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Introdução Ao Estudo Do Direito

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Por:   •  1/10/2013  •  793 Palavras (4 Páginas)  •  323 Visualizações

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Para sua tese, Blanca selecionou 21 casos de morte notificados como suicídio em organismos policiais e de medicina

legal da Região Metropolitana

de Porto Alegre. Uma empreitada que exigiu fôlego para ser

deslanchada, lembra a pesquisadora: “A partir dos registros de

morte por suicídio de 399 casos

na Grande Porto Alegre, foi possível examinar e registrar dados

de mais de uma centena de inquéritos, entre agosto de 1998

a janeiro do ano passado”.

No transcorrer, houve o

afunilamento. “Para avaliar a

aplicabilidade do instrumento,

fechamos uma amostra de 42

sujeitos, que, de alguma forma,

se associavam com os 21 casos”. Esse contingente – tecnicamente denominado de “informante” – possibilitou 25 entrevistas, que foram gravadas em

áudio e posteriormente transcritas. “A seleção atendeu a crité-

rios tanto de inclusão quanto de

exclusão”, explica a psicóloga.

No primeiro caso, valorizouse o próprio registro da morte

Pesquisa inédita sobre

o suicídio reitera

importância de

aprimorar programas

de prevenção

tar, muitas vezes termina por fazê-lo, numa freqüência que situa o suicídio entre as dez principais causas de morte no mundo para indivíduos de todas

as idades. E, agravando, entre a segunda ou terceira para a faixa etária de 15 a 35 anos. “Portanto,

estamos nos referindo a um grave problema de saú-

de pública”, frisa Blanca, que acredita no potencial

da pesquisa como base instrumental para o desenvolvimento de programas de prevenção.

Principalmente no Brasil, ressalta: “Entre nós, o

suicídio ainda é uma questão pouco abordada e

refletida”. Isso, não obstante serem bem evidentes

o que ela classifica de “coeficientes”, que, na sua

avaliação, “demonstram que a situação é crítica,

pelo menos em certas localidades, e que o comportamento suicida é um episódio sério, que exige

não só atenção especial, mas também uma

metodologia de investigação mais efetiva”. Se ainda é embrionária no Brasil – e dependente de

pioneirismos acadêmicos como o de Blanca –, nos

EUA, por exemplo, a autópsia psicológica é uma

técnica que começou a ser desenvolvida já na dé-

cada de 1950.

Além do clichê – Não que, a par disso, um nú-

mero significativo de estratégias não tenha sido

aperfeiçoado para abordar o problema. “Mas continuamos com dificuldades de compreender as características pessoais dos sujeitos que realmente

cometem suicídio, por não serem passíveis nem de

avaliação direta, nem de tratamento de qualquer

espécie”, observa a psicóloga. “Assim, é difícil predizer quais deles, potencialmente suicidas, vão

transformar suas fantasias e/ou ideações em atos

concretos”. Ela acrescenta barreiras de ordem

metodológicas para a determinação do “modo de

morte”, de forma a diferenciar, com segurança, as

que realmente advêm de suicídio das que têm outra origem.

Afinal, ao contrário do que mitifica uma certa classe popularesca de romance, cinema e novelas de

TV, não é sempre que o “investigador psicológico”

vai encontrar, providencialmente, na cena de um

suicídio, o manjado bilhete iniciado pelo clichê “A

quem interessar possa...”. Por isso, antes de come-

çar a trilhar sua pesquisa, Blanca se debruçou na

literatura médica internacional e se convenceu:

“São efetivas as chances de se chegar à constatação

do suicídio mediante exames retrospectivos. Tratase de uma avaliação capaz de sinalizar pistas diretas ou indiretas acerca de um determinado comportamento letal que estava por atingir o seu ápice”. Em resumo: compreende-se, com razoável grau

de certeza, o que ela chama de “aspectos psicológicos

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