Imperialismo Evolução e Consequências
Por: TadeuUlrich • 14/4/2016 • Trabalho acadêmico • 2.430 Palavras (10 Páginas) • 287 Visualizações
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Tendo como tema central o Imperialismo, fruto de debates e posições diversas nos meios acadêmicos e políticos. Tomando a definição ao pé da letra teremos que, Imperialismo é uma política de expansão e domínio territorial, cultural e econômico de uma nação sobre outras, também denominada de Neocolonialismo. Mas ela abrange muito mais que isso, considerando suas mutações através do final do século XIX até os dias atuais, estudos e obras sobre o assunto foram publicados destacando as vertentes marxistas, apesar de autores não marxistas também expressarem suas opiniões sobre o assunto, nós ao abordarmos o imperialismo posicionamo-nos com restrição ao sistema imposto pelo imperialismo, devido á manipulação do sistema financeiro e produtivo de países causando muitos males e insegurança em prol da manutenção do poder em detrimento ao bem estar social causado pela desigualdade entre os povos e excessiva ganância dos detentores do capital.
O termo imperialismo foi primeiro descrito por John Atkinson Hobson, economista inglês e critico do imperialismo, no Livro: Imperialismo: um estudo, publicado em 1902, imperialismo que na sua fase inicial no século XIX, até a segunda guerra mundial era a dominação dos países menos desenvolvidos principalmente da África e Ásia pelas potências europeias através da força, Hobson criticava o sistema principalmente por gerar mais despesas do que receitas e pouco ajudar para a melhoria da situação sócio - econômica de seu país a Inglaterra. Apesar de não propor a destruição do capitalismo, fonte geradora do imperialismo, Hobson defendia sua humanização, transformando-o para servir a todos. Ainda que rechaçasse a essência econômica do imperialismo, pois o custo bélico e de deslocamento de pessoas que eram altos, não era rentável para o País e sim para alguns setores financeiros, especuladores que Hobson tratava de parasitas econômicos do imperialismo. Hobson acreditava ainda que a força motriz do imperialismo está menos no fator econômico que nas fantasias ideológicas como aventura, patriotismo, espírito militar, ambição política e filantropia, porém estas mesmas ideologias eram manipuladas pelas grandes finanças que lucrariam não só os ganhos de capitais da exploração territorial como manteriam a s despesas bélicas uma vez que a subjugação territorial se faz com a força.
Hobson tinha o imperialismo como um desajuste temporal e uma enfermidade curável do capitalismo da época.
Porém com o evento da Segunda Guerra Mundial e a contradição inglesa de lutar pela liberdade e manter povos cativos ou dominados, culminou no enfraquecimento do imperialismo enquanto colonialismo, neste interim, com a nova supremacia militar e econômica dos Estados Unidos e o advento da guerra fria com a equiparação do poderio Soviético e Americano ou capitalistas e socialistas, gerando assim uma busca pela supremacia mundial, estendendo com isso as influências de ambos. Nascendo aí o neocolonialismo ou imperialismo financeiro, combatido pela União Soviética, Os EUA enquanto capitalista e vendo ameaçado seu poder criou não só um confronto direto ou tensão extrema em relação á URSS, mas procurando bloquear a influência socialista já na origem estendeu sua influência financeira mas também e principalmente ideológica aos ditos países do terceiro mundo, ou seja, países pobres mas com posições tidas como estratégicas, em contrapartida as URSS desempenhava a mesma influência ao cooptar a adesão de vários países além de, através de movimentos ideológicos socialistas entre operários, estudantes e políticos buscando a implantação do socialismo em maior numero de países possíveis em busca da supremacia. Neste cenário o imperialismo tão desejado pelas elites financeiras foi se transformando não mais num colonialismo onde a força era a ferramenta de subjugação de outras nações mais fracas, mas foi substituída, segundo David Harvey, pelo novo imperialismo de espoliação que se trata segundo Harvey de um novo capitalismo de acumulação primitiva, que evolui para o capitalismo neoliberal onde a diminuição do estado e sua influência na vida cotidiana, passa a ser influenciada pelo capital internacional, mas, produzida pelos governos locais alinhados ao Neoliberalismo.
Esta abordagem de David Harvey, de que o neoliberalismo é uma prática de imperialismo de espoliação se deve ao fato dele e outros pesquisadores terem constatado que os conglomerados de poder político e econômico em pontos estratégicos chave,(Tóquio, Nova York, Berlin, Londres) manobram os capitais excedentes, em várias nações ditas emergentes, usando o poder especulativo para livrar o sistema de sobre acumulação e promovendo crises de desvalorização em nações vulneráveis , Ao invés de classificar este tipo de acumulação como primitiva ou original, Harvey utilizará o conceito acumulação por espoliação, por ser um “processo em andamento”. Para o autor, até os nossos dias, “a acumulação primitiva envolve a apropriação e a cooptação de realizações culturais e sociais preexistentes, bem como o confronto e a supressão, cujo resultado é, muitas vezes, deixar vestígios de relações sociais pré-capitalistas na formação da classe trabalhadora. Quanto ás crises financeiras da década de 1990, Harvey argumenta que os ataques especulativos das grandes instituições do sistema financeiro e dos fundos derivativos ao apropriarem-se dos ativos a preços muito baixos, preços estes causados pela própria crise, gerada no próprio sistema financeiro devido á fraudes, valorizações fraudulentas de ações, desvios de fundos, desvalorização de ativos pela inflação, estas ações de oportunismo ou fraudes financeiras demonstram o imperialismo de acumulação por espoliação defendida por Harvey, além da espoliação dos bens naturais com patenteamento de material genético de sementes e princípios ativos naturais através da biopirataria, de formas culturais, históricas e de criatividade intelectual. Em suma, a acumulação por espoliação se faz pela liberação de um conjunto de ativos a custo muito baixo. O capital sobre acumulado pode apossar-se desses ativos e dar-lhes logo uma utilização lucrativa. Nesse sentido, o colapso da União Soviética e depois a abertura da China envolveram uma imensa liberação de ativos até então não disponíveis na corrente principal da acumulação do capital mundial e como este imenso volume de capital precisa de lugares a serem utilizados, de maneira lucrativa, segura e sólida, o neoliberalismo com o privatizar tudo é o caminho viável para este capital sobre acumulado. Outra forma de utilização do capital excedente é desvalorizar os ativos de capital e a força de trabalho existentes, isto ocorrendo os ativos “desvalorizados” são adquiridos por valores módicos e revendido por valores superiores auferindo lucros no processo, por isso a promoção, manipulação e controle de crises pelo sistema de acumulação por expropriação é constante visando é claro o lucro de poucos em desfavor de muitos, causando o que se conhece por planos de austeridade dos governos atingidos pelas crises muitas vezes provocadas pelo próprio governo em foco. Em suma, a burguesia norte-americana redescobriu aquilo que a burguesia britânica descobriu nas três últimas décadas do século XIX, redescobriu que, na formulação de Arendt, ‘o pecado original do simples roubo’, que possibilitara a acumulação original do capital, ‘tinha eventualmente de se repetir para que o motor da acumulação não morresse de repente’. Se assim for, o ‘novo imperialismo’ mostra não passar da revisitação do antigo, se bem que num tempo e num lugar distantes O novo imperialismo, portanto, na perspectiva de Harvey (2003), trata-se do velho imperialismo em um tempo e lugar diferentes. Seu traço constituinte é a acumulação por espoliação, ou, simplesmente, a acumulação primitiva.
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