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Por:   •  15/9/2014  •  1.998 Palavras (8 Páginas)  •  1.259 Visualizações

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SUMÁRIO

1-INTRODUÇÃO 3

2-LINA BO BARDI 4

3-MASP 6

4-CONCLUSÃO 20

5-REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO 21

1-INTRODUÇÃO

Neste trabalho iremos descrever a trajetória e carreira da arquiteta modernista Lina Bo Bardi, que estudou na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Roma durante a década de 1930.

Em 1946 casa-se com o jornalista Pietro Maria Bardi e muda-se para o Brasil, em parte devido aos traumas da guerra e à sensação de destruição. No Brasil, Lina encontra uma nova potência para suas ideias, onde há uma possibilidade de concretização das ideias propostas pela arquitetura moderna, num país com uma cultura recente, em formação, diferente do pensamento europeu, aqui desenvolve uma imensa admiração pela cultura popular, sendo esta uma das principais influências de seu trabalho, ela fala em um espaço a ser construído pelas próprias pessoas, um espaço inacabado que seria preenchido pelo uso, pelo uso popular cotidiano.

Sua obra mais conhecida é o projeto da sede do Museu de Arte de São Paulo (MASP), projetou em 1957 as primeiras instalações, na Rua Sete de Abril e coube também a arquiteta o projeto da sede definitiva: os primeiros esboços de 1958 para o terreno na Avenida Paulista, no belvedere do antigo Trianon, serão bastante alterados até se chegar àquela que seria a solução definitivamente construída e inaugurada em 1968.

Um projeto, desde sempre, polêmico; uma solução arrojada, mas necessária; um edifício que são dois – um corpo elevado, outro enterrado; um muito visível – volume puro suspenso, isolado e transparente –, outro semiescondido, acomodando-se gentilmente ao forte declive do terreno, quase querendo dissimular sua presença com a vegetação aquática de seus espelhos d’água. Este projeto que será tema para fazer um detalhamento de sua historia e sua analise gráfica.

2- LINA BO BARDI

Achillina Bo ou Lina Bo Bardi como é conhecida, foi uma arquiteta modernista ítalo-brasileira. Foi casada com o crítico de arte Pietro Maria Bardi e sua obra mais conhecida é o projeto da sede do Museu de Arte de São Paulo (MASP).

Arquiteta brasileira de origem italiana (1914-1992). É responsável por inovações estéticas importantes na arquitetura nacional, entre elas o desenho arrojado, o uso de novos revestimentos, como concreto ou tijolo aparentes, e a exposição de fiações e conexões.

Nasceu na Itália esta ilustre brasileira. Fugindo do horror do pós-guerra, encontrou no Brasil sua “pátria de escolha”. Em seus ousados projetos arquitetônicos, aliou os conhecimentos que trouxe do Velho Mundo à riqueza da nossa cultura popular. Espalhou suas obras em diversos cantos, dedicando a mesma paixão a museus grandiosos e capelinhas miseráveis.

No dia 13 de agosto de 1943 um grande bombardeio é lançado sobre Milão e destrói o escritório de Lina. Ela então entra para o Partido Comunista clandestino e o apartamento de sua família torna-se um ponto de encontro de artistas e intelectuais italianos.

Com o fim da guerra, Lina viaja pela Itália para fazer uma reportagem sobre as áreas atingidas pelo conflito. Em Roma, funda a revista semanal “A – Cultura della Vita”, com Bruno Zevi, e participa do Congresso Nacional pela Reconstrução.

Em 1946, Lina casa-se com Pietro Maria Bardi, cujo sobrenome adota. Em seguida, o casal viaja para o Brasil. Em recepções, no Rio de Janeiro, conhecem personalidades como Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Rocha Miranda, Burle Marx e Assis Chateaubriand de quem Pietro recebe o convite para fundar e dirigir um museu de arte no país. Um projeto arquitetônico de Lina abrigará meses mais tarde o MASP, o museu mais importante da América Latina.

Também em 1951 foi concluída a construção da Casa de Vidro. Erguida em um terreno de 7000 metros quadrados, foi à primeira residência do bairro do Morumbi e, aos poucos, foi sendo cercada por mata brasileira. Hoje é uma reserva tombada com espécies vegetais raras, uma amostra do que foi a antiga mata atlântica brasileira.

Até a década de 90, Lina manteve intensa atividade em todas as áreas da cultura, tendo participado de inúmeros projetos em teatro, arquitetura, cinema e artes plásticas no Brasil e no exterior. Além de seu trabalho como arquiteta, merece destaque sua talentosa atuação como designer de móveis, objetos e joias, artista plástica, cenógrafa, curadora e organizadora de diversas exposições e seu olhar sempre sensível à arte popular brasileira.

Lina morre na Casa de Vidro em dia 20 de março de 1992, realizando o sonho declarado muitas vezes de trabalhar até o fim: deixa em andamento os majestosos projetos para a Nova Sede da Prefeitura de São Paulo e para o Centro de Convivência Vera Cruz.

