Ilha de Antônio Vaz

        Ilha de Antônio Vaz

        A Ilha foi citada a primeira vez no Foral de Olinda em 12 de março de 1537, com mais de um nome: Ilha do Porto dos Navios, também chamada de Ilha de André de Albuquerque (parte sul) ou Ilha de Marcos André (parte norte) ou, ainda, Ilha de Antônio Vaz, e foi doada ao primeiro donatário de Pernambuco, Duarte Coelho a seu cunhado, Jeronimo de Albuquerque. Nessa época existiam poucas moradias, onde hoje encontra-se o palácio do governo havia um estaleiro para construção de barcos. Por volta de 1606 a ilha já pertencia a Marcos André, futuro dono do Engenho da Torre, pois ele doa 56 braças de terra à religiosos franciscanos.

        Com a chegada dos Holandeses (1630), e o incêndio de Olinda, o Povo do Recife sofre um aumento grande de sua população, então aconteceram as primeiras grandes mudanças no porto e a execução do primeiro plano urbanístico da cidade do Recife. Com a chegada do alemão Maurício de Nassau (1637), toda a parte administrativa passou a residir no Recife, onde estava sendo construída a cidade Maurícea (Mauritzstadt), sobre a então chamada ilha de Antônio Vaz (atual bairro de Santo Antônio e uma parte do bairro de São José). A Ilha era basicamente guarnecida por duas fortalezas: ao Norte pelo forte Ernesto e ao Sul pelo forte das Cinco Pontas.

        Após a rendição dos holandeses a designação de Cidade Maurícia foi abolida e a Ilha de Antônio Vaz passou a ser chamada de Povoação de Santo Antônio. A Real Fazenda criou um inventário do que os holandeses haviam deixado ou edificado no Recife e em Antônio Vaz. Nesta povoação foram inventariadas cento e setenta e seis edificações, incluindo os fortes, redutos, palácios e habitações de um modo geral, mas isso não quer dizer que não existiam outras.

        Durante o século XVIII, o povoado de Santo Antônio e de São José se desenvolveram bastante, de forma clara e em ritmo acelerado, tanto do ponto de vista físico quanto social e econômico. A partir de 1710, o Recife é elevado à Vila, com o nome de Santo Antônio do Recife.

        Os bairros de Santo Antônio e São José mostravam uma área urbana consolidada e começava a mostrar sua vocação para o comércio, pois uma grande parte de seus sobrados tinham comércio no térreo e habitação nos andares superiores, bem como a presença do Mercado de São José, inaugurado em setembro de 1875.

REFERÊNCIAS

https://www.ufmg.br/rededemuseus/crch/simposio/VASCONCELOS_THATIANA_E_SA_LUCILENE_ANTUNES.pdf

http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=407&Itemid=1

...