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Italianos em Palmitinho

Por:   •  30/4/2015  •  Artigo  •  1.147 Palavras (5 Páginas)  •  266 Visualizações

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UNIVERSIDADE INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES

-URI-

CAMPUS DE FREDERICO WESTPHALEN-RS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS

CURSO DE HISTÓRIA

ITALIANOS EM PALMITINHO

PARTICIPAÇÃO NO PROCESSO POLÍTICO EMANCIPATÓRIO

CLEONIR DA SILVA ZIBETTI

PROFESSORA NA PREFEITURA MUNICIPAL DE VISTA ALEGRE- RS

DINA DOS SANTOS CAUDURO

PROFESSORA NO INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO 22 DE MAIO

FREDERICO WESTPHALEN-RS, FEVEREIRO DE 2015

ITALIANOS EM PALMITINHO

PARTICIPAÇÃO NO PROCESSO POLÍTICO EMANCIPATÓRIO

Após a realização de Projeto de Resgate da Memória Histórica do município de Palmitinho, pesquisando e entrevistando descendentes de várias etnias que participaram da formação e construção desse município, percebemos que tanto na colonização como na emancipação houve grande participação de descendentes de italianos.

Relatamos o processo imigratório da Europa, Itália, Brasil, Rio Grande do Sul ea construção dos espaços social econômico e político, bem como a participação política do imigrante italiano direcionando para a Colonização e Emancipação Político administrativo do município de Palmitinho.

A conjuntura da Europa no século XIX reestruturava-se. As transformações sócias econômicas e políticasapresentavam condições propícias para a imigração da população. A situação se apresentava mais favorável ao movimento internacional da força de trabalho nas regiões onde a miséria e a falta de mercado de trabalho, que pudesse assimilar a mão de obra excedente, somavam-se a instabilidade política.

O movimento migratório vai proporcionar uma movimentação de capitais apreciáveis. A emigração passa a ser fenômeno desejável, tanto para acalmar os grupos políticos, como para desafogar o país da pressão social, criada pelo crescimento demográfico e pela incapacidadede absorção de mão-de-obra pelo mercado disponível. Com isso, imigrantes italianos enfrentaram as péssimas condições, pelas quais essas pessoas chegam até o Brasil.

Na segunda metade do século XIX, o Brasil apresentava transformações sócias políticas ainda mais significativas, no que diz respeito à substituição da mão de obrapela livre e a política de terras. No caso do Rio Grande do Sul, a imigração tornou senecessária para a revitalização da agricultura e para completar o povoamentonas terras devolutas pertencentes ao império. O imigrante italiano enfrentou sérias dificuldades em sua vida de modo geral; muitos conflitos étnicos foram gerados porque traziam consigo seu idioma, seus costumes em fim sua própria maneira de vida no contexto familiar. (Dacanal 1996)

O principal motivo desta política imigratória era fazer com que os estrangeiros formassem grupos de trabalhadores no período de maior necessidade, que os fazendeiros, tinham em suas propriedades. A imigração estava voltada aos interesses dos latifundiários.

Quanto àparticipação política dos imigrantes e seus descendentes na Republica Velha foi pequena, pois dependiam da integração cultural e econômica. Paralelamente a sua evolução econômica, a atuação política foi marcante, apoiando o partido do governo, formando uma nova composição de forças no Rio grande do Sul. (Dacanal 1996)

O processo de colonização e emancipação do município de Palmitinho teve a participação de imigrantes italianos conforme fontes escritas, depoimentos que coletamos através do resgate da memória oral, permitindo-nos desvendar alguns acontecimentos inéditos, outros indispensáveis para a reconstituição do processo histórico do mesmo.

Percebemos que esses imigrantes superaram as dificuldades enfrentando os desafios da melhor maneira possível, contribuindo, assim, muito significativamente, para o desenvolvimento econômico, social, cultural, religioso e político do município de Palmitinho.

Nota-se que os italianos participaramativamente na construção desse município, sendo que muitos líderes do processo emancipacionista descendem de italianos, então como se explica a ausência dos mesmos na ‘’testa’’ da administração, ou seja, a preferência do povo pelo cidadão recém-chegadoaesta terra que conquistou a preferência dos eleitores, sendo então eleito o primeiro prefeito do município de Palmitinho.

O pioneiro da ideia da emancipação foi o senhor João Isidoro Balestrin leitor assíduo do Jornal Correio Rio Grandense, leu a notícia que os distritos que quisessem se emancipar deveriam manifestar-se.

As lideranças se organizaram, agilizaram e escolheram a comissão emancipacionista composta por doze membrossendo sete deles descendentes de italianos. A comissão emancipacionista ficou composta pelos seguintes membros:

1—Tristão de Matos;

2- Henrique Zanatta;

3-Olímpio Covatti;

4-João Albarello;

5- Doracy Peron;

6-EmílioHugo Flack;

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