Principais obras

No campo da arquitetura, entre suas obras de destaque se encontram:

Instituto Pietro Maria Bardi, São Paulo, 1951 – originalmente a residência do casal, o edifício é conhecido como a Casa de Vidro.

Museu de Arte de São Paulo, São Paulo, 1958 – considerada sua obra prima.

Projetou a Casa da Cultura, Recife 1963 – Não acompanhou as atividades da reforma do prédio, que abrigava a antiga detenção da cidade.

Igreja do Espírito Santo do Cerrado, Minas Gerais, 1976 -

Museu de Arte Moderna da Bahia

Teatro Oficina, São Paulo, 1990.

SESC Pompéia – Fábrica, São Paulo, 1990.

Reforma do Palácio das Indústrias, São Paulo 1992 – inconclusa.

Reforma do Teatro Polytheama, Jundiaí, 1986 – concluído em 1996.

3-MASP

A atual sede do MASP foi erguida pela Prefeitura de São Paulo, e inaugurada em 1968, com a presença da soberana britânica, rainha Elizabeth II.

Imagem-Início da construção da nova sede do MASP, projetada por Lina Bo Bardi.

Google 2014

Imagem- Construção do MASP

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É uma das principais obras da arquitetura modernista no país. O edifício foi erguido no terreno do antigo Belvedere do Trianon, na Avenida Paulista, de onde se avistava o centro da cidade e a serra da Cantareira. É inconfundível a relação de sua arquitetura com a identidade da grande metrópole. Integrada à modernidade da Avenida Paulista, suas linhas surpreendem até hoje pela ousadia.

Imagem-Avenida Paulista- MASP

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Imagem- Parque Trianon em frente ao MASP

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Imagem-Masp

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O doador do terreno à prefeitura, o engenheiro Joaquim Eugênio de Lima, construtor da Avenida Paulista e precursor do urbanismo no Brasil, havia vinculado a doação do terreno à municipalidade ao compromisso expresso de que jamais se construiria ali obra que prejudicasse a amplidão do panorama. Desse modo, o projeto exigia ou uma edificação subterrânea ou uma suspensa. A arquiteta Lina Bo Bardi e o engenheiro José Carlos Figueiredo Ferraz, optaram por ambas as alternativas, concebendo um bloco subterrâneo e um elevado, suspenso a oito metros do piso, através de quatro pilares interligados por duas gigantescas vigas de concreto. Sob eles, estendia-se o que foi considerado uma ousadia: o maior vão-livre do mundo à época, com extensão total de 74 metros entre os apoios, afirmando a técnica do concreto protendido no país.

Imagem- Planta Baixa

Legenda lado esquerdo:

Galeria de entrada

2-Exposição didática

3-Grande auditório

4-Pequeno auditório

Legenda lado direito:

5-Gravura/Tapeçaria/Fotografia

6-Biblioteca/Administração

7-Exposição

8-Pinacoteca

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Imagem-Planta de nível 0,0

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Imagem-Planta de nível -4,50

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Imagem-Planta de nível +8,40

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Imagem-Corte MASP

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Imagem-Esquema Estrutural

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No edifício de aproximadamente 10.000 metros quadrados, há, além dos espaços expositivos e da pinacoteca, biblioteca, fototeca, filmoteca, videoteca, dois auditórios, restaurante, loja, oficinas, ateliê, espaços administrativos e reserva técnica.

Imagem-Subsolo1

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Imagem-Interior MASP

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Imagem-Interior MASP

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O acabamento é simples. "Concreto à vista, caiação, piso de pedra-goiás para o grande Hall Cívico, vidro temperado, paredes plásticas. Os pisos são de borracha preta tipo industrial. O Belvedere é uma ‘praça’, com plantas e flores em volta, pavimentada com paralelepípedos na tradição ibérico-brasileira. Há também áreas com água, pequenos espelhos com plantas aquáticas", descreve Lina Bo Bardi, afirmando: "Não procurei a beleza. Procurei a liberdade." Em 2003, o edifício foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

No que diz respeito à museógrafa, Lina Bo Bardi inovou ao utilizar lâminas de cristal temperado amparadas por um bloco de concreto aparente como base para as pinturas. A intenção é imitar a posição do quadro no cavalete do artista em seu ateliê. Essas bases, que atualmente não são mais utilizadas, traziam no verso dos quadros pranchas com informações sobre o pintor e a obra. Paradoxalmente essa forma de exibição deixa de ser adotada pelo MASP no momento em que, no fim dos anos 1990, ela passa a ser estudada internacionalmente.

