começa com a chegada dos primeiros jesuítas, em 1549. Estes religiosos da Companhia de Jesus chegam ao Brasil com o objetivo de converter os índios ao cristianismo. São peças fundamentais no processo de aculturação imposto por Portugal na colonização do Brasil. E, no ensejo de propagar a fé católica, de quebra, ensinam aos nativos saberes básicos, como ler e contar. "Entender a lógica da cultura indígena era fundamental para o sucesso do projeto de aculturação que os jesuítas encabeçavam", explica Maria Lucia Hilsdorf, professora e pesquisadora do Departamento de Filosofia da Educação da USP, pois era uma forma de conseguir mão de obra para que os Portugueses pudessem se instalar na Terra.
1760: O estado é o responsável pela Educação
Após a expulsão dos jesuítas, a educação brasileira é organizada pelo estado pela primeira vez. Os professores (homens) leigos são pagos pelo governo que determina a proibição de livros jesuítas, cobra impostos e faz leis.
Um novo método de ensino é criado e a Imprensa Régia imprime livros didáticos.
Nas Escolas, estudam filhos de fazendeiros, senhores de engenho, farmacêuticos, militares e outras autoridades. Filhos ilegítimos de padres e mães solteiras completam a lsta.
O objetivo da formação não é o ingresso a universidade. Aliás, não há escolas de ensino superior no país. Do total de estudantes apenas ¼ continua os estudos indo para a faculdade no exterior. O restante dedica-se a agricultura, a igreja a ao funcionalismo público, em proporções iguais.
1808: A chegada da Família Real Portuguesa no Brasil pouco altera o panorama do ensino no Brasil. A maior mudança – nem tão grande assim – é a criação das aulas avulsas de Cirurgia e anatomia, na Bahia e no rio de Janeiro, primeira origem das faculdades. A grande parcela da população, continua afastada da escola.
1824: a maioria das mulheres é educada pela mãe ou pela ama e aprende a ler, além de ser treinada nas prendas domésticas.
1827: A primeira Lei Geral de Ensino cria colégios nas vilas e cidades mais populosas do Império e dá acesso às salas de aula também às meninas. Um novo método de aprendizado é difundido: o ensino mútuo, no qual o professor orienta os melhores alunos (monitores), que repassam o conhecimento a outros alunos. A separação das turmas não depende da idade, mas do estágio de conhecimento. As turmas eram multiseriadas (todas as séries no mesmo espaço).
A repetição e a memorização, usadas desde os jesuítas, continuam. Cartazes nas paredes ensinam o alfabeto e os números.
O ensino mútuo é dinâmico e oral – e os estudantes fazem exercícios numa mesa de areia molhada.Completam as inovações de 1827: as escolas de Direito de Olinda e São Paulo. A s escolas continuam sendo para os filhos das elites, uma vez que a economia brasileira é estritamente agrária e precisa de mão de obra para o trabalho no campo.
1828: Nas escolas para garotas, só professoras passam a lecionar. As mulheres eram autorizadas a lecionar mediante um atestado de boa conduta, precisava de testemunhas para afirmar que eram “comportada e honestas”.
O método mútuo, apesar de popular, não era usado para mulheres.
O motivo: ao contrário das escolas masculinas, as turmas de meninas não eram numerosas, já que poucas tinham aprendido a escrever em casa antes da criação das escolas femininas.
Predominância dos colégios religiosos católicos.
1837: O Colégio Pedro II, concebido para ser um modelo para todo o Brasil, é inaugurado no rio de Janeiro. Os alunos, só homens tinham uma educação voltada para padrões renascentistas.
O próprio imperador Pedro II contrata e controla professores e verifica como andam as aulas e refeições.
Depois de 6 anos estudando no Pedro II, o aluno ingressava nos cursos de Medicina, Direito e Engenharia.
1874: Idéias do Positivismo, do Cientificismo e do movimento republicano circulam e influenciam a educação.
Escolas laicas e particulares são criadas, além de colégios femininos e protestantes.
As turmas são pequenas, o material didático, na maioria das vezes, importado.
Aos poucos a educação migra para a iniciativa privada.
1883: No auge do desenvolvimento da lavoura cafeeira, outras escolas são criadas: O Liceu de Artes e Ofícios, por exemplo, numa época em que a cidade de São Paulo está se urbanizando. Seu objetivo é qualificar trabalhadores para a industria de então.
1889: A efervescência das décadas anteriores desemboca na Proclamação da República. O governo reforma o ensino primário e normal, organiza uma rede de escolas normais e complementares.
È neste período também que aumenta a presença feminina nos cursos de formação de professores,já que o magistério surge como alternativa ao casamento forçado e ofícios de menor prestígio, como lavadeiras e passadeiras. As mulheres já superam os homens no magistério.
1890: a nova constituição separa a igreja do Estado, laiciza a sociedade e a educação, elimina o voto baseado na renda
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