Imprensa E Sociedade

O presidente Getúlio Vargas fechou o Poder Legislativo e impôs uma nova Constituição após o golpe de estado de 1937. Assim surgia o Estado Novo e com esta nova Constituição de 37, foi criado o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), órgão que regulamentava tudo que a imprensa poderia ou não publicar. Influenciado pelo nazismo de Hitler e Joseph Goebbels, Getúlio Vargas fez a cartilha do DIP nos moldes da utilizada no regime nazista. Assim, além de controlar a imprensa, listou uma porção de assuntos proibidos, como por exemplo:

“Proibidas todas e quaisquer alusões ao regime brasileiro anterior a 10 de novembro de 1937, sem prejuízo de referencia à democracia, pois o regime atual é também uma democracia. Nada sobre a União Nacional dos Estudantes. Nenhuma noticia sobre a escassez de peixes no país. Nada sobre passeatas de estudantes paulistas. Não podem ser divulgadas noticias sobre o desfalque na Caixa Econômica de Niterói”.

O (DIP), tinha papel importante na divulgação da imagem que o governo precisava para legitimar a ditadura do presidente Getúlio Vargas. Este, não era fascista mas valeu-se de muitas das práticas dos partidos fascistas da Europa, como por exemplo, a propaganda em cartazes, filmes e nos programas radiofônicos; para divulgar os efeitos do governo e convencer a população de que a ditadura de Getúlio era o melhor para o país.

O Departamento de Informação e Propaganda (DIP), também censurava a imprensa em geral para que não houvesse vozes dissonantes ao governo. Organizava paradas de operários e estudantes em que o retrato do ditador e faixas elogiosas eram apresentados a exaustão a fim de garantir a popularidade de Vargas.