Na produção arquitetônica de Lina Bo Bardi é possível distinguir o potencial que suas obras têm de fazer referencias ao universo que está ao seu redor. Sua arquitetura cria relações de semelhança com elementos contidos no mundo natural e cultural. No entanto, essas conexões são independentes de uma comparação entre elementos iguais. Ou seja, sua arquitetura não trata de produzir cópias fiéis do meio circundante. As suas obras suscitam relações inesperadas com as coisas que estão ao seu redor. Sua arquitetura abre a possibilidade para que os homens façam uma autêntica e profunda leitura do mundo, da sua realidade cotidiana e do seu universo inconsciente e onírico. Porém, em sua famosa obra, as propostas de Lina Bo Bardi para o MASP eram de uma arquitetura simples, sem esnobismo cultural, optando desse modo por soluções diretas e despidas, como por exemplo, o não acabamento, com o concreto saindo das formas.

O fechamento do edifício, por exemplo, aparece em vários desenhos em concreto com acabamentos diversos, nos anos de 1957 e 1965, também em propostas de vidro a partir de 1966. Ainda para os acessos principais, como a escada que une o belvedere com a cota de8, 40 metros, desejado inicialmente na forma helicoidal.

Imagem-Vão livre coberto do belvedere- MASP

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Um grande intervalo entre as ideias iniciais de 1957 e a construção final em 1968, são fatores importantes para compreender as mudanças que foram empregadas no projeto.

A volumetria do edifício é construída por dois corpos volumétricos com geometrias próprias e distintas. O corpo monumental de forma “U” invertido é pintado de vermelho e dá uma característica especial ao museu. É formado por dois pares de vigas apoiados sobre grandes pilares. Nestas grandes estruturas é pendurado um paralelepípedo transparente, com dois pavimentos que abriga as exposições permanentes do MASP.

Visualmente essa estrutura grande parece um pórtico, mas são vigas apoiadas em pilares, devido a soluções das fundações em sapatas diretas.

Outro corpo do MASP esta no subsolo em relação à Avenida Paulista que é somente visível do lado oposto de frente para a Avenida Nove de Julho. A sua geometria é ortogonal, formada por retângulos em planta e acompanha a irregularidade do terreno, formando um “T”.

Imagem-Fachada Nordeste do MASP

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Imagem-Estrutura do MASP

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A arquitetura do MASP foi concebida com um vão muito grande, um recorde mundial. Os grossos pilares da estrutura sustentam o seu peso, uma força na vertical, o problema está no centro da laje, que romperia se fosse apenas de concreto. Mesmo se fosse de concreto armado, o aço não aguentaria as forças de tração que seriam geradas nas fibras inferiores – ou então até aguentaria, mas a quantidade que seria usada numa estrutura de concreto armado para sustentar o MASP seria economicamente inviável, já que as barras são muito caras. A solução mais lógica e moderna é o uso do concreto protendido. O princípio do concreto protendido é simples: ao invés de se colocar barras de aço, colocam-se cabos de aço previamente tracionados (“esticados”). A disposição dos cabos pode ser vista dentro da viga abaixo:

Imagem-Funcionamento das Vigas MASP

Imagem- Os 74 metros de vão livre que graças ao concreto protendido, são estendidos sobre quatro pilares laterais que elevam a edificação.

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4-CONCLUSÃO

A conclusão que o grupo chega é o MASP, foi um projeto inovador para a época com um vão livre de 74 metros entre apoios nunca antes visto e 10.000 metros.

As propostas de Lina Bo Bardi para o MASP eram de uma arquitetura simples, sem esnobismo cultural, optando desse modo por soluções diretas e despidas com um acabamento é simples concreto à vista. Com uma volumetria do edifício é construída por dois corpos volumétricos com geometrias próprias e distintas.

As suas obras suscitam relações inesperadas com as coisas que estão ao seu redor. Sendo uma das principais obras da arquitetura modernista no país.

5-REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO

http://au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/129/o-museu-de-arte-de-sao-paulo-23246-1.aspx

http://pacearquitetura.ning.com/notes/MASP

http://www.institutobardi.com.br/linha_tempo.asp

http://www.mercadoarte.com.br/artigos/artistas/lina-bo-bardi/lina-bo-bardi/

http://www.almanaquebrasil.com.br/personalidades-arte/5831-duas-vezes-brasileira.html

http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04. 040/653

http://arquiteturadiscutida.blogspot.com.br/2012/01/masp-museu-de-arte-de-sao-paulo.html

http://www.archdaily.com.br/br/01-59480/classicos-da-arquitetura-masp-lina-bo-bardi/59480_59481

http://telecartofilistas.blogspot.com.br/2010/05/masp-na-serie-museus-da-telebras.html

http://www.brasilemalta.net/fotos-do-masp-sao-paulo-cursos-de-arte.html

http://arquiteturadiscutida.blogspot.com.br/2012/01/masp-museu-de-arte-de-sao-paulo.html

http://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/2009/08/Arquiteta-da-Mudan%C3%A7a_162.pdf

http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/03.032/717

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