Livro Clássico
Resenha: Livro Clássico. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Julia16 • 20/5/2014 • Resenha • 10.378 Palavras (42 Páginas) • 184 Visualizações
Sinopse: A única coisa que Jean Honeychurch odeia mais do que seu nome
sem graça (que em alguns lugares é até nome de menino) é seu muito
apropriado apelido, Jinx. Ou seja, pé-frio, azarada... E de fato, a falta de
sorte parece perseguir Jinx aonde quer que ela vá – e por isso ela está tão
animada com a mudança para a casa dos tios, em Nova York. Talvez, do
outro lado do país, Jinx consiga finalmente se livrar da má sorte. Ou, pelo
menos, escape da confusão que provocou em sua pequena cidade natal.
Mas definitivamente os problemas seguem a ruivinha até Manhattan. Sua
prima, Tory, não está nada feliz em ter a ovelha negra da família por perto.
Bela, glamorosa e nada parecida com a jovem brincalhona que Jinx se
lembrava dos tempos de criança, Tory também esconde um perigoso
segredo – e está certa que Jinx é capaz de descobri-lo.
Há algum tempo praticando pequenos feitiços. Ao perceber que a prima,
além dos cabelos ruivos, pode também ter herdado os poderes de uma
antepassada, a convida para integrar seu grupo de bruxas. Mas Jinx sabe
que fazer feitiços pode ser perigoso e recusa, despertando a ira da
deslumbrada Tory, que planeja vingança.
As coisas pioram quando Jinx se aproxima de Zach, um gato por quem Tory
é apaixonada. Ele e prima Jean de Iowa (como o menino carinhosamente a
chama) vão juntos para a aula de educação física, conversam sobre tudo e
surge até um convite para o baile da primavera – só como amigos, afinal ele
parece gostar de outra pessoa...
Rapidamente, Jinx percebe que não é apenas da má sorte que está fugindo.
É de algo muito mais sinistro... Será que sua falta de sorte é, na verdade,
um dom, e a profecia sob a qual ela viveu desde o dia que nasceu é a única
coisa que poderá salvá-la?
Para Benjamin
Agradecimentos:
Muito obrigada a Beth Ader, Jennifer Brown, Michele Jaffe, Laura
Langlie, Amanda Maciel, Abigail McAden e especialmente a Benjamin
Egnatz
Capítulo 01
O negócio é que minha sorte sempre foi um horror. Olha só o meu nome:
Jean. Não Jean Marrie, nem Jeanine, Jeanette ou mesmo Jeanne. Só Jean.
Sabe que na França os garotos são chamados de Jean? É João em francês.
Tudo bem, não moro na França. Mas mesmo assim. Sou basicamente uma
garota que se chama João. Pelo menos seria, se eu morasse na França.
De modo que não foi uma grande surpresa quando o motorista de táxi não
me ajudou com a mala. Eu já tivera de agüentar a chegada ao aeroporto sem
encontrar ninguém para me receber, e depois os muitos telefonemas,
perguntando onde meus tios estavam, não foram atendidos. Será que, no fim
das contas, eles não me queriam? Teriam mudado de idéia? Teriam ouvido
falar da minha falta de sorte – desde lá de Iowa – e decidido que não
queriam ser contaminados?
Mas, mesmo que isso fosse verdade – e como eu tinha dito a mim mesma
um milhão de vezes desde que havia chegada à área de bagagens, onde eles
deveriam me encontrar, e não visto ninguém além de carregadores e
motoristas de limusine com aqueles pequenos cartazes com o nome de todo
mundo, menos o meu –, não havia nada que eu pudesse fazer a respeito.
Certamente não poderia voltar para casa. Era ficar em Nova York – e na casa
da tia Evelyn e do tio Ted – ou me ferrar de vez.
Assim, quando o motorista do táxi, em vez de sair e me ajudar com as
malas, só apertou um botãozinho azul fazendo a tampa do porta-malas abrir
alguns centímetros, não foi a pior coisa que já havia me acontecido. Não foi
nem a pior coisa que me aconteceu naquele dia.
Tirei minhas malas, que deviam pesar, cada uma, uns cinco mil quilos, pelo
menos – excluindo o estojo do meu violino, claro –, depois fechei o portamalas
de novo, o tempo todo parada no meio da rua Sessenta e Nove Leste,
com uma fila de carros atrás de mim, buzinando com impaciência porque não
podiam passar, pois havia um furgão da Stanley Steemer estacionado em fila
dupla do outro lado da rua, em frente ao prédio do meu tio.
Por que eu? Fala sério. Gostaria de saber.
O táxi partiu tão depressa que eu praticamente precisei pular entre dois
carros estacionados para não ser atropelada. As buzinas pararam enquanto a
fila de carros que havia esperado atrás do táxi começava a andar de novo,
com todos os motoristas me lançando olhares maldosos enquanto passavam.
Todos aqueles olhares malvados fizeram com que eu percebesse que estava
mesmo na cidade de Nova York. Finalmente.
E
...