MANIFESTAÇÕES BRASILEIRAS
Trabalho Universitário: MANIFESTAÇÕES BRASILEIRAS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: teresac_ • 13/5/2014 • 956 Palavras (4 Páginas) • 147 Visualizações
- INTRODUÇÃO
Reis, rainhas, presidentes, ministros do governo e POVO; Sejam bem vindos ao futuro do nosso Brasil. O povo saiu às ruas, o povo resolveu falar. Podem ter certeza de que ninguém mais vai se calar, pois tem muita conta pra acertar.
Junho de 2013, o período que provavelmente será lembrado nos livros de história como a época em que o povo brasileiro realmente desprendeu as amarras impostas pela mídia e pelo governo, e finalmente acordou, e foi para as ruas reivindicar o que é seu por direito. Atravessamos quase 50 anos e nos encontramos em plena democracia, ou melhor, nos encontramos em uma democracia IMPERFEITA e nos vemos reclamando por algo que lutamos numa época de regime.
O que faltava era um objetivo comum para unir as pessoas e uma motivação. Então acenderam o pavio, que já estava curto.
A primeira fase do movimento deu-se por causa do aumento das tarifas de ônibus, trens e metrôs, que sofreram um reajuste de R$0,20 a partir do dia 2 de Junho, em São Paulo, desencadeando os protestos, que no princípio sofreram forte repressão policial e midiática, que dizia que os protestos eram atos de vandalismo. Como resposta e insatisfação, a partir do dia 13 de Junho os protestos espalharam-se por várias outras cidades. Devido a violência, comportamento da mídia, e outros fatores, depois desse dia houve um crescimento exponencial do número de participantes nas manifestações. Além de expressões pacíficas de estudantes e trabalhadores, houve forte ocorrência de violência e saques no decorrer das passeatas, atos causados por subgrupos não identificados como estudantes ou cidadãos comuns, mas como vândalos, baderneitos, extremistas políticos e integrantes de “tribos” radicais. A segunda fase dos protestos é marcada por manifestações majoritariamente pacíficas, com grande cobertura midiática e massiva participação popular, muito diferente da fase anterior. Começa então uma nova etapa: O que antes foi iniciativa de pequenos grupos que reclamavam contra o aumento das passagens de ônibus em SP, está mais do que óbvio que com toda a proporção tomada, mesmo com a forte repressão policial, tudo se transformou em algo que ultrapassou de muito o objetivo inicial e abrange dezenas de temas. Virou um protesto geral contra 'tudo isso que aí está'.
Fartos da corrupção, da má qualidade do transporte, da educação e da saúde, dos preços em alta e dos custos bilionários das obras para a Copa do Mundo de 2014, quando o país enfrenta vários desafios em várias frentes, os brasileiros surpreenderam seu próprio governo e o mundo com a virulência e o tamanho de seus protestos, que geraram grande repercussão nacional e internacional.
As redes sociais tiveram um papel importante em todos esses movimentos. Ficou claríssimo que a internet virou o fórum de discussão sobre o que estava aocntecendo. Não só isso. Ela foi o fórum de articulação dos encontros e das manifestações que ocorreram. Isso foi primordial.
Não há a menor dúvida de que as ruas, ao reclamarem contra males ancestrais, estão transformando em fumaça e devidamente sepultando o país-maravilha que o governo não cansa de mostrar em sua propaganda oficial: O país em que a miséria sumiu, que a classe média cresce a cada dia, o país do pleno emprego e dos operários sorridentes, enfim, o país que corre em disparada rumo ao Primeiro Mundo.
Participamos de uma situação pré-revolucionária a partir da qual nada mais será o mesmo na política brasileira. Até gostariamos que funcionasse assim, mas não podemos descartar que a realidade seja um pouco mais pesada. Os protestos não durarão para sempre. É fato que manifestações dão trabalho, impõem um ônus às cidades
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