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Manifestações Populares

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Por:   •  24/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  2.222 Palavras (9 Páginas)  •  182 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3

2 DESENVOLVIMENTO 4

2.1 Contexto histórico das manifestações 4

2.1.1 Passeata dos 100 mil, 16 de junho de 1968 no Rio de Janeiro 4

2.1.2 Comícios das Diretas Já (1984) 5

2.1.3 Impeachement do Collor (1992) 6

2.2 A Pauta reivindicatória das movimentações populares no Brasil 6

2.3 Manifestações populares: questões de (in)segurança 7

2.4 O que é esfera Pública? 7

3 CONCLUSÃO 9

REFERÊNCIAS 10

1 INTRODUÇÃO

Entendem-se manifestações populares como um agrupamento de pessoas, que por terem interesses comuns, geralmente pré-definidos, se utilizam de métodos não formais normalmente para que se façam valer os direitos enquanto cidadãos. Em muitos casos são “encabeçadas” por associações, partidos políticos, grupos independentes ou simplesmente por pessoas que querem exercer o papel de cidadão para requerer os direitos garantidos pela constituição ou para lutar por interesses próprios do grupo.

Ultimamente, por motivos muitas vezes questionados pelos governantes, tem se mobilizado muitos grupos para protestar e procurar seus direitos, principalmente em face às instituições públicas por meio das mobilizações populares.

Na maioria das vezes, o sucesso decorrente das manifestações está relacionado à maneira como ela se organiza e os reais objetivos que a justificam. Com o crescimento e popularização das redes sociais, todo e qualquer movimento pode se tornar abrangente e agrupar um grande número de pessoas.

Tudo se inicia com uma equipe que coordena, em sua maioria, que é organizada e formada por cidadãos que realmente acreditam na “bandeira” que levam e de fato lutam por ideais coletivos divididos por classes ou não. Em meio a isso, muitos vândalos e arruaceiros, que não sabem o que é democracia e nem como exercê-la, destroem propriedades públicas e privadas e muitas das vezes fazem com que o protesto não obtenha o resultado esperado. Muda-se o foco do movimento e algo que era para crescer e gerar frutos positivos acaba se definhando pelo medo dos inocentes e consequente esvaziamento.

Ultimamente várias tem sido as reivindicações que tem levado o povo às ruas: luta pela diminuição do preço das passagens de ônibus, não a PEC 37, não a copa do mundo da FIFA, enfim, motivos não faltam para que se lute pelo que se acredita e principalmente quando o espírito de justiça se faz presente.

2 DESENVOLVIMENTO

Desde meados de 2013, uma onda revolucionária, iniciada por jovens e que posteriormente ganhou a adesão popular, começou a se propagar em boa parte do território brasileiro. No principio, as mesmas eram motivadas pelo descontentamento do povo com o aumento do preço das passagens de ônibus, mas, com o tempo, viraram uma luta contra os problemas sociais e a corrupção.

2.1- CONTEXTO HISTÓRICO DAS MANIFESTAÇÕES

Vale relembrar algumas manifestações históricas que marcaram a história do nosso país:

2.1.1. Passeata dos 100 mil, 16 de junho de 1968, no Rio de Janeiro

O que foi: Uma manifestação popular de protesto contra a ditadura militar, organizada pelo movimento estudantil e com a participação de artistas, intelectuais, setores da Igreja e outros da sociedade brasileira. Embora dois estudantes já tivessem sido mortos em confrontos com a polícia durante aquele ano, o clima da passeata esteve mais para o festivo. Uma chuva de papel picado caiu sobre os participantes do protesto e cinco estudantes acabaram presos. Em outubro, confrontos envolvendo facções da direita e da esquerda resultaram uma verdadeira batalha entre alunos da Universidade Mackenzie e da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo. A matéria “O ano que sacudiu o mundo“, da revista Aventuras na História, descreve:

“A coisa começou com meras agressões verbais entre esquerdistas da USP e anticomunistas do Mackenzie, mas a escalada da briga passou a contar com rojões, paus, pedras, coquetéis molotov, vidros com ácido sulfúrico e até tiros – um estudante do lado da USP acabou morrendo. No mesmo mês, o congresso (clandestino) da União Nacional dos Estudantes em Ibiúna, São Paulo, foi invadido pela polícia, que levou para a cadeia cerca de 900 estudantes. Os pais dos jovens presos, alguns dos quais funcionários públicos, também foram perseguidos pela repressão.”

Depois disso, o deputado Márcio Moreira Alves, membro de um Congresso que ainda acreditava ser independente, criticou duramente a repressão aos movimentos de oposição e chegou a sugerir que as jovens brasileiras não namorassem mais oficiais do Exército.

A resposta do governo militar ao discurso e à polarização do país veio em 13 de dezembro com o Ato Institucional número 5, que concedeu poderes praticamente ilimitados ao presidente da República para dissolver o Congresso, retirar direitos políticos e civis de dissidentes e até confiscar seus bens. O presidente se justificou dizendo que havia feito isso para “salvar a democracia”. A repressão só deixou os ânimos ainda mais exaltados. Guerrilhas urbanas e rurais tentaram, sem sucesso, contra-atacar os militares no fim dos anos 60 e começo dos anos 70. Apesar de terem sido derrotadas, a mística que surgiu em torno da resistência brasileira em 1968 acabaria virando o modelo da luta pela redemocratização do país.

2.1.2. Comícios das Diretas Já (1984)

O que foi: Entre janeiro e abril de 1984, grandes comícios foram realizados no país pedindo a volta das eleições diretas para presidente, abolidas desde 1964. Os dois maiores foram em abril: na Candelária, no Rio, cerca de 1 milhão de pessoas se reuniram no dia 10; no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, o número estimado chegou a 1,5 milhão, no dia 16.

Antes disso, um comício na praça da Sé, em São Paulo, reuniu entre 300 e 400 mil pessoas que cantavam “Um, dois, três, quatro, cinco, mil, queremos eleger o presidente do Brasil.” Esse comício foi decisivo porque engrossou a mobilização que